Aluguel mais barato em 2024? Entenda sobre o reajuste!

O índice FipeZap apresentou um aumento de 15,96% em novembro, comparado ao mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, o IPCA acumulado no mesmo período é de 4,68%.

As flutuações negativas do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), o principal indicador utilizado em contratos de aluguel residencial, estão projetando possíveis mudanças na forma de cobrança.

Esta possibilidade é de interesse direto para os brasileiros que residem em imóveis alugados. Vamos entender o contexto em questão.

Indicador de preços dos aluguéis

O IGP-M é um indicador que busca medir abrangentemente o movimento de preços, incluindo não apenas diferentes atividades, mas também várias etapas do processo produtivo.

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice teve um aumento leve em novembro, registrando 0,59% no mês, mas acumula uma queda de 3,89% no ano e atinge -3,46% no acumulado de 12 meses.

O que é o IGP-M?

O IGP-M é um indicador do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores. Divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), este índice se popularizou ao ser amplamente utilizado como referência para o setor imobiliário, especialmente para o reajuste de contratos de aluguel.

Seu propósito é buscar uma correção justa para inquilinos e proprietários.

O IGP-M tornou-se o índice de referência para contratos de aluguel como resultado do período de hiperinflação no país. Dessa forma, o indexador passou a ser uma maneira de proteger os acordos contra as variações monetárias.

Diferença entre IGP-M e IPCA

Tanto o IGP-M quanto o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) são índices da economia brasileira usados para medir a variação de preços de serviços e produtos. No entanto, existem diferenças entre os dois.

O IPCA é considerado o indicador oficial da inflação no país, sendo calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse índice reflete a variação do custo médio de vida de famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos.

Aluguel sobe três vezes em 12 meses

O índice FipeZAP de locação residencial evidenciou um crescimento de 15,96% nos últimos 12 meses até novembro, superando consideravelmente as variações registradas pelo índice oficial de inflação, o IPCA, que acumulou 4,68% no mesmo período.

Esta expansão é ainda mais expressiva em relação ao IGP-M, geralmente utilizado para ajustes nos valores dos aluguéis, que registrou um aumento de 3,46% na comparação anual.

De acordo com a pesquisa, a valorização mais significativa nos últimos 12 meses ocorreu em imóveis com um dormitório (+18,79%), enquanto as unidades residenciais com quatro dormitórios ou mais apresentaram um aumento médio de 12,56%.

Todos os 25 municípios que compõem o índice registraram aumentos nos preços dos aluguéis residenciais, abrangendo 11 capitais. As maiores altas foram observadas em Goiânia (+38,40%), Florianópolis (+28,14%), Fortaleza (+21,35%) e Rio de Janeiro (+19,97%).

Em termos mensais, os preços de aluguel residencial em novembro aumentaram 0,85% em comparação a outubro. No mesmo período, a variação do IPCA foi de 0,28% e do IGP-M, de 0,59%.

Nesse período específico, das 25 cidades consideradas no cálculo do índice, 19 apresentaram aumento nos valores dos aluguéis, incluindo nove das 11 capitais monitoradas, com maior destaque para Goiânia (3,60%), Belo Horizonte (1,92%), Fortaleza (1,59%), Curitiba (1,47%) e Porto Alegre (1,03%).

Os aluguéis médios mais altos nas cidades monitoradas foram para imóveis residenciais de um dormitório (R$ 54,03/m²), enquanto os valores mais baixos foram para unidades com três dormitórios (R$ 36,72/m²).

Ao analisar as capitais envolvidas no cálculo do índice, São Paulo apresentou o preço médio mais elevado para locação residencial (R$ 51,21/m²), seguido por Florianópolis (R$ 49,81/m²), Recife (R$ 47,35/m²), Rio de Janeiro (R$ 44,65/m²), Brasília (R$ 40,19/m²), Belo Horizonte (R$ 36,36/m²) e Curitiba (R$ 35,54/m²).

Por fim, Fortaleza se destaca com o menor custo por metro quadrado entre as capitais, registrando o valor de R$ 28,48.

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