Resumo de português: as vozes verbais
Entenda o tema
As vozes verbais constituem um aspecto muito importante da gramática em língua portuguesa, pois definem a relação entre o sujeito e a ação expressa pelo verbo.
Existem três tipos de vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva. É fundamental que você entenda o funcionamento e os diferentes tipos das vozes verbais, uma vez que elas podem ser abordadas por questões de português e de gramáticas nas mais diversas provas do país, como o ENEM e os vestibulares.
Assim, para que você consiga entender como elas funcionam, separamos um resumo completo com tudo que você precisa saber sobre as vozes verbais. Confira!
O que são vozes verbais?
As vozes verbais são as diferentes formas que um verbo pode assumir para indicar a relação entre o sujeito e a ação expressa pelo verbo. Elas definem quem pratica a ação (o agente), quem recebe a ação (o paciente) ou se o sujeito está envolvido diretamente na ação.
Em português, existem três vozes verbais principais.
O que é a voz ativa?
A voz ativa é a forma verbal em que o sujeito da oração é o agente da ação, ou seja, é ele que está praticando a ação indicada pelo verbo. Dessa maneira, identificar a voz ativa é muito simples: basta buscar pelo sujeito que realiza uma ação que recai sobre um objeto direto (se houver).
Vale ressaltar que essa é a voz mais comum e direta em nossa comunicação cotidiana.
Veja alguns exemplos a seguir:
- O aluno resolveu todas as questões.
- O professor explicou a matéria aos alunos
Nos dois exemplos que apresentamos, os sujeitos (aluno e professor) estão realizando os atos indicados pelos verbos (resolver e explicar).
O que é a voz passiva?
A voz passiva é usada quando o foco da frase está no sujeito que recebe a ação e não em quem a realiza. Essa voz verbal é comum em textos formais, científicos ou jornalísticos, pois a ênfase é atribuída ao resultado da ação e não ao agente.
Vale ressaltar que o agente da ação pode ser mencionado ou omitido na voz passiva de acordo com o interesse do emissor da mensagem.
Veja um exemplo a seguir:
- Todas as questões de matemática foram resolvidas pelo vestibulando.
No exemplo, as questões de matemática são resolvidas por alguém (o vestibulando) e não realizam nenhum ação na frase.
Tipos de voz passiva
A voz passiva pode ser classificada em outras duas categorias: voz passiva analítica e voz passiva sintética.
Voz passiva analítica
A voz passiva analítica é formada por um verbo auxiliar, geralmente “ser” ou “estar”, conjugado no tempo verbal adequado, do particípio do verbo principal. Dessa forma, a sua estrutura mínima consiste em um sujeito passivo e um predicado com o auxiliar ser seguido do verbo principal no particípio. Veja alguns exemplos a seguir:
- A matéria foi explicada pelo professor aos alunos.
- A ponte é inaugurada pelo vereador.
Caso você esteja escrevendo um texto, lembre-se de que a voz passiva analítica pode ser particularmente útil quando o agente da ação é desconhecido ou caso o objetivo seja atribuir ênfase ao resultado da ação retratada.
Voz passiva sintética
A voz passiva sintética é uma forma mais concisa da voz passiva. Ela é formada pelo verbo principal conjugado na 3ª pessoa, que pode ser um verbo transitivo direto ou um verbo transitivo direto e indireto, seguido do pronome apassivador “se”.
Veja um exemplo a seguir:
- Explicou-se o assunto aos vestibulandos.
O que é a voz reflexiva?
Na voz reflexiva, o sujeito exerce a ação sobre si mesmo, ou seja, ele é agente e também paciente da ação. Esse tipo de voz é marcada pela presença do pronome reflexivo (“me”, “te”, “se”, “nos”, “vos”) ao lado do verbo. Veja um exemplo:
- A cozinheira feriu-se com a faca
Por fim, vale mencionar que também existe a voz reflexiva recíproca, que ocorre com a ação recíproca de dois agentes. Veja um exemplo:
- Os namorados se deram as mãos.