Como é a educação de pessoas cegas?

 

A inclusão de pessoas cegas ou com baixa visão, no Brasil, ainda é difícil, e complicada, a despeito dos mais de 6,5 milhões de habitantes, nessas condições. Dessa forma, é preciso que haja diversas ações para uma inclusão plena, desse público, nos meios sociais. E isso incluí a educação.

Uma pessoa cega não será educada da mesma maneira que uma pessoa vidente, porque a primeira precisará contar com estímulos extra, na hora de apreender os conteúdos de qualquer matéria.

E aqui, não estamos falando nem mesmo de alfabetização, que é um processo que incluí leitura, escrita e localização espacial autônoma, mas a educação em escolas regulares – isso é escolas sem uma matriz curricular especificamente voltada à pessoas cegas e com baixa visão.

Logo, como acontece a educação para esse público? Como deve ser o trabalho do professor, em relação a esse aluno?

Veja algumas estratégias no nosso artigo.

 

1.      Audiodescrição
Todos os recursos audiovisuais atualizados em sala de aula precisam ter o recurso de audiodescrição, quando houver alunos cegos ou de baixa visão na sala.

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A Fundação Dorina Nowill possuí milhares de materiais nesse sentido, mas a defasagem ainda é muito grande, então os professores precisam entender como fazer essa descrição.

o principal, nesse caso, é ser detalhista, tanto em relação aos ícones que aparecerem na tela, quanto às descrições físicas das pessoas, animais e cenários.

Pessoas que não nasceram cegas têm memorias visuais, e essas serão os paralelos, na formação de figuras mentais, em audiodescrição. Já pessoas cegas desde o nascimento utilizam outras analogias.

Por isso, uma audiodescrição detalhista é de enorme importância.

 

2.      Imagens em relevo
Além de audiodescrições, imagens em relevo são de enorme importância, quando pensamos em leituras de mapas, tabelas ou imagens.

Na internet há diversos tutoriais e empresas de mapas (e demais recursos) táteis, e eles podem ser feitos inclusive, com materiais mais simples, com cartolinas ou placas de EVA.

Além disso, eles podem ser utilizados pelos alunos videntes, principalmente quando forem reproduções de obras de artes, já que uma material tátil traz informações sobre elementos plásticos da obra – assim, aumentando a possibilidade de interpretações.

 

3.      Ênfase na oralidade
Salas com alunos cegos ou de baixa visão precisam ter aulas que enfatizam a oralidade, e mais do que isso, a oralidade dinâmica, pois dessa forma, o aluno consegue acompanhar as explicações e debates.

Essa ênfase na oralidade pode incluir modulações na voz, recursos extra-vocais e audiodescrição do texto (indicando títulos ou subtítulos, tópicos, listas etc.).

Os processos avaliativos do aluno cego, por sua vez, também podem ser focados em oralidade, e exposição oral, uma vez que dessa maneira, é possível uma maior interação entre a sala e o estudante.

 

4.      Aulas práticas
Aulas como Ciências ou Geografia podem utilizar os materiais de seus meios de estudo (plantas, amostras de solo e materiais, líquidos de aromas acentuados) para que as explicações aconteçam.

Novamente, o recurso auxilia inclusive, alunos videntes, pois é um estímulo visual, da matéria da aula.

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