Ciência REVELA que USO de telas afeta o cérebro das crianças; veja como
As telas digitais têm se tornado cada vez mais presentes no cotidiano das crianças, seja por meio de smartphones, tablets ou televisões. No entanto, estudos recentes têm levantado preocupações sobre os efeitos negativos que o uso excessivo dessas tecnologias pode ter no desenvolvimento cognitivo infantil.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças menores de 5 anos devem limitar o tempo de exposição a telas a no máximo uma hora por dia, enquanto bebês com até um ano devem evitar completamente essa exposição.
Impacto na neuroplasticidade
Pesquisadores da Universidade de Hong Kong realizaram uma análise de 33 estudos clínicos, envolvendo mais de 30 mil crianças, e identificaram uma relação entre o uso crônico de telas na infância e a diminuição da neuroplasticidade. A neuroplasticidade se refere à capacidade do cérebro de formar e reorganizar redes neurais à medida que crescemos e aprendemos. Essa capacidade é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e aquisição de habilidades.
Segundo o estudo, a exposição prolongada a telas pode causar alterações anatômicas em áreas importantes do cérebro. O córtex pré-frontal, responsável pelo raciocínio, o lobo parietal, que interpreta sinais táteis, o lobo temporal, relacionado à memória e linguagem, e o lobo occipital, responsável pelo processamento de sinais visuais, são afetados negativamente pelo uso excessivo de telas.
Recomendações da OMS
A OMS recomenda que os pais e cuidadores estabeleçam limites claros e restrinjam o tempo de exposição de crianças às telas. Além disso, é importante que os pais incentivem outras atividades, como brincadeiras ao ar livre, leitura de livros e interação social, para promover um desenvolvimento cognitivo saudável.
Embora o estudo não defina um limite seguro em horas diárias para o uso de mídias digitais pelas crianças, é importante que os pais monitorem e controlem o tempo que seus filhos passam diante das telas. O uso excessivo de telas pode interferir no desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas das crianças.
Efeitos do uso excessivo de telas na infância
Além do impacto na neuroplasticidade, o uso excessivo de telas na infância tem sido associado a outros problemas de saúde e desenvolvimento. Estudos mostram que crianças que passam mais tempo em frente às telas têm maior probabilidade de desenvolver obesidade, problemas de sono, dificuldades de atenção e hiperatividade.
A exposição constante a conteúdos inadequados ou violentos também pode afetar negativamente o desenvolvimento emocional das crianças. É importante que os pais monitorem o conteúdo acessado pelos filhos e estabeleçam restrições para garantir um ambiente seguro e saudável.
Dicas para limitar o uso de telas
Aqui estão algumas dicas para ajudar os pais a limitar o uso de telas pelas crianças:
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Estabeleça limites de tempo: Defina um tempo máximo diário para o uso de telas e explique aos seus filhos a importância de respeitar esses limites.
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Crie momentos de desconexão: Reserve momentos do dia em que as telas são totalmente desligadas, como durante as refeições em família ou antes de dormir.
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Promova atividades alternativas: Incentive outras atividades que estimulem o desenvolvimento cognitivo e físico, como leitura, jogos ao ar livre, brincadeiras criativas e esportes.
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Seja um exemplo: Os pais também devem limitar o próprio tempo de tela e mostrar um comportamento equilibrado em relação ao uso de dispositivos digitais.
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Estabeleça regras claras: Defina regras claras sobre o uso de telas, como locais permitidos para uso, horários restritos e conteúdos apropriados.
Ademais, embora as telas digitais ofereçam muitos benefícios e oportunidades de aprendizado, é essencial que os pais estejam cientes dos possíveis efeitos negativos do uso excessivo dessas tecnologias no desenvolvimento cognitivo das crianças. Estabelecer limites adequados e promover atividades alternativas pode ajudar a garantir um ambiente saudável e estimulante para o crescimento e aprendizado dos pequenos.
Lembre-se sempre de que cada criança é única, e é importante observar e respeitar as necessidades individuais. Busque um equilíbrio saudável entre o uso de telas e outras atividades essenciais para o desenvolvimento infantil.