Adeus, dúvidas: a ver ou haver? Saiba qual usar

Descubra quando usar cada expressão corretamente e evite erros comuns na comunicação. Aprenda de forma simples e eficiente.

Afinal, é “a ver” ou “haver?” A língua portuguesa contém muitos detalhes que frequentemente geram dúvidas entre os estudantes, especialmente aqueles que se preparam para concursos ou vestibulares. Entre os termos que costumam causar confusão estão “a ver” e “haver”. Embora essas palavras sejam semelhantes, cada uma tem um significado específico. Por isso, é essencial estar atento e saber quando usar corretamente cada expressão.

Leia também: Textualidade – o que é, seus elementos e importância

Mas é “a ver” ou “haver”?

Como discutido, as expressões “a ver” e “haver” costumam gerar confusão entre os estudantes de português. Embora ambas existam na língua portuguesa, elas têm significados distintos e desempenham diferentes funções dependendo do contexto.

Quando usar “a ver”?

A expressão “a ver” é usada para indicar uma relação ou conexão entre dois ou mais elementos. Serve para mostrar que há um vínculo entre coisas ou ideias.

Exemplos com “a ver”:

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  • “Essa pauta tem muito a ver com o problema discutido na reunião de ontem.”
  • “A reação de Francisco não tem nada a ver com o que foi relatado.”

Nestes exemplos, “a ver” mostra a existência (ou ausência) de uma conexão entre os elementos mencionados. Também pode ser utilizada para investigar possíveis relações.

Exemplos investigativos com “a ver”:

  • “O que Maria disse tem a ver com a decisão que Carlos tomou?”
  • “Essa regra tem algo a ver com o novo orçamento?”

Aqui, “a ver” é usada para explorar se há alguma relação entre as ideias.

Quando usar “haver”?

“Haver” é um verbo que pode atuar de diferentes maneiras na língua portuguesa. Pode funcionar como verbo principal, significando “existir” ou “ocorrer”, e também como auxiliar em tempos compostos.

Como verbo principal, “haver” expressa a ideia de existência ou acontecimento.

Exemplos com “haver” como verbo principal:

  • “Há muitos anos, visitamos aquele museu.”
  • “Houve um tempo em que as cartas eram a principal forma de comunicação.”

Nestes casos, “haver” indica a presença de algo ou a ocorrência de um evento específico. Pode ser substituído por “existir” em alguns contextos.

Além disso, “haver” também funciona como verbo auxiliar em tempos compostos, ajudando a formar tempos verbais como o pretérito perfeito composto.

Exemplos com “haver” como auxiliar:

  • “Tenho havido muitos problemas na sala de aula.”
  • “Tinha havido algumas discussões antes da decisão do diretor.”

Aqui, “haver” contribui para a formação dos tempos verbais compostos.

Adeus, dúvidas: “a ver” ou “haver”? Saiba qual deles usar (Foto: Unsplash).
Adeus, dúvidas: “a ver” ou “haver”? Saiba qual deles usar (Foto: Unsplash).

Erros mais frequentes

A semelhança entre “a ver” e “haver” costuma levar muitos estudantes a cometerem erros. Veja um exemplo frequente:

Incorreto: Carlos não tem haver com o problema.

Correto: Carlos não tem a ver com o problema.

No caso apresentado, a forma correta é a segunda frase, pois “a ver” é usada para indicar a ausência de relação entre Carlos e o problema. O uso de “haver” neste contexto está incorreto.

E tem mais

Existem várias dúvidas comuns semelhantes à confusão entre “a ver” e “haver”. Aqui estão alguns exemplos:

  1. “A” e “Há”:
    • Confusão: “A” é uma preposição, enquanto “há” é uma forma do verbo “haver” e indica tempo passado ou existência.
    • Exemplo:
      • Incorreto: “Eu vou a loja há dois dias.”
      • Correto: “Eu fui à loja há dois dias.”
  2. “Por que” e “Porque”:
    • Confusão: “Por que” é usado em perguntas, “porque” é uma conjunção explicativa, “porquê” é um substantivo e “por que” é usado quando se pode substituir por “pelo qual”.
    • Exemplo:
      • Incorreto: “Não sei porque ele saiu.”
      • Correto: “Não sei por que ele saiu.”
  3. “Senão” e “Se não”:
    • Confusão: “Senão” é uma conjunção adversativa ou um advérbio de exceção, enquanto “se não” é a combinação da conjunção “se” com a negação “não”.
    • Exemplo:
      • Incorreto: “Ele não foi ao evento, se não estaria aqui.”
      • Correto: “Ele não foi ao evento; senão, estaria aqui.”
  4. “Despercebido” e “Desapercebido”:
    • Confusão: “Despercebido” significa algo que passou sem ser notado, enquanto “desapercebido” não é uma forma correta da língua portuguesa.
    • Exemplo:
      • Incorreto: “Ele passou desapercebido.”
      • Correto: “Ele passou despercebido.”

Essas são algumas das confusões frequentes na língua portuguesa. Corrigir essas dúvidas ajuda a melhorar a clareza e a precisão na comunicação.

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