Como acolher alunos no 6º ano?
Uma das maiores questões enfrentadas em escolas, de todo o Brasil, é a transição que alunos enfrentam, do 5º ao 6º ano – ou seja, do Ensino Fundamental I, para o Ensino Fundamental II.
Embora haja sistemas educacionais de esfera municipal, estadual e federal, a transição dessas sérias acontece seguindo os Parâmetros Curriculares Nacionais, de forma que ela é comum em todo o país, e em escolas públicas e particulares.
E que questão é essa?
Trata-se da transição do formato do ensino. Até o 5º ano, os estudantes têm quase todas as aulas com apenas 1 docente, enquanto a partir do 6º, passa a ter aulas com especialistas – isso é, 1 docente para cada matéria.
Embora isso possa parecer algo fortuito, para os estudantes pode ser um mudança drástica. Eles não têm autonomia e maturidade plena ainda, não sabem gerenciar bem seu tempo, não entendem como cada professor dirige suas aulas e avalia os alunos.
Logo, como a escola pode acolher esse aluno, a fim de que sua adaptação aconteça de forma menos contundente? Veja algumas propostas, no nosso artigo.
1. Romper a ideia de professor polivalente antes do 6º ano
Uma proposta que algumas escolas adotam é a de romper com a ideia de professor polivalente (isso é, a professora “de sala”), antes do 6º ano.
Como as professoras polivalentes têm, em sua graduação em Pedagogia, formações para darem aulas de várias matérias, algumas escolas optam, a partir do 4º ou 5º ano, por atribuírem às docentes as matérias, ao invés da sala.
Por exemplo, ao invés cada professora ficar com uma sala, a coordenação determina que uma dê aulas de Ciências Naturais e Matemática; outra, de História e Geografia; outra, de Português, etc.
Dessa maneira, os estudantes começam a se acostumar com a presença de diversas professoras, e, no 6º ano, não se sentem tão desorientados.
2. “Workshops” de organização pessoal
Embora a palavra “workshop” pareça algo muito distante dos estudantes, a ideia é simples: no início do período, realizar atividades coletivas e palestras com os professores do Fund. II, para que eles orientem os estudantes.
Os professores explicam como devem ser os cadernos, como o aluno cria sua rotina, como deve ser sua organização pessoal de estudos, além de realizarem vivências para se apresentarem aos estudantes.
Dessa maneira, os alunos recebem orientações sobre como se adaptar à nova rotina, e são instigados a desenvolverem sua autonomia.
Claro que, nesse caso, é um trabalho gradual, que pode ser repetido sazonalmente, a fim de que as dúvidas iniciais sejam sanadas.
3. Monitorias com alunos mais velhos
Quando pensamos em “monitorias”, a ideia, aqui, é trazer os alunos de 6º ano em diante, para que eles troquem experiencias com os alunos de 4º e 5º anos.
Essas monitorias podem ser palavras, acompanhamento das aulas, brincadeiras pedagógicas, e até a produção de materiais (vídeos, fanzines) sobre o formato dos Fund. II.
Pela proximidade estaria, há uma facilidade de comunicação e uma identificação sociocultural entre os alunos.