3 mentiras sobre a escravização no Brasil, difundidas pela escola

 

Um dos maiores crimes contra a humanidade aconteceram nas Américas, nos últimos 500 anos. Trata-se da escravização de povos africanos e nativos pelos Europeus.

As consequências desses crimes ecoam até hoje, em reflexos sociais como o racismo, a marginalização de pessoas afro-ameríndias, e a exploração do continente africano, levando nações como Serra Leoa ou Mali a níveis extremos de pobreza.

Logo, datas comemorativas, como o Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha, Dia da Consciência Negra e o Dia de Martin Luther King são essenciais, para que essas pautas sejam debatidas, tanto na escola, quanto na sociedade em geral.

Parte do trabalho executado por ativistas, educadores e pesquisadores, nessas datas, é, justamente, promover um revisionismo das “Historias oficiais” sobre a escravização, no sentido de mostrar as raízes desses problemas, a fim de buscar, no presente, as soluções.

E você sabe quais aspectos históricos precisam ser revistos? Sabe quais são as mentiras da Historia da Escravização no Brasil? Confira:

 

1.      As palavras “Escravo” e “Escravidão”

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As palavras que designam pessoas em situação de servidão forçada foram, durante muito tempo “Escravos” em um regime de “Escravidão”. As palavras, por sua vez, vieram do latim, o que demonstra que a prática é tão antiga quanto a sociedade ocidental, em si.

Contudo, é preciso que façamos um adendo, pois falarmos em “Escravo” e “Escravidão” não funcionam mais, conceitualmente. A ideia por trás da palavra “Escravo” é, justamente, a de uma condição indissociável da personalidade e vida provada de alguém.

Já “Escravidão” passa a ideia um processo social fortuito e corriqueiro.

Algo extremamente distante da realidade.

Pessoas que sofriam o processo de servidão eram “escravizados”, ou seja, sofreram foram submetidos a um formato de trabalho. Já o ato de coibir as liberdades individuais é a ‘escravização”, ou seja, a transformação social forçada, de um grupo contra outro.

 

2.      Povos africanos que mantiveram pessoas escravizadas

Certas nações do continente africano, bem como nações de povos originários, por vezes mantiveram pessoas cativas.

Ou, em termos grosseiros: esses grupos tinham escravizados.

Mas em uma situação diferente daquela dos europeus. Europeus criaram um sistema de trabalho forçado que era baseado, apenas, na objetificação de pessoas, com base no componente étnico, a cor da pele.

Além disso, a escravização nos moldes europeus pressupunha uma desumanização das pessoas em situação de servidão.

Os escravizados de povos africanos ou originários era mais uma medida punitiva, ou, como era mais comum, uma penalidade aplicada a um exército derrotado.

 

3.      Princesa Isabel, a Libertadora

Uma das questões mais polêmicas, em se tratando de escravização no Brasil, é em relação à herdeira do trono brasileiro, a Princesa Isabel.

Durante muitos anos, a monarca fora vista como a libertadora dos escravizados. Contudo, isso não corresponde a uma análise política do Brasil de então.

Primeiro, porque a família real detinha lucros provenientes de trabalhadores forçados.

Segundo, porque os maiores interessados na libertação dos cativos eram o ingleses, que viam vantagens econômicas no fim da mão-de-obra de origem escravizada.

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