No lúdico – conheça 15 parlendas do folclore brasileiro – parte II
Confira a parte II dessa coletânea encantadora e dê uma volta no passado!
O folclore brasileiro é um verdadeiro tesouro de sabedoria popular, repleto de histórias, cantigas e brincadeiras que atravessam gerações. Entre os muitos elementos que encantam crianças e adultos, as parlendas se destacam como uma forma divertida e educativa de transmitir cultura e desenvolver habilidades cognitivas e linguísticas.
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Nesta segunda parte da nossa série, mergulhamos mais fundo no mundo das parlendas, trazendo outras 15 pérolas que continuam a embalar brincadeiras e inspirar a imaginação. Prepare-se para revisitar sua infância ou, quem sabe, descobrir novos versos para compartilhar com as futuras gerações!
15 parlendas do folclore brasileiro
As parlendas do folclore brasileiro surgiram como uma forma simples e divertida de transmitir conhecimento, cultura e valores entre gerações. Sua origem remonta às tradições orais das comunidades, em um tempo em que a comunicação era predominantemente verbal, e a alfabetização não era acessível para todos. Criadas no contexto de brincadeiras infantis, essas pequenas rimas ritmadas serviam para entreter, educar e reforçar a convivência social.
Fortemente influenciadas por diversas culturas que formaram o Brasil — indígenas, africanas e europeias —, as parlendas foram moldadas ao longo do tempo, adquirindo características específicas de cada região do país. Seu caráter lúdico, repetitivo e musical facilitava a memorização, tornando-as ferramentas ideais para ensinar normas de convivência, treinar a fala, e até mesmo trabalhar aspectos matemáticos e de coordenação motora.
Essas composições, muitas vezes anônimas, foram sendo transmitidas de geração em geração, preservando elementos da cultura popular e adaptando-se ao contexto de cada época. Hoje, as parlendas continuam a ser um símbolo da infância e do folclore, conectando as pessoas às suas raízes culturais e promovendo momentos de interação e alegria.
1. “Rei, capitão,
soldado, ladrão.
moça bonita
Do meu coração.”
2. “Papagaio louro
Do bico dourado
Leva essa cartinha
Pro meu namorado
Se tiver dormindo
Bate na porta
Se tiver acordado
Deixe o recado.”
3. “A casinha da vovó
trançadinha de cipó;
se o café está demorando
com certeza falta pó.”
4. “Lá em cima do piano
tem um copo de veneno.
Quem bebeu, morreu,
o azar foi seu.”
5. “Cadê o toucinho que estava aqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou.
Cadê o fogo?
A água apagou.
Cadê a água?
O boi bebeu.
Cadê o boi?
Foi carregar trigo.
Cadê o trigo?
A galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Foi botar ovo.
Cadê o ovo?
O frade comeu.
Cadê o frade?
Tá no convento.”
6. “O Papagaio come milho.
Periquito leva a fama.
Cantam uns e choram outros.
Triste sina de quem ama.”
7. “João corta o pão,
Maria mexe o angu,
Teresa põe a mesa,
para a festa do Tatu.”
deu um pulo e foi à França,
Os cavalos a correr,
Os meninos a brincar,
Vamos ver quem vai pegar.”
9. “Era uma bruxa
À meia-noite
Em um castelo mal-assombrado
com uma faca na mão
Passando manteiga no pão.”
10. “Subi na roseira,
quebrou um galho
segura (nome da criança)
senão eu caio.”
11. “Galinha choca,
comeu minhoca,
saiu pulando,
que nem pipoca.”
12. “Santa Luzia
passou por aqui
Com seu cavalinho
Comendo capim.
Santa Luzia
Que tinha três filhas:
uma que fiava,
uma que tecia,
uma que tirava
o cisco que havia.”
13. “Suco gelado
cabelo arrepiado.
Qual é a letra
do seu namorado?”
14. “Eu sou pequenininho,
do tamanho de um botão.
Carrego o papai no bolso
e a mamãe no coração.”
15. “Fui à feira comprar uva,
encontrei uma coruja.
Eu pisei na cauda dela,
me chamou de cara suja.”
Bônus
- “A vovó da Mariazinha
fez xixi na panelinha
e falou pra todo mundo
que era caldo de galinha.” - “Por detrás daquele morro,
passa boi, passa boiada.
Também passa moreninha,
de cabelo cacheado.”