Derivação parassintética – o que é, para que serve e como usar (exemplos)
Veja como funciona esse processo de formação de palavras e veja exemplos práticos para entender sua aplicação na língua portuguesa.
A parassíntese, também conhecida como derivação parassintética, é um processo de formação de palavras caracterizado pela adição simultânea de prefixo e sufixo ao radical de uma palavra primitiva. É importante destacar que a derivação é um mecanismo linguístico que permite criar novos vocábulos por meio do uso de afixos, sejam eles prefixos ou sufixos. Além da parassíntese, a derivação pode ocorrer de outras formas, como a imprópria, a regressiva, a sufixal e a prefixal.
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Entenda a derivação parassintética
A língua portuguesa é rica em processos de formação de palavras, que contribuem para a expansão e dinamicidade do vocabulário. Um desses processos é a derivação parassintética, um fenômeno que intriga e fascina tanto estudantes quanto entusiastas da língua. Neste artigo, vamos explorar o que é a derivação parassintética, qual a sua função e como identificá-la, acompanhada de exemplos claros e práticos.
O que é a derivação parassintética?
A parassintética é um tipo de formação de palavras em que um prefixo e um sufixo são adicionados simultaneamente a um radical para criar uma nova palavra. Nesse processo, tanto o prefixo quanto o sufixo são indispensáveis para que a palavra formada tenha sentido. Se um dos afixos for retirado, o radical não gerará uma palavra com significado completo. Essa característica é o que diferencia a derivação parassintética de outros tipos de formação, como a prefixação ou a sufixação isoladas.
Por exemplo, na palavra “amanhecer”, temos o prefixo “a-”, o radical “manhã” e o sufixo “-ecer”. Se retirarmos o prefixo, ficamos apenas com “manhecer”, que não tem sentido. Da mesma forma, se retirarmos o sufixo, “amanh” também não é uma palavra. Isso demonstra que ambos os afixos são essenciais para a formação e o significado da palavra.
Para que serve a derivação parassintética?
Ela desempenha um papel fundamental na língua ao permitir a criação de novas palavras que enriquecem o vocabulário e facilitam a expressão de ideias. Muitas vezes, ela é usada para formar verbos ou adjetivos a partir de substantivos, ampliando as possibilidades de comunicação e descrição.
Além disso, esse processo também evidencia a produtividade da língua portuguesa, que é capaz de criar novas palavras a partir de estruturas já existentes. Isso é particularmente útil em contextos criativos, como a literatura e a poesia, ou em situações em que é necessário nomear novos conceitos ou fenômenos.
Como usar e identificar a derivação parassintética?
Para identificar uma palavra formada por derivação parassintética, é importante analisar sua estrutura e verificar se tanto o prefixo quanto o sufixo são indispensáveis ao seu significado. Veja abaixo alguns exemplos:
- Amanhecer: prefixo “a-” + radical “manhã” + sufixo “-ecer”.
- Entardecer: prefixo “en-” + radical “tarde” + sufixo “-ecer”.
- Anoitecer: prefixo “a-” + radical “noite” + sufixo “-ecer”.
- Enriquecer: prefixo “en-” + radical “rico” + sufixo “-ecer”.
- Empobrecer: prefixo “em-” + radical “pobre” + sufixo “-ecer”.
Em cada um desses casos, a retirada do prefixo ou do sufixo faz com que a palavra perca seu significado, evidenciando o processo parassintético.
É importante notar que nem todas as palavras com prefixo e sufixo simultaneamente são derivadas por parassíntese. Em palavras como “deslealmente” (“des-” + “leal” + “-mente”), é possível retirar o prefixo (“lealmente”) ou o sufixo (“desleal”) sem comprometer completamente o significado. Por isso, não se trata de derivação parassintética.
Em resumo
Este é um processo essencial para o enriquecimento do vocabulário da língua portuguesa. Ao entender como ela funciona, é possível ampliar a compreensão sobre a formação de palavras e utilizar esse conhecimento de maneira criativa e eficaz. Seja na literatura, na comunicação do dia a dia ou no aprendizado escolar, conhecer os mecanismos de formação de palavras é uma ferramenta poderosa para qualquer falante da língua.