Resumo de português: o uso do gerúndio

Descubra quais são as principais regras

As formas nominais constituem um aspecto muito importante da gramática da língua portuguesa, pois representam as diferentes variações que um determinado verbo pode assumir para desempenhar papéis semelhantes aos de outras classes de palavras.

Uma delas é o gerúndio, que termina em “-ndo” e representa uma ação em andamento ou que ocorre simultaneamente a outra. Apesar de sua importância e utilidade, o gerúndio gera muitas dúvidas sente os estudantes, especialmente em construções chamadas de “gerundismo”.

Mas, fique tranquilo. Para te ajudar, trouxemos um resumo completo com tudo que você precisa saber sobre as regras que orientam o uso do gerúndio. Vamos conferir!

O que é o gerúndio?

Como mencionamos, o gerúndio, ao lado do infinitivo e do particípio, é uma das formas nominais do verbo. Ele pode ser usado para indicar uma ação em progresso ou que acontece de maneira simultânea a outra.

O gerúndio pode ser usado em uma grande variedade de contextos e situações. A seguir, veja alguns exemplos com os principais usos do gerúndio:

Gerúndio para expressar ações simultâneas

O gerúndio pode ser usado para indicar que duas ações ocorrem ao mesmo tempo. Confira um exemplo:

  • Carla saiu falando ao telefone.

Nesse caso, o gerúndio é usado para indicar que a ação de “falar” acontece simultaneamente à ação de “sair”.

Gerúndio para expressar ações em progresso

O gerúndio também pode ser usado para expressar ações que estão em andamento. Veja um exemplo:

  • Eu estou estudando para o vestibular. 

Nesse exemplo, o verbo no gerúndio indica que a ação de “estudar” está em progresso.

Gerúndio para expressar ações continuadas

Por fim, o gerúndio pode também ser usado para indicar que uma ação é contínua ou se estende por um período. A seguir, veja um exemplo:

  • José passou a noite toda ouvindo música.

Aqui, podemos perceber que o gerúndio indica que a ação de “ouvir” é contínua.

O que é o “gerundismo”?

O “gerundismo” acontece quando usamos o gerúndio de forma excessiva ou inadequada, especialmente em construções que tentam expressar uma ação futura ou uma intenção.

Usos do gerúndio
Memorize as principais regras para usar o gerúndio corretamente. Imagem: Pexels/Reprodução

Ficou com alguma dúvida? A seguir, veja alguns exemplos:

  • Vou estar verificando o problema para você.

Nesse caso, o correto seria dizer “Vou verificar o problema para você.”

  • Estarei fazendo o relatório até quarta-feira.

Aqui, o correto seria dizer: ”Farei o relatório até quarta-feira.”

Tenha em mente que o uso inadequado do gerúndio pode gerar confusão na comunicação, pois ele torna a frase ambígua e provoca a falta de objetividade.

Como evitar o “gerundismo”?

Separamos alguma dicas para que você possa evitar o “gerundismo” e o uso inadequado do gerúndio em algumas ocasiões. Confira:

  • Evite o gerúndio para ações futuras: quando a intenção for expressar uma ação futura, use o futuro do presente ou formas verbais diretas;
  • Revise: revise os seus textos sempre que usar o gerúndio para garantir que ele esteja sendo usado de forma adequada;
  • Prefira formas verbais diretas: em alguns casos, é mais adequado opte por formas mais simples e diretas e não usar vez  o gerúndio.

As outras formas nominais: particípio e infinitivo

O particípio é a forma nominal que pode ser usada para expressar uma ação concluída. O particípio regular termina em “-ado” para verbos da primeira conjugação e “-ido” para os verbos da segunda e terceira conjugações.

O infinitivo, por sua vez, deve ser usado para expressar uma determinada ação de maneira geral, ou seja, sem especificar o tempo, o modo ou o sujeito. Assim, essa forma verbal representa o processo potencial do verbo, ou seja, a ideia de ação em si. Na língua portuguesa, o infinitivo é representado pelas terminações “-ar”, “-er”, “-ir” e, em alguns casos, “-or” e “-uir”.

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