Como avaliar o valor de um imóvel?
Se você trabalha com corretagem de imóveis, ou se tem um em sua propriedade, certamente você já se viu diante de uma questão-chave: como avaliar o valor do local?
Para responder à questão, não basta aplicarmos os índices de inflação sobre o valor original. Há diversas variantes que podem elevar (ou rebaixar) o valor da propriedade, e alguns independem de sua ação individual.
Outros, é claro, estão intrinsecamente relacionados ao uso, manutenção e benfeitorias que o imóvel recebeu. Mas essas também são vaiáveis.
O que podemos adiantar é que alguns aspectos são totalmente objetivos. Isso se deve, devido às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. A principal delas é a norma 14.653-1.
Vale destacar, ainda, que apenas um avaliador credenciado pelo CNAI – Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários – pode emitir um parecer definitivo.
Entretanto, há pelo menos 5 elementos que serão considerados na avaliação. Conheça-os nesse artigo.
1. Condições
Por condições, podemos entender elementos como idade do local, condições de segurança, vagas de garagem, espaço útil, e mesmo fatores menos objetivos, como posição do sol ao longo do dia.
Todos esses componentes são a “identidade do imóvel”, por assim dizer, e podem ser mais ou menos influentes na hora de precificar ele.
2. Localização
Esse fator independe do proprietário. O imóvel está ali: no meio de uma vizinhança específica, em meio a um perfil socioeconômico de população, em meio a questões de infraestrutura e urbanização mais (ou menos) resolvidas…
E claro: mais ou menos perto de estações de trem, metrô e ônibus, e de grandes avenidas. Esse, certamente, um dos pontos que mais valoriza (ou desvaloriza) um imóvel.
O que o proprietário pode fazer, em relação à localização, a fim de valorizar o imóvel é lutar por melhores condições no bairro.
3. Infraestrutura e reformas
A infraestrutura de um imóvel influencia, imensamente, no valor desse. Isso incluí sistema elétrico, encanamentos, marcas de infiltração, conservação de portas e janelas e do piso, dentre outros…
Afinal, problemas técnicos não resolvidos, em algum momento, vão “estourar” – gerando custos para quem fizer usufruto do imóvel.
Logo, reformas internas são decisivas. Elas podem ser onerosas para o proprietário, mas aumentam o valor final do imóvel.
Além disso, reformas e modificações na planta e nos objetos de uso cotidiano (como pias e privadas) também influenciam.
4. Fatores complementares
Alguns fatores que não sejam ligados diretamente ao imóvel também podem influenciar o valor desse. Mais comum em apartamentos, eles existem em casas de vila, eventualmente.
Pontos, como políticas condominiais, áreas verdes, posição do sol, áreas comuns de lazer influenciam o valor de um imóvel.
Afinal, são benefícios que o comprador ou locatário recebe, quando faz uso do imóvel.
5. Documentação
Imóveis com problemas na documentação, ou que sejam (ou foram) objetos de disputas judiciais podem ter seu valor afetado.
Além disso, imóveis com mais de um proprietário (como no caso de casais) precisam estar regulamentados por ambos os donos, e esses não podem estar com débitos perante a justiça.