Como fazer uma anamnese?

Um dos procedimentos de maior importância, em uma consulta inicial com médicos e terapeutas é a chamada anamnese.

O termo vem do grego e sua tradução adaptada poderia ser algo como “rememoração”. Isso porque a anamnese não é um simples diagnóstico.

Antes, ela tem outros propósitos, para além de identificar sintomas. O procedimento tem um enorme valor social, ainda mais no caso de pacientes que estejam sofrendo de doenças mentais ou de grande carga emocional.

Ao realizar a anamnese, o médico está criando vínculos com o paciente, para além da doença: ele identifica elementos de sua vida, suas opiniões, seu histórico familiar e social, dentre outros.

Pois tudo isso pode ser um atenuante (ou agravante) para uma doença, por mais distante que um fato tenha do outro.

Logo, como fazer uma anamnese? Veja alguns pontos que são principais.

 

1.     Identificando o paciente

Na identificação, é importante saber nome, idade, gênero, profissão, estrutura familiar, dentre outros.

Pela identificação, o médico ou terapeuta tem uma primeira imagem da pessoa, que receberá o tratamento.

 

2.     Identificando a queixa principal

A queixa (ou as queixas) principal é o motivo que levara o paciente até o médico. Se é uma dor de cabeça, dor em alguma parte do corpo, angústia ou insegurança (no caso de terapeutas).

3.     Histórico da doença

O histórico da doença são as perguntas relativas ao que já se fez, ao paciente, nas busca de uma solução – ou atenuação – do problema enfrentado.

Esse tópico inclui perguntas sobre outros tratamentos, uso de remédios, tratamentos alternativos, e até os motivos que fizeram o paciente buscar outro profissional.

 

4.     Histórico pessoal

No histórico pessoal, o médico fará uma série de perguntas sobre as condições de vida do paciente, mesmo quando essas não tiverem relação com a doença atual.

 

5.     Histórico familiar

Nessa parte, o médico ou terapeuta vão fazer perguntas sobre antecedentes familiares, no problema que o paciente está relatando, ou mesmo sobre problemas de saúde de familiares, mas sem relação direta com a queixa principal – incluindo as causa mortis de parentes falecidos.

 

6.     Hábitos de vida e histórico social

Nessa parte, o médico precisa fazer um longo questionário acerca da vida pessoal do paciente, bem como sobre sua vida social.

Nesse tópico é importante identificar vícios, hábitos alimentares, práticas que sejam saudáveis ou não, relações interpessoais, crenças e valores que possam ter levado a doença, e afins.

Além disso, o médico ou terapeuta vai perguntar sobre a vida social, ou seja, se o paciente tem um parceiro fixo, se sua casa ou trabalho têm condições de insalubridade, entre outros.

 

7.     Revisão dos sistemas

Nessa parte, mais comum na anamnese médica do que psicológica, o profissional precisa ser extremamente detalhista, em relação aos sistemas do paciente.

“Sistemas” no caso, são os aparelhos e sistemas corporais, em busca de sintomas, como vermelhidão, dores, cicatrizes, inchaços e abcessos.

Na revisão, há também uma analise sobre o funcionamento correto dos órgãos externos e (quando possível) externos do corpo, através de sinais e sintomas identificados.

 

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