Agora é oficial! Governo decide que NÃO vai ter horário de verão em 2024!

De acordo com Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, não há necessidade de adoção do horário de verão neste ano

O governo federal acabou de anunciar nesta quarta-feira (16), que o horário de verão não será retomado neste ano. A decisão foi tomada após uma análise cuidadosa sobre os impactos econômicos e energéticos da medida. O principal argumento para a manutenção do horário convencional em todo o país foi que os benefícios econômicos que a alteração poderia trazer não justificam sua adoção no momento. Conforme explicou o governo, a medida só será retomada se for considerada “estritamente necessária”.

Decisão do governo sobre o horário de verão

O governo optou por não retomar o horário de verão em 2024, conforme informado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Segundo ele, a decisão foi tomada com muito cuidado e após várias reuniões com especialistas. Nos últimos 45 dias, foram realizadas dez reuniões para discutir o assunto. De acordo com Silveira, não há necessidade de adoção do horário de verão neste ano, já que o Brasil tem garantias de segurança energética. Ele também mencionou que o restabelecimento das condições hídricas do país, embora modesto, contribuiu para essa decisão. Mesmo assim, a possibilidade de retomada da medida para o verão de 2025 ainda será avaliada.

Segurança hídrica e planejamento

O ministro destacou que a melhora na situação dos reservatórios não foi resultado apenas de “ajuda de São Pedro”, mas também de um planejamento estratégico. Graças a esse planejamento, os reservatórios de cabeceira estão com 11% a mais de água, o que aumenta a segurança hídrica do país. Isso, segundo ele, foi um fator importante para decidir que o horário de verão não seria necessário neste ano.

Recomendação do ONS

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou o retorno do horário de verão, argumentando que a medida poderia ajudar a enfrentar a crise hídrica que o Brasil está vivendo. O país enfrenta a pior seca desde 1950, o que tem impactado gravemente os reservatórios das hidrelétricas. Com os níveis de água abaixo do normal, o Brasil teve que recorrer a usinas termelétricas, que, além de mais caras, são menos eficientes do que as hidrelétricas. O uso dessas usinas já resultou em aumentos nas tarifas de energia para os consumidores.

Potencial de economia de energia

A adoção do horário de verão tem o potencial de reduzir em até 2% a demanda de energia durante o início da noite, o que é considerado o período mais crítico para o sistema elétrico. Isso acontece porque o consumo de energia atinge picos nesse momento do dia. De acordo com especialistas, essa redução poderia gerar uma economia de até R$ 400 milhões ao país, aliviando os custos elevados que vêm sendo gerados pelo uso das usinas termelétricas.

Impactos no comércio e na economia

Outro ponto que favorece o horário de verão é seu impacto positivo no comércio, principalmente em setores como bares e restaurantes. Com o aumento da luminosidade no final do dia, as pessoas tendem a estender suas atividades após o trabalho, o que resulta em um maior fluxo de clientes nesses estabelecimentos. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o faturamento dos bares e restaurantes pode aumentar significativamente durante o horário de verão, impulsionando o setor. Em 2021, a entidade afirmou que o horário de verão aumentava o fluxo de clientes, gerando um incremento considerável nas receitas.

Impactos negativos nas companhias aéreas

Por outro lado, nem todos os setores veem o horário de verão com bons olhos. As companhias aéreas, por exemplo, criticam a medida devido aos impactos que ela gera na organização dos voos. Como as passagens são comercializadas com muita antecedência, a mudança no horário requer uma antecipação de seis meses para ajustar os horários e conexões dos voos. Essa adaptação representa um grande desafio para o setor, que prefere que o horário convencional seja mantido.

Efeitos no relógio biológico

Outro ponto a ser considerado é o impacto do horário de verão no relógio biológico das pessoas. A mudança pode causar desconforto, como dificuldades para dormir e cansaço nos primeiros dias de adaptação. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, divulgada em 14 de outubro, mostrou que 47% dos brasileiros são contrários ao retorno do horário de verão, enquanto apenas 6% se declaram indiferentes à questão. Isso demonstra que a medida divide opiniões entre a população, com uma parte significativa sendo contra a alteração do horário.

Veja todas as novas atualizações sobre o horário de verão 2024.
Veja todas as novas atualizações sobre o horário de verão 2024. Imagem: Shutterstock

Declarações do ministro Alexandre Silveira sobre o horário de verão

O ministro Alexandre Silveira já havia declarado anteriormente que a previsibilidade é um dos pontos fundamentais em qualquer política pública de grande impacto, como é o caso do horário de verão. Ele explicou que o período de maior importância da medida é entre 15 de outubro e 30 de novembro, embora sua relevância comece a diminuir a partir de dezembro. Silveira enfatizou que qualquer decisão sobre o retorno do horário de verão seria tomada com base em dados técnicos e considerando a sensibilidade política e social da medida.

Histórico do horário de verão no Brasil

O horário de verão foi implementado pela primeira vez no Brasil em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, por meio de um decreto que estabeleceu a medida em todo o território nacional. Entretanto, a adoção do horário de verão foi esporádica até 1967, sendo implementada de forma definitiva apenas 18 anos depois. Desde então, a medida passou a ser adotada anualmente até ser suspensa nos últimos anos.

Avaliação futura da medida

Mesmo com a decisão de não adotar o horário de verão em 2024, o governo deixou em aberto a possibilidade de reavaliar a medida para o próximo ano. Dependendo das condições hídricas e da segurança energética do país, a adoção do horário de verão poderá ser discutida novamente em 2025. O ministro Alexandre Silveira reforçou que qualquer decisão futura será baseada em dados técnicos e voltada para garantir a segurança energética e a economia de custos para os consumidores brasileiros.

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