Adeus, medo! Veja 6 dicas para vencer o bloqueio na escrita

Aprenda a como superar inseguranças e retomar a confiança no seu processo criativo.

O medo de escrever é um desafio comum para muitos, seja para quem está começando ou até para escritores experientes, mas esse bloqueio pode surgir por diversos motivos, como o medo do julgamento, da crítica ou a sensação de não ser bom o suficiente; no entanto, existem estratégias eficazes para superar esse obstáculo e transformar o processo de escrita em uma experiência mais fluida e produtiva.

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Vença o bloqueio na escrita

Você já deixou uma oportunidade de trabalho escapar por receio de escrever ou desistiu de participar de um concurso público por causa da redação? Superar esse bloqueio é fundamental para quem busca crescimento profissional ou almeja conquistar uma vaga em concursos. Embora o medo de escrever possa, em certos momentos, ser benéfico, servindo como um filtro que nos leva a refletir e revisar nossas palavras com mais cuidado, ele pode se tornar um obstáculo quando se transforma em paralisia.

Como superar?

O medo pode funcionar como um filtro saudável no processo de escrita, especialmente quando ele impulsiona a revisão cuidadosa e a atenção à mensagem que se quer transmitir. Nesse contexto, o medo se torna um aliado, pois refina o texto e garante que ele esteja bem elaborado; no entanto, ele se torna prejudicial quando impede a pessoa de escrever e compartilhar suas ideias com o mundo.

Um pensamento simples, mas poderoso, para superar esse bloqueio é: “não se dê tanta importância”. O que realmente importa é escrever sobre o que se acredita e deixar que a mensagem chegue às pessoas que realmente precisam ouvir. O equilíbrio constante no processo criativo é quase inexistente. Há dias em que a escrita flui com facilidade, enquanto em outros parece que a inspiração se esconde. Compreender e aceitar essa alternância é, para mim, uma forma de libertação. Para se expressar de forma autêntica na escrita, o autoconhecimento é fundamental. Quando a necessidade de validação externa se impõe, ela pode “envenenar” a mensagem, tornando-a menos genuína. No fim das contas, a questão se resume a uma escolha: que imagem a pessoa quer transmitir ao mundo?

Técnicas para superar

É fundamental dedicar tempo ao autoconhecimento e explorar o “mar interior” para compreender as raízes da insegurança que surgem no processo de escrita. Existem várias técnicas e exercícios que podem ajudar a iniciar essa jornada e a utilizá-la a favor da produção textual. Primeiramente, se possível, busque o auxílio de um terapeuta, pois esse processo pode ser decisivo para superar bloqueios emocionais.

Em segundo lugar, mergulhe na leitura de obras literárias, especialmente de ficção. Ao acompanhar as histórias e os dilemas dos personagens, os leitores acabam se conhecendo melhor, estimulando a criatividade e permitindo que a mente se expanda para novas ideias. Por último, pratique a escrita regularmente. A única forma de aprender a escrever é escrevendo, e a prática constante é essencial para ganhar confiança e habilidade ao criar textos cada vez mais consistentes.

Escrita e contexto

O primeiro passo essencial para uma escrita eficaz é compreender e definir quem é o seu público-alvo. Pergunte-se: “Quem são as pessoas que irão ler meu texto?” “Estou me dirigindo a crianças, jovens ou adultos?” “Há uma classe social específica que estou visando?” A partir dessas questões, é possível moldar sua escrita para se conectar diretamente com o grupo desejado, adotando o tom e o estilo apropriados.

Por exemplo, a forma de se comunicar com crianças exige uma abordagem diferente da utilizada com adultos, exigindo ajustes no vocabulário, na complexidade das frases e no tom da mensagem. Portanto, antes de iniciar a escrita, é fundamental ter clareza sobre quem será seu leitor, para que sua mensagem seja mais eficaz e impactante.

Adeus, medo! Veja 6 dicas para vencer o bloqueio na escrita (Foto: Unsplash).
Adeus, medo! Veja 6 dicas para vencer o bloqueio na escrita (Foto: Unsplash).

Faça um rascunho

O rascunho é a base fundamental de qualquer texto bem escrito. Ele representa a primeira versão, o nascimento das ideias e a essência do autor, um momento crucial no processo criativo. Pode parecer bagunçado ou desorganizado inicialmente, mas é exatamente nesse estágio que se começa a formar o verdadeiro conteúdo.

A partir do rascunho, inicia-se o trabalho de refinamento, onde o objetivo é dar coesão (corrigindo aspectos gramaticais) e coerência (organizando as ideias de maneira lógica). A etapa seguinte é a revisão, o momento de afinar os detalhes e dar o toque final. Para garantir que o texto flua naturalmente, uma boa dica é lê-lo em voz alta, pois isso ajuda a identificar pontos que precisam de ajustes antes da publicação.

Como desenvolver o hábito?

As melhores ideias frequentemente surgem nos momentos mais inesperados: durante um banho relaxante, em uma conversa descontraída com amigos ou até enquanto se faz tarefas simples, como lavar a louça. Para garantir que essas inspirações não sejam esquecidas, uma boa estratégia é gravá-las rapidamente em áudio, como uma mensagem para si mesmo no WhatsApp.

Além disso, ter um bloco de notas, seja físico ou digital, pode funcionar como um verdadeiro depósito de ideias, permitindo organizar e expandir seu repertório cultural e vocabular. Vale lembrar que nem sempre o simples ato de se sentar para escrever em um horário determinado é a chave para a produtividade. Muitas vezes, o melhor é aproveitar os momentos em que as ideias surgem espontaneamente e registrar o que vier à mente, quando o fluxo criativo estiver naturalmente mais forte.

Como superar os bloqueios?

Um dos maiores desafios que resulta em em bloqueio é a crença equivocada de que não sabem português, o que não é verdade. Na realidade, todos nós dominamos a língua, mas a diferença está no repertório cultural, vocabular e nas experiências de vida, ou, mais precisamente, na forma como observamos o mundo à nossa volta.

É essencial compreender para quem estamos escrevendo, pois isso determina o tipo de conhecimento que devemos buscar e a linguagem mais apropriada para a comunicação escrita. A questão não está em certo ou errado, mas sim na capacidade de adaptar o discurso a cada contexto, garantindo a adequação da mensagem.

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