Concordância com “a maioria”: veja quais são as principais regras

Não erre mais!

A concordância verbal é um dos tópicos mais complexos da gramática portuguesa, uma vez que possui diversas regras que devem ser seguidas.

Um dos casos que mais provoca confusão entre os brasileiros é a concordância com a expressão “a maioria”. Mas, é crucial que você conheça as principais regras de concordância com essa expressão para escrever uma redação ou, até mesmo, para responder questões sobre o tema em provas importantes, como os concursos e o ENEM.

Assim, para que você entenda o assunto, trouxemos um resumo sobre as principais regras da concordância verbal com a expressão “a maioria”. Vamos conferir!

“A maioria”: entenda essa expressão

“A maioria” é uma expressão que deve ser usada como um sujeito composto por um núcleo (maioria) e, geralmente, um complemento, que especifica sobre o que ou quem se está falando, por exemplo: “a maioria das pessoas”, “a maioria dos alunos”, etc.

As dúvidas surgem porque, ainda que o núcleo da expressão seja um termo no singular (“maioria”), a expressão é usada para indicar um conjunto de itens no plural.

“A maioria”: regra geral de concordância

A regra geral determina que o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito, ou seja, com a palavra “maioria”, que está no singular. Assim, a concordância verbal padrão seria no singular:

  • A maioria das pessoas gosta de bolo de chocolate.

Nesse caso, o verbo “gostar” está no singular, concordando com o núcleo “maioria”.

  • A maioria dos alunos estuda para o ENEM.

Nesse exemplo, o verbo “estudar” também está no singular, uma vez que concorda com “maioria”.

Como podemos perceber, a concordância com o núcleo é a mais recomendada, especialmente em contextos formais, como redações, provas e documentos acadêmicos.

Quando o verbo pode ficar no plural?

Como vimos, a regra geral favorece a concordância com o núcleo no singular. Mas, a concordância também pode ser feita com o complemento, especialmente em contextos informais ou quando o sujeito está mais distante do verbo, tornando o plural uma forma mais intuitiva para quem fala ou escreve.

Ficou com alguma dúvida? Veja um exemplo:

  • A maioria dos alunos estudam para o exame.
    • Nesse caso, o verbo “estudar” foi flexionado no plural, seguindo o sentido do complemento “alunos”. Essa construção é aceita, principalmente, quando se deseja enfatizar o grupo.

Lembre-se, porém, de que a concordância no singular é a mais recomendada para textos formais e acadêmicos.

“A maioria”: casos especiais de concordância

Existem alguns casos em que a concordância no singular ou no plural pode afetar o sentido da frase. A seguir, veja alguns dos casos especiais:

Caso especial 1: Quando queremos enfatizar a “maioria” como uma unidade coletiva, a concordância no singular é a mais apropriada. Veja um exemplo: 

A maioria do grupo decidiu ir ao teatro.

Nesse caso, a decisão é vista como uma ação coletiva do grupo como um todo.

Caso especial 2: Se a ênfase é colocada nos indivíduos que compõem a maioria, a concordância no plural é aceitável, principalmente em contextos informais. Confira um exemplo:

  • A maioria dos atletas concordaram com as novas regras.

Nesse exemplo, o foco está nos indivíduos e, por esse motivo, podemos usar o plural.

Caso especial 3: Quando a expressão “a maioria” é seguida de numerais ou determinantes plurais, a concordância pode se tornar mais fluida, aceitando ambas as formas.

  • A maioria dos cem alunos estudou (ou estudaram) para a prova.

Nesse caso, é possível usar tanto “estudou” como “estudaram”, pois os dois usos são aceitos.

Erros comuns

A seguir, veja alguns dos principais erros envolvendo a concordância com a expressão “a maioria”:

Erro 1

  • Incorreto: A maioria dos alunos chegaram tarde.
  • Correto: A maioria dos alunos chegou tarde.

Nesse caso, utilizar a concordância com o complemento plural em contextos formais pode soar inadequado. Assim, é sempre recomendável optar pela concordância com o núcleo.

Erro 2:

  • Incorreto: A  maioria escolheram não viajar.
  • Correto: A maioria escolheu não viajar.

Quando a “maioria” está sendo usado sem um complemento claro, a concordância deve ser obrigatoriamente com o singular.

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