Como escrever um discurso interessante?
Uma das ações mais requisitadas em eventos públicos é, também, umas das ações mais difíceis de ser feita de forma eficiente: fazer um discurso. Todos que lidam com eventos – seja um congresso de professores, um seminário de empresas ou uma palestra de arte contemporânea – já se viram diante dessa contenda.
Isso porque, fazer um discurso não é um ato simples. Não se trata apenas de expressar ou propagar ideias. É preciso fazê-lo com clareza, objetividade e, se possível, com dinamismo, e, embora quase todos que se proponham a tanto saibam disso, poucos efetivamente conseguem.
Mas se a teoria é uma, a prática é outra: fazer um discurso interessante e cativante não é tarefa simples. Porém, algumas fórmulas podem ser utilizadas, na hora de se escrever um, a fim de minimizar os reveses. Confira:
1. Saiba qual é o objetivo do seu discurso
A grande dificuldade de pessoas que vão escrever um discurso, muitas vezes, é não ter certeza do objetivo principal do discurso. Assim, a redação do texto se perde em reviravoltas de retórica que, longe de tornar o texto fácil, o torna confuso, eventualmente fazendo os ouvintes se perderem.
Pense bem, quem ouve um discurso, muitas vezes, não tem como acompanhar a leitura do palestrante que, eventualmente, também não é alguém que sabe se expressar oralmente tão bem.
Um discurso escrito com objetividade minimiza esses problemas. A mensagem principal precisa ser o centro do discurso, e ela não pode demorar muito a ser dita, sob o risco de atenções dispersadas.
2. Siga uma estrutura argumentativa
Quando vamos falar de gêneros do discurso, o gênero argumentativo é sempre colocado como aquele usado para se emitir opiniões, defender e contradizer ideias, e, em resumo, passar uma mensagem.
Não por acaso, esse tipo de texto pode ser o ideal para se utilizar em um discurso, principalmente, quando esse acontece em um seminário profissional. Nesses casos, o discurso tem como objetivo, defender uma perspectiva.
E o que é essa estrutura? Basicamente é a fórmula “introdução + argumentos a favor + argumentos contra + conclusão”. Essa “receita” auxilia o público, no caso de um texto escrito, a se guiar ao longo do texto.
No caso de um discurso, por sua vez, essa estrutura, vai ajudar os ouvintes a se aterem ao objetivo principal da fala. As palavras ditas não soam como “formalidade”, mas como tópicos para um eventual debate. Dessa forma, inspiram atenção dos leitores.
3. Não use palavras ou estruturas sintáticas muito diferentes
Um discurso é, acima de tudo, um texto para ser lido. Portanto, ele fica mais fácil de ser assimilado quando se assemelha à fala cotidiana.
Claro que gírias e palavras ofensivas não são recomendadas. Porém, o uso de termos muito formais e inversões sintáticas também não ajuda.
Poucas pessoas falam dessa maneira. Assim, ouvir ela exige certa atenção – e manter atenção exige disposição. Um discurso oralizado fica mais parecido com a fala, logo, é mais fácil de ser compreendido. Além de não cansar os ouvintes.