Como ser um síndico profissional
Antes visto como um encargo burocrático, mas necessário, a sindicância de um edificio era uma função assumida por um morador, escolhido pela assembleia do condomínio, e exercida com doses iguais de boa-vontade, sorte e intuição.
Entretanto, nos últimos anos o quadro tem mudado, e empresas de administração predial têm surgido no mercado de imóveis. Essas empresas assumem a administração de um condomínio, por meio de uma contratação por assembleia de moradores.
Vantagem por um lado – nenhuma preocupação com infraestrutura, cobranças, questões burocráticas – a sindicância terceirizada ainda é vista com ressalvas por muitos.
Entre os contra-argumentos há o fato de que, com um síndico externo, o condomínio passa a ser administrado por pessoas que não conhecem os moradores, o dia-a-dia do prédio, as minúcias daquele microcosmo.
Assim, em edifícios que preferem um síndico interno, moradores mais dedicados têm se voltado à sindicância profissional. Ou seja, ser sindico é um trabalho que eles exercem, e às vezes, até recebem para fazer.
Mas você sabe o que é necessário para ser um síndico profissional? Sabe que cursos podem complementar seu trabalho de administração predial?
1. Conheça sobre legislação imobiliária e administração predial
Você não será um bom síndico, se você não souber quais sãos as responsabilidades do administrador de prédios, condomínios e afins. Conhecer leis de locação, leis de direito individual e público, ações consignatórias, revisionais e renovatórias e outros termos específicos…
Ter isso na ponta da língua vai evitar brigas entre vizinhos e o famoso “pelo que eu sei”, envolvendo o direito individual de moradores que não respeito o coletivo.
2. Seja um negociador de conflitos
Ser um síndico, provavelmente, vai envolver mediar brigas. Brigas pequenas (“O vizinho esbarrou no meu carro”), brigas médias (“Ela não quer abaixar o volume da TV”) e brigas grandes (“Ele segurou no meu braço quando reclamei do cachorro”0.
Saber resolver isso na base do diálogo, sendo justo e igualitário vai poupar você de dores de cabeça e da presença de pessoas externas – leia-se, advogados representando um e outro vizinho.
3. Respeite a privacidade de todos
Ser síndico não é ser ditador. Nem vigia. Entenda que cada condômino vive sua vida como quer, e da forma que quer. Logo, se um morador não quer envidraçar a própria varanda, não quer usar o depósito da garagem, ou prefere não participar das festas coletivas, respeite.
4. Saiba o mínimo sobre reparos
Ser síndico também envolve zelar pelos apartamentos e áreas comuns do condomínio. Ou seja, você precisa saber o que fazer, minimante, se a vizinha de oitenta anos telefonar dizendo que a cozinha está inundada, ou se um azulejo da entrada estiver soltando.
Estude um pouco de eletricidade e instalações elétricas. Pense que você tem uma enorme responsabilidade em mãos. A chance de você ser enganado por um eletricista desonesto é muito grande – pense, é um prédio todo!
5. Saiba orientar os vizinhos em casos de emergência
Em caso de incêndio, ou problema semelhante, saber organizar a saída e segurança de todos salva vidas!