Como conduzir uma recuperação final?
Quando chega o fim do ano, chega o momento em que milhões de estudantes do Brasil todo entram de férias. Por outro lado, há aqueles que amargam um período desagradável – mas necessário: a recuperação final.
Momento essencial, para reforçar o aprendizado, algumas escolas colocam a recuperação final como uma “punição” para os estudantes. Trata-se, entretanto, de uma forma equivocada de pensar a recuperação.
E a própria prática docente, diga-se de passagem. Aulas extras não são – ou antes, não deveriam – ser encarados como punição.
A recuperação, como atividade escolar, é uma oportunidade de revisar o conteúdo, bem como fazer um ensino individualizado, focando em questões particulares, de cada aluno.
A recuperação final, por sua vez, soma todas essas questões, a uma adicional: preparar o estudante para o ano seguinte. Entretanto, muitas equipes docentes têm dificuldade de conduzir esse processo. Logo, o período ganha ares de punição.
Então, como deve ser uma recuperação final? Como os professores podem conduzir esse período? Para saber mais, leia nosso artigo.
1. Tire o teor punitivo da atividade
O maior erro de um período de recuperações finais é o tom de represália, que os professores impõem, nas aulas.
Claro, que no fim do ano, professores e alunos estão cansados e estressados. Além disso, muitas vezes, os alunos que ficam de recuperação, devido a problemas que ultrapassam a esfera pedagógica (famílias desestruturadas, falta de organização pessoal etc.).
Porém, isso não deve ser um motivo para punir o estudante. Ao contrário, a recuperação precisa ser apresentada como uma oportunidade de crescimento e atendimento individualizado e personalizado.
2. Proponha objetivos reais
Uma recuperação final não deve ser encarada como uma forma de ensinar, em uma ou duas semanas, os conteúdos ministrados ao longo de sete ou oito meses.
Logo, tenha objetivos bem específicos, na hora de propor atividades de recuperação final. Foque nos conteúdos principais de sua matéria, e não perca tempo com conteúdos complementares.
O importante, nessas atividades, é fornecer bases para que o estudante consiga acompanhar, minimamente, os colegas de sala.
3. Faça atividades individualizadas
Por mais difícil que possa parecer, a melhor forma de conduzir uma recuperação final é com atividades individualizadas. Cada aluno convocado para um período de recuperação final terá suas dificuldades próprias.
Dessa forma, crie conteúdos próprios para cada aluno, sempre que possível. No período de recuperação final, não há tempo de criar sequencias didáticas. Trata-se de um período de retomar e reforçar os conteúdos vistos ao longo do ano.
Mas, não todos, apenas aqueles que cada aluno traz, como problema. O mais importante, nesse tipo de atividade, é suprimir déficits pontuais, a fim de que o estudante atinja o nível mínimo, para progredir em seus estudos.
4. Não repita as metodologias do ensino regular
Na recuperação final, você não deve repetir metodologias e atividades que foram realizadas ao longo do ano. Alunos que estão de recuperação, provavelmente, tiveram dificuldades nessas atividades.
Assim, você precisa pensar em novas metodologias e atividades, suas aulas devem ser diferenciadas nesse período.