3 preconceitos que mulheres sofrem no mercado de trabalho
No Brasil, e no mundo de maneira geral, temos um grande problema em ambientes de trabalho: o preconceito contra mulheres. A mentalidade machista de muitos gestores faz com que mulheres, em relação aos seus pares masculinos, enfrentem julgamentos descabíveis.
Seja pela questão da maternidade, seja por serem solteiras, seja pelos mitos machistas que se divulgam há séculos, o mercado de trabalho é cruel com as mulheres.
Claro que há uma mudança em curso. Principalmente, quando vemos mulheres em posições de gestão e liderança. Porém, essa mudança ainda está engatinhando, e são poucos os gestores e diretores homens, sem uma visão machista sobre suas funcionárias.
Muitas vezes, os chefes não são machistas conscientemente, mas o machismo é tão naturalizado e tradicionalizado, que praticamos ele sem perceber.
Você, empresário homem, sabe quais são esses preconceitos que mulheres sofrem? Confira alguns.
1. “A licença maternidade compromete a produtividade da funcionária”
Um preconceito cruel, pois a licença maternidade é um direito básico, e essencial, para as mulheres que acabaram de ter filhos poderem cuidar dos bebês.
Não se trata apenas da criança. A funcionária está passando por uma fase nova: seu corpo mudou, sua vida mudou. Mesmo se não for o primeiro filho.
Mulheres precisam de licenças-maternidade, pois criar uma vida é algo complexo e trabalhoso. Há países nos quais a LM dura mais do que os seis meses, previstos no Brasil.
A questão da produtividade é algo menor, diante de um ser humano que precisa do apoio de seus pares. Uma empresa que não vê isso tem problemas maiores, até, do que o machismo.
2. “Mulheres são emocionais”
Machismo cruel, porque a verdade é que, mulheres e homens podem ser mais emocionais ou mais racionais. Esse preconceito piora, quando alguém usa o argumento dos hormônios.
O fato é que nossa sociedade constrói imagens de masculinidade, associando-a à razão, e imagens de feminilidade, associando-a à emoção.
E mais, toda a equipe precisa de pessoas racionais e emocionais, e de ambos os gêneros. Trata-se de uma questão de diversificar o capital humano e dessa maneira, conseguir produzir resultados mais criativos e inovadores.
Basta a equipe de RH lançar vagas, sem os preconceitos tradicionais pré-estabelecidos.
3. “Funcionárias bonitas não são inteligentes”
Outro preconceito cruel. Primeiro, porque a ideia de beleza é algo muito relativo. Segundo, porque associar inteligência à (falta de) “beleza” é puro machismo.
Mulheres de todas as aparências e condições físicas podem, ou não, ter mais qualificação para uma vaga. A questão da imagem física é uma construção social, e não revela nada sobre a pessoa, ou sobre a competência de trabalho.
Se uma mulher investe horas de seu dia, aos cuidados estéticos, perfeito pra ela – desde que isso não tome seu tempo de trabalho.
Homens que tenham o corpo mais atlético não são julgados por sua aparência. E, ter um corpo atlético exige uma dedicação de horas. Então, por que crer que não é possível fazer as duas coisas?
A aparência sempre é superficial.