Como jogos de RPG podem ajudar empresas?
Jogos de RPG (Role Playing Game – Jogo de interpretação de papéis) são muito populares, praticamente, no mundo todo, desde meados dos anos 60 – embora já existissem desde antes.
O formato que se popularizou, no entanto (cenários fantasiosos, cavaleiros medievais e seres mitológicos) data da década de 1960, quando o folclore e historia anglo-saxônica começa a se misturar com a cultura pop.
Por outro lado, alguns apontam o nascimento oficial desse jogo em 1974, com Dungeons & Dragons – Masmorras e Dragões, em Português – jogo com criaturas lendárias e magos. E desde então, jogos de RPG dividem opiniões.
Por vezes, eles são tratados como coisas de “nerds”, isso é de pessoas que, a despeito de terem muitos estudos, carecem de habilidades sociais.
A verdade, entretanto, é que jogos de RPG podem ser muito úteis para o desenvolvimento de habilidades e potencialidades de crianças.
Potencialidades como senso de gestão e liderança, capacidade de tomar decisões e desenvolvimento de estratégias são exigidas para que os jogadores consigam “vencer” o jogo (porque “vencer” não é exatamente a palavra aqui).
Porém, não são apenas crianças e adolescentes que podem se beneficiar dos RPGs. Empresários também podem desenvolver muitas coisas, por meio deles, sabia?
Entenda os porquês, abaixo.
1. A figura do “Mago”
Em jogos de RPG há dois perfis de personagem. O primeiro é o Narrador, Mago, Game-master, entre tantos outros nomes.
A ideia do “Mago” é uma pessoa que define o andamento do jogo. Ele dita as condições de cenário, e vai incrementando os acontecimentos do enredo, cabendo às demais personagens agirem (ou reagirem).
Se você quiser adaptar a figura do Mago ao mundo corporativo, surgem muitas possibilidades: a concorrência, Economia de Mercado, Lideranças globais, o CEO…
Há muitos fatores que influenciam uma empresa, e que são totalmente alheios à estrutura da empresa. Desenvolver a habilidade de estar pronto para surpresas (da mesma forma que os participantes precisam estar prontos para os desmandos do “Mago”), é essencial, para a sobrevivência de uma empresa.
Desenvolver essa habilidade ludicamente (por meio de jogos), pode ser muito mais dinâmico e profundo, do que por apenas por cursos (que são essenciais para fundamentar qualquer prática).
2. As personagens
Há diversos jogos de RPG, e em algumas, os jogadores podem escolher e desenvolver sua personagem a partir de sua própria personalidade. Em outras, os jogadores recebem personagens “prontas” (com personalidades e comportamentos próprios), e precisam agir de acordo.
Essa característica dos jogos pode ser ótima, para o desenvolvimento de habilidades em lidar com uma situação, a partir de condições bem específicas. Isso é, o funcionário precisa tomar decisões que talvez não correspondam ao que ele faria.
Em teoria, pensar isso parece algo simples: você precisa fazer algo, que talvez não seja o que você faria normalmente, mas faz. Contudo, não basta tomar uma decisão – é preciso medir reações, consequências e se preparar para agir novamente.
E isso é uma habilidade desenvolvível. Aliás, é uma potencialidade desejável, e pode ser aprendida nos RPGs.