Afinal, com quantas faltas escolares se suspende o Bolsa Família?

Famílias que ultrapassarem esse limite de faltas estão sujeitas ao cancelamento do benefício.

O Bolsa Família reformulado em março introduziu alterações nas diretrizes para a concessão do benefício em 2023. Seguindo o calendário oficial do programa, uma nova parcela de R$ 600 será disponibilizada a partir de 17 de novembro.

A vigilância da frequência escolar é uma das medidas adotadas para garantir que as famílias estejam cumprindo seus compromissos relacionados à saúde e à educação. Portanto, ao ser aprovada no programa, a família é orientada a observar e cumprir as condicionalidades estipuladas pelo governo.

Qual o limite de faltas para manter o benefício?

No âmbito educacional, é estabelecida uma frequência escolar mínima conforme a faixa etária dos membros da família. Dessa forma, famílias que ultrapassarem esse limite de faltas estarão sujeitas ao cancelamento do benefício.

As exigências de frequência escolar são as seguintes:

  • Frequência mínima de 60% para crianças de 4 a 5 anos;
  • Frequência mínima de 75% para beneficiários de 6 a 18 anos incompletos que ainda não concluíram a educação básica.

Além disso, as condicionalidades do Bolsa Família incluem:

  • Realização do acompanhamento pré-natal;
  • Acompanhamento do calendário nacional de vacinação;
  • Monitoramento do estado nutricional das crianças menores de 7 anos.

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É possível justificar as faltas para não perder o Bolsa Família?

Em situações em que não é viável evitar a ausência escolar, as famílias têm a opção de apresentar justificativas para as faltas, evitando assim o risco de perder o benefício.

De acordo com informações do governo, o Sistema de Acompanhamento do Programa Bolsa Família (PBF) aceita os seguintes motivos como justificáveis:

  1. Doença do aluno (devidamente comprovada/avaliada pela escola);
  2. Doença/óbito na família (comprovada/avaliada pela escola);
  3. Falta de oferta de serviço educacional;
  4. Fatores que impedem a liberdade de locomoção (como enchentes, falta de transporte, violência urbana na área escolar e calamidades).

No entanto, existem casos em que a ausência escolar não pode ser justificada, o que requer intervenção por meio de políticas públicas:

  • Gravidez precoce;
  • Mendicância/Trajetória de rua;
  • Negligência de pais ou responsáveis;
  • Trabalho infantil;
  • Violência e exploração sexual;
  • Violência doméstica;
  • Sem motivo identificado.

Como consultar o Bolsa Família

A verificação do valor do Bolsa Família em novembro já está disponível em todos os canais. Desde a última sexta-feira, 10, o aplicativo Bolsa Família, o app Caixa Tem e o Portal Cidadão passaram por períodos de instabilidade, resultando em atrasos na atualização da consulta.

A partir desta segunda-feira, 13, os canais de consulta começaram a exibir gradualmente as informações atualizadas de novembro, abrangendo valores parciais, bloqueios devido à ausência escolar e cancelamentos de benefícios. A consulta oficial do Bolsa Família pode ser realizada pelos seguintes meios:

  • Aplicativo do Bolsa Família;
  • Aplicativo Caixa Tem;
  • Aplicativo do CadÚnico;
  • Portal Cidadão da Caixa;
  • Whatsapp Bolsa Família (+55 61 4042 1552);
  • Ouvidoria MDS no Telegram;
  • Telefone 121 do MDS;
  • Central da Caixa no número 111.

Quanto ao horário em que o Bolsa Família é depositado no Caixa Tem, a Caixa informa que os benefícios sociais começam a ser liberados nas primeiras horas do dia, sendo que até as 9h da manhã o beneficiário terá o dinheiro depositado na conta.

Para aqueles habituados a sacar por meio do cartão do Bolsa Família, cartão do Auxílio Brasil ou Cartão Cidadão, permanece possível realizar a retirada nas lotéricas, correspondentes e agências da Caixa.

Em novembro, sem o adicional do Auxílio Gás, as famílias podem receber um valor ligeiramente inferior do Bolsa Família. Além do benefício mínimo de R$ 600, estão confirmados acréscimos de R$ 150 para cada filho com idade entre 0 e 6 anos, e um benefício de R$ 50 destinado a gestantes, bebês de até seis meses e jovens de 7 a 18 anos incompletos.

13º do Bolsa Família

A expectativa pelo pagamento do décimo terceiro do Bolsa Família em 2023 permanece elevada. No entanto, a notícia não é favorável para os 21,4 milhões de beneficiários inscritos no programa em todo o país.

O 13º do Bolsa Família foi concedido apenas uma vez, no ano de 2019, durante o primeiro mandato de Jair Bolsonaro. Naquela ocasião, as famílias receberam o Bolsa Família em dobro no mês de dezembro, com um benefício médio de R$ 383,54 por família.

Para o ano em curso, o governo federal não planeja retomar o pagamento do abono extra. Questionada sobre o assunto, a secretária de Avaliação de Gestão da Informação e Cadastro Único, Letícia Bartholo, afirmou em março de 2023 que “o Bolsa Família é um programa de assistência, de complemento de renda, não se adequa à vinculação de um 13º salário”.

“Ele agora possui um pagamento per capita muito superior ao que existia anteriormente, tanto no Bolsa Família original quanto no Auxílio Brasil. Naturalmente, não há previsão de pagamento do 13º porque o desenho proposto se ajusta melhor”, complementou a secretária.

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Décimo terceiro em Pernambuco

É relevante mencionar que uma parcela dos beneficiários recebeu o décimo terceiro do Bolsa Família em 2023. No estado de Pernambuco, o governo estadual concedeu o valor adicional a 1,077 milhão de famílias simultaneamente ao pagamento regular do Bolsa Família, seguindo o calendário de junho.

O benefício estadual é disponibilizado em pagamento único de R$ 150 para aqueles que receberam o Bolsa Família por pelo menos seis meses ao longo do ano de 2022, de forma intercalada ou consecutiva. O pagamento seguiu as datas estabelecidas no calendário de junho do programa social.

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