Como aplicar a gameficação na sala de aula?

 

Um dos conceitos de gestão de pessoas mais divulgado nos últimos anos é a gameficação. Termo originado da palavra “Game” (jogo, em inglês), os conceitos dessa prática são muito usados em processos empresariais.

Porém, os fundamentos da gameficação servem para gerir todo tipo de grupo. Isso porque, os princípios dessas técnicas não dizem respeito só a empresas: são antes metodologias de trabalho. Então, gameficar o ensino pode ser um recurso pedagógico.

Na gameficação, como em um jogo, temos uma série de fases, que precisam ser empregados em uma jornada, rumo ao objetivo específico.

Se esse objetivo é aumentar o lucro mensal líquido ou aprender química orgânica, não há diferenças substanciais. As etapas são iguais.

Mas, como em um jogo, vamos do princípio.

 

Definindo a personagem

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Definir uma personagem, em um jogo, significa adotar um perfil, incluindo aqui, comportamentos esperados, pontos fortes e fracos, e habilidades especiais.

Esse avatar pode ser uma personagem fantasiosa, ou simplesmente um perfil de estudante.

Ou seja, o aluno enxerga suas facilidades em Matemáticas ou Educação Física enquanto características de sua “personagem”, por exemplo. A partir disso, é possível elaborar um plano de ação para cada “fase”.

Outra metodologia de trabalho pode incluir a formação de uma equipe, tal qual um jogo de RPG, para que, em cada “fase”, um dos alunos/avatares com perfil mais adequado, assuma as principais tarefas.

Por fim, esses avatares, como em um jogo, vão evoluindo, aumentando de nível, acumulando habilidades e ferramentas, e afins.

 

Cenários

Definindo as personagens, cabe ao corpo docente da escola definir a organização do “cenário” do “jogo”.

Um cenário em um jogo é um espaço com organização específica, e desafios e estruturas próprias. Em jogos como “Pokémon”, pra fins ilustrativos, temos as cidades, cada uma com seus desafios específicos.

Em um ambiente como a escola, esses cenários podem ser as matérias. Assim, a “Cidade do Português” vira um cenário específico, com desafios e níveis próprios daquele lugar, por exemplo.

 

Fases e desafios específicos

Outro elemento do jogo, que varia de cenário para cenário, são as fases e desafios específicos de cada uma delas.

No ambiente escolar, isso pode ser traduzido como a aprendizagem de conteúdos.

Como em um jogo, essa aprendizagem – a superação desses desafios específicos – traz vantagens aos jogadores, seja um bônus ou “vidas” (pontos extra na média final, recreios mais longos…), seja com “ferramentas” para auxiliar as fases seguintes (conteúdos de redação, para trabalhar biologia, por exemplo).

 

Chefes de fase

Outra característica de jogos é a existência dos “chefes”. Isso é, um antagonista com mais força, mais complexo de se vencer.

Em ambiente escolar, podemos traduzir esse chefe como a avaliação sazonal. Como com um chefe de fase, para superar a avaliação, o aluno precisa de ferramentas específicas.

Claro que isso pressupõe uma nova visão sobre o que é a avaliação escolar, de forma que o aluno, eventualmente poderá usar “ferramentas”: anotações, consulta a livros, etc.

Assim, gameficar a educação é criar um novo formato de ensino.

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