Fiódor Dostoiévski – autor, influência e obras

Fiódor Dostoiévski, um renomado autor russo, nasceu em 11 de novembro de 1821, na cidade de Moscou. Ele se opôs ao czarismo e, como consequência, passou quatro anos em trabalhos forçados. Essa experiência, no entanto, não impediu que se tornasse um dos mais influentes escritores de sua época.

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Dostoiévski faleceu em 9 de fevereiro de 1881, em São Petersburgo, e é considerado um dos principais representantes do realismo na literatura russa. Suas obras são marcadas por uma profunda reflexão filosófica e frequentemente utilizam o monólogo interior para explorar a psicologia de seus personagens. Um exemplo notável de seu estilo pode ser encontrado em seu famoso romance “O idiota”.

Quem foi Fiódor Dostoiévski?

O romancista russo Fiódor Dostoiévski nasceu em Moscou no dia 11 de novembro de 1821. Seu pai, Mikhail Andreevich Dostoiévski (1788-1839), era médico e trabalhava no hospital Mariinsky, destinado aos pobres. Sua mãe, Maria Fiodorovna Nechaeva (1800-1837), era descendente de um comerciante.

Fiódor tinha um irmão mais velho chamado Mikhail, e ambos ingressaram no internato de Leonty Ivanovich Chermak em 1834. Três anos depois, em 1837, perderam a mãe. Após essa tragédia, mudaram-se para São Petersburgo, onde, em 1839, Dostoiévski começou seus estudos na Academia Militar de Engenharia.

Nesse mesmo ano, o pai foi assassinado pelos servos na propriedade da família em Kashir. Em 1844, o jovem autor decidiu abandonar a carreira militar para se dedicar à literatura. No ano seguinte, começou a ser reconhecido no cenário literário de São Petersburgo.

Ele fez parte do círculo de Petrachévski, um grupo de intelectuais críticos ao czarismo. Em 1849, foi preso e condenado à morte, mas sua pena foi convertida em trabalhos forçados momentos antes da execução.

Dostoiévski foi enviado para a Sibéria, onde passou quatro anos na fortaleza de Omsk e, posteriormente, foi obrigado a se alistar como soldado, servindo por mais quatro anos. Casado, retornou a São Petersburgo em 1859. Em 1862, fez sua primeira viagem à Europa, onde ficou por quase três meses.

Dois anos depois, ficou viúvo e, no mesmo ano, perdeu seu irmão mais velho, que deixou dívidas a serem pagas por ele. Em 1867, casou-se novamente e mudou-se para a Europa, onde viveu por cerca de quatro anos. Ao voltar à Rússia, tornou-se chefe da redação do jornal conservador O Cidadão.

Fiódor Dostoiévski faleceu em 9 de fevereiro de 1881, em São Petersburgo, devido a complicações de saúde agravadas por crises de epilepsia que o acompanhavam há muito tempo, com início durante seu período de prisão e agravamento ao longo dos anos.

Características da obra

As obras do escritor realista Fiódor Dostoiévski são marcadas por uma crítica social e política que reflete a perspectiva conservadora e nacionalista do autor. Como um típico autor russo, Dostoiévski era conhecido por seu estilo prolixo e por valorizar descrições detalhadas; no entanto, o que realmente distingue suas obras é sua profundidade filosófica.

Os personagens criados por Dostoiévski são, em sua maioria, figuras marginalizadas e complexas, retratadas de maneira crua, sem idealizações. Para intensificar o realismo de seus romances, o autor utiliza técnicas como o fluxo de consciência e a análise psicológica, explorando as nuances da mente humana.

Com uma linguagem clara e direta, o romancista abordou uma variedade de temas, incluindo:

• crime;
• degradação;
• opressão;
• insanidade;
• morte;
• liberdade;
• religião.

Principais obras de Fiódor Dostoiévski

• “Gente Pobre” (1846) — romance;
• “O Duplo” (1846) — romance;
• “Senhor Prokhartchin” (1846) — conto;
• “Romance em Nove Cartas” (1847) — conto;
• “A Senhoria” (1847) — novela;
• “Noites Brancas” (1848) — novela;
• “Coração Fraco” (1848) — conto;
• “O Ladrão Honrado” (1848) — conto;
• “Uma Árvore de Natal e um Casamento” (1848) — conto;
• “A Mulher de Outro e o Marido Debaixo da Cama” (1848) — conto;
• “Netochka Nezvanova” (1849) — romance;
• “O Pequeno Herói” (1849) — novela;
• “O Sonho do Tio” (1859) — novela;
• “Aldeia de Stiepantchikov e Seus Habitantes” (1859) — novela;
• “Humilhados e Ofendidos” (1861) — romance;
• “Recordações da Casa dos Mortos” (1862) — romance;
• “Uma História Desagradável” (1862) — conto;
• “Notas do Subterrâneo” (1864) — novela;
• “O Crocodilo” (1865) — conto;
• “Crime e Castigo” (1866) — romance;
• “O Jogador” (1867) — romance;
• “O Idiota” (1869) — romance;
• “O Eterno Marido” (1870) — novela;
• “Os Demônios” (1872) — romance;
• “Bobók” (1873) — conto;
• “O Adolescente” (1875) — romance;
• “Uma Criatura Gentil” (1876) — novela;
• “O Mujique Marei” (1876) — conto;
• “O Sonho de um Homem Ridículo” (1877) — conto;
• “Os Irmãos Karamazov” (1881) — romance.