Como se especializar em radiologia médica?

 

Há pelo menos 20 anos, a expectativa de vida dos brasileiros aumentou. Dentre os fatores que explicam isso está, além de avanços na economia, os avanços na medicina.

Antes, doenças de tratamento complexo, como o câncer, dependiam quase exclusivamente de remédios. Tratamentos como a radiologia eram difíceis de serem administrados, além de serem dispendiosos.

O avanço das tecnologias e estudos em Ciências Radiológicas mudaram esse cenário. Hoje o Brasil conta com diversos hospitais com esse tratamento, e mesmo na veterinária, ele está se tornando popular.

Porém, faltam profissionais capacitados, no país. Logo, se você se interesse por Medicina, Fisioquímica e Alta Tecnologia, essa pode ser uma área de sua formação.

Como começar? Confira:

 

1.      Um radiologista é um médico, primeiramente

Um médico radiologista, como o próprio nome indica, é um profissional de medicina. Algumas pessoas podem pensar que é preciso ser formado em Física, ou ter conhecimentos avançados de tecnologia, para ser um profissional dessa área.

Porém, precisamos fazer uma distinção. O operador das máquinas de radiologia e diagnóstico por imagens não é médico, mas um técnico em radiologia.

E, vale dizermos, técnicos em radiologia também estão em falta, no Brasil, já que é uma profissão com exigências e conhecimentos muito específicos e complexos.

O médico radiologista, por sua vez, é um médico. Seu trabalho vai além – bem além, vale dizermos – da simples obtenção de imagens de raios-x (a parte da radiologia mais conhecida pelos leigos), por exemplo.

 

2.      A radiologia envolve diagnósticos por imagens, mas também tratamentos

Diagnósticos por imagens são uma das atribuições de um médico radiologista. A radiologia médica é tão avançada que os cursos de especialização costumam durar três anos.

Há procedimentos como biopsia e angiografia (a obtenção de imagens a partir da inserção de um cateter nos vasos sanguíneos), que envolvem radiologia, e exigem uma formação avançada em medicina.

Há exames radiológicos voltados para questões médicas específicas (identificação de tumores, artérias obstruídas, úlceras dentre outras).

Além disso, procedimentos como tomografias, radiografias e ressonâncias magnéticas também são de incumbência de um médico radiologista. A interpretação dos resultados desses exames passa, necessariamente por eles.

 

3.      Radiologia intervencionista

A radiologia intervencionista, entretanto, é provavelmente a área menos conhecida, da medicina radiológica. Mas é uma das com maiores exigências médico-técnicas.

A radiologia intervencionista envolve tratamentos de saúde, operações e demais procedimentos, feitos a partir de maquinários específicos, e diagnósticos por imagem.

Aqui, temos procedimentos avançados, como drenagens (retirada de líquidos ou gases, do interior de órgãos), nefrostomias (a colocação de drenos no interior dos rins), embolização (um procedimento intravenoso, usado no tratamento do câncer), entre outros.

 

4.      Se formando em medicina radiológica

Para obter o título de médico radiologista, primeiro é necessário ter a graduação completa, em medicina. Já o curso de radiologia é de, no mínimo, 3 anos.

Ao final dele, após aprovação em uma prova do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), o profissional obtém o título de “generalista” e radiologia médica. Pois, há diversas sub-especializações nessa área.

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