Aumentativo e diminutivo: veja todos os tipos e exemplos

Conheça todos os tipos de sufixos e exemplos práticos para expressar tamanhos, intensidades e nuances afetivas.

Os substantivos na língua portuguesa podem expressar diferentes graus de intensidade e tamanho, e isso é feito por meio das formas normal, aumentativa e diminutiva. Cada uma dessas formas ajusta o sentido do substantivo para refletir aspectos como tamanho, intensidade ou grau de importância. Aqui, vamos detalhar cada um.

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Substantivos – aumentativo e diminutivo

O substantivo é uma categoria gramatical fundamental que serve para nomear seres, objetos, ações e conceitos. No que diz respeito à flexão em grau, os substantivos podem assumir três formas principais: normal, diminutivo e aumentativo.

  • Grau normal: representa o tamanho ou a forma padrão de um ser ou objeto, com proporções convencionais e conhecidas. Exemplos incluem: porta, boca, mulher, homem, nariz, tesoura, povo, livro, casa, voz.
  • Grau diminutivo: indica uma redução no tamanho ou na intensidade do ser ou objeto, resultando em uma forma menor do que a normal. Exemplos são: portinha, boquinha, mulherzinha, homenzinho, narizinho, tesourinha, povinho, livrinho, casinha, vozinha.
  • Grau aumentativo: refere-se a uma ampliação no tamanho ou na intensidade, conferindo uma proporção maior do que a padrão. Exemplos incluem: portão, bocarra, mulherão, homenzarrão, narigão, tesourão, povão, livrão, casarão, vozeirão.

O uso dos diferentes graus de substantivo pode variar de acordo com o contexto e a intenção comunicativa. Além de expressar tamanho, o grau diminutivo ou aumentativo pode transmitir um tom afetivo, depreciativo ou até humorístico, dependendo da situação. Portanto, a escolha entre os graus normal, diminutivo e aumentativo deve considerar não apenas o tamanho, mas também a nuance desejada na comunicação.

Quando utilizar ambos?

Diminutivo

O diminutivo pode indicar:

  1. Tamanho ou dimensão
    • Na minha casinha, não cabe nem um sofá. (Refere-se a uma casa pequena e apertada.)
    • Ele trouxe um gatinho para casa. (Indica um filhote de gato.)
    • A criança usou a tesourinha. (Refere-se a uma tesoura de tamanho reduzido.)
  2. Tom pejorativo ou decrédito
    • Que povinho! (Não necessariamente indica um grupo pequeno, mas uma crítica à personalidade.)
    • Eu não quero um empreguinho qualquer. (Significa que busca um emprego de qualidade, não um trabalho sem importância.)
    • Ela tem uma vozinha irritante. (A expressão não se refere ao tamanho da voz, mas ao timbre desagradável.)
  3. Tom afetivo ou valorativo
    • Por que você tá tristinha? (Expressa um carinho ou preocupação de forma suave.)
    • Ele é tão bonitinho. (Demonstrando admiração e afeto.)
    • Meu filho gosta de brincar com carrinhos. (Reforça a ternura e a afeição.)
Aumentativo e diminutivo: veja todos os tipos e exemplos (Foto: Unsplash).
Aumentativo e diminutivo: veja todos os tipos e exemplos (Foto: Unsplash).

Aumentativo

O aumentativo pode ser usado para indicar:

  1. Tamanho ou dimensão
    • No meu casarão, cabe mais de um sofá. (Refere-se a uma casa grande e espaçosa.)
    • Ele trouxe um gatão para casa. (Indica um gato adulto ou de tamanho considerável.)
    • A criança usou um tesourão. (Refere-se a uma tesoura de tamanho grande.)
  2. Tom pejorativo ou decrédito
    • Que povão! (Não necessariamente indica uma multidão, mas pode referir-se a uma crítica à personalidade do grupo.)
    • Eu não quero um empregão qualquer. (Quer um emprego de maior prestígio, não apenas um trabalho grande em termos de volume.)
    • Ela tem um cabeção. (Pode sugerir uma pessoa teimosa ou difícil de lidar, não apenas alguém com uma cabeça grande.)
  3. Tom afetivo ou valorativo
    • Por que você tá tristão? (Usado de forma carinhosa para expressar preocupação com alguém.)
    • Ele é tão bonitão. (Demonstra uma apreciação especial.)
    • Ela tem um vozeirão. (Expressa admiração pelo timbre ou volume da voz.)

Processo de formação de aumentativos e diminutivos

Para formar o diminutivo, utiliza-se principalmente os sufixos “-inho” e “-inha”. Por exemplo, ao adicionar o sufixo “-inho” ao substantivo “livro”, a palavra se transforma em “livrinho”, indicando um livro pequeno ou uma versão mais carinhosa e informal do livro. Outro exemplo é “casinha”, derivado de “casa”, que não só sugere uma casa pequena, mas também pode transmitir um tom afetuoso ou carinhoso. Além dos sufixos “-inho” e “-inha”, há variações regionais e contextuais, como “-zito” e “-zita”, que também podem ser usados para formar o diminutivo, como em “menino” transformando-se em “menininho”.

Para formar o aumentativo, utiliza-se os sufixos “-ão” e “-ona”. Por exemplo, ao adicionar o sufixo “-ão” ao substantivo “carro”, obtém-se “carrão”, que indica um carro grande ou de maior prestígio. Da mesma forma, “casarão”, derivado de “casa”, refere-se a uma casa grande e imponente. Esses sufixos podem também transmitir um tom pejorativo ou exagerado, dependendo do contexto, como em “povão”, que pode criticar um grupo de pessoas pela sua atitude ou comportamento, independentemente do tamanho real do grupo.

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