4 práticas da educação construtivista, para você adotar nas suas aulas

 

Se você é professor, muito provavelmente conhece o conceito de “educação construtivista”. A questão e: será que você o aplica em sua sala, e na sua prática docente cotidiana?

Mas, antes de você me criticar, vamos com calma, também sou professor e sei que, às vezes (geralmente, na verdade) é quase impossível praticar a educação construtivista, na escola. Há muitos problemas na rotina pedagógica, e esses “empurram” o professor a um formato tradicional de ensino.

Sem problemas.

Entretanto, há algumas práticas do construtivismo, que podem ser aplicadas. Claro, há casos e casos, mas quando der, tente: você irá se surpreender!

 

1.      Não dê respostas, oriente a busca

Em uma prática pedagógica de orientação construtivista, o professor não é a autoridade que detém o conhecimento, mas sim a autoridade que orienta os alunos a buscarem por ele. Ou seja, o professor não vai simplesmente dizer o que as coisas são.

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Isso é repetitivo, e não fixa o conhecimento. Ao invés disso, prefira atividades nas quais o aluno é o produtor de seu próprio saber. Ao professor, cabe orientar as pesquisas. Ser o contraponto de ideias equivocadas.

em termos mais concretos, a ideia aqui é colocar os alunos para pesquisar as informações da aula – no livro didático ou na internet – e então, debater as respostas, eliminando as erradas, e questionando as corretas.

 

2.      Menos provas, mais trabalhos

Provas são um instrumento pedagógico muito ineficiente, na avaliação de um saber. Isso porque elas não demonstram o que o aluno aprendeu, e sim o que ele decorou. Mesmo se for uma prova com questões discursivas.

Imagine uma prova de Literatura, por exemplo: o aluno decora, simplesmente, que a questão de Machado de Assis não é “traiu ou não traiu” e sim “os ciúmes”. Responde isso, e depois nunca mais pensa no caso. O que se aprende aqui?

Ao invés de provas, prefira trabalhos onde o conhecimento será aplicado.

Uma “reportagem investigativa” sobre o caso de Bentinho e Capitu. Um “projeto de arquitetura”, para formas geométricas. Um “plano de ação de reciclagem”, para Biologia.

Atividades que forçam o aluno a assumir o ativismo de seu saber, e usar sua criatividade.

 

3.      Não diga que está errado, diga o que está certo

Essa prática funciona, especialmente, para aulas de línguas, porque muitas vezes, a questão da pronúncia pode vir a ser um problema.

Em atividades orais, sejam debates, chamadas ou seminários, ao invés de apontar os erros, coloque os acertos. Repita o que o aluno falou, no formato de pergunta, colocando a resposta correta, porém.

Claro que às vezes isso não é possível, mas sempre que for, prefira. É uma forma de corrigir, sem passar a sensação de culpabilidade.

 

4.      Use ludicidade

Brincadeiras sempre funcionam, para que o conhecimento seja apreendido, mas sem a gravidade do ensino formal. Jogos didáticos, brinquedos e outras peças podem ser usadas.

Mesmo com alunos mais velhos, elas funcionam, desde que você adapte a linguagem, à faixa etária do público.

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