5 mitos sobre Psiquiatria
Uma das profissões mais importantes na área da saúde é a Psiquiatria. Isso porque, essa área do saber é responsável por combater doenças silenciosas e sutis, mas extremamente comuns – as doenças mentais.
Especialmente nos últimos 50 anos, quando a sociedade tem intensificado seu ritmo, causando esgotamento mental, por parte de indivíduos que se veem envoltos em jornadas de trabalho dispendiosas, e são exigidos cada vez mais.
Entretanto, a Psiquiatria é, ainda, uma profissão cheia de mitos que, longe de ajudar a divulgar a importância dessa especialidade, assustam e afastam pessoas menos esclarecidas sobre doenças mentais e tratamentos.
Você sabe que mistos são esses? Você, Psiquiatra, ou residente em Psiquiatria, sabe que mitos são esses? Sabe a verdade sobre eles? Confira:
1. Pacientes de doenças mentais são “loucos”
O primeiro mito, o mais nocivo deles, é sobre a relação entre problemas mentais e “loucura”. Vale ressaltar que a palavra “Louco”, no sentido aqui colocado, não é mais utilizada, por ser, em si, preconceituosa e agressiva.
Pessoas que agem “fora de uma norma” nem sempre são pessoas que sofrem de doenças mentais. Por vezes, ter um problema mental tem muito mais a ver com sentir-se indisposto para fazer coisas simples, debilitado, ou apavorado, do que acatar à normas sociais.
2. Ter ideias suicidas é sinal de doença mental
Mito complicado, porque, evidentemente que uma pessoa que pensa demais sobre dar fim a própria vida pode estar sofrendo de algum transtorno. Mas não é regra.
Pensar situações abstratas, como o que acontece após a morte, é normal – é dado a natureza cognitiva humana pensar sobre o que não consegue compreender.
Sentir-se tão cansado, que você pensa que “está morrendo” ou “quer morrer” também é algo que pode acontecer, sem ser sinal de doença mental.
Para pensamentos suicidas serem sinais preocupantes, é preciso que eles venham acompanhados de outros sintomas, como exaustão, confusão mental, fadiga, angústia…
Mas lembre-se – apenas um profissional habilitado pode dar um diagnóstico preciso, nesse sentido.
3. Remédios psiquiátricos causam dependência
Em parte, é um mito. Isso porque, não são todos os remédios que causam dependência. Muitos são apenas para estabilizar certa condição, ou estado transitório, do paciente.
Claro que alguns exigem certos cuidados na administração, por não poderem ser administrados concomitantemente a outras drogas, ou bebidas alcóolicas, sob o risco de efeitos colaterais pesados.
Mas sem causar dependência.
Remédios como ansiolíticos e analgésicos são muito mais “viciantes”, do que um antipsicótico, por exemplo.
4. Doenças mentais têm origem biogenética (ou “Doenças mentais têm origem psicológica”)
Nas duas alternativas, trata-se de um mito. Doenças mentais têm origens diversas, e fatores biológicos (como desregulagem hormonal ou hereditariedade) podem ser causa, tanto quanto fatores psicológicos (como burn-out ou stress pós-traumático).
Apenas um profissional habilitado saberá identificar as origens da doença mental.
5. Tratamentos mentais são para a vida toda
Nem sempre. Em alguns casos, e sob certas abordagens, isso é verdade. Mas no caso de questões pontuais (como um luto, por exemplo), o tratamento pode ser rápido e direcionado.