Como usar vírgulas em orações subordinadas?
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A orações subordinadas possuem um papel muito importante na gramática da língua portuguesa. Dessa forma, os brasileiros devem entender como elas funcionam e quais são os principais tipos.
Porém, uma das maiores dificuldades dos estudantes é entender quando a vírgula deve ser usada em cada um dos tipos de oração subordinada.
Mas, fique tranquilo. Para que você entenda o assunto, separamos um resumo completo sobre o uso das vírgulas nas orações subordinadas. Vamos conferir!
O que são orações subordinadas?
Em primeiro lugar, devemos entender o que é uma oração subordinada. As orações subordinadas são aquelas que dependem de outra oração para adquirirem sentido completo. Em uma frase, a oração subordinada deve estar conectada a uma oração principal, pois precisa dessa outra oração para completar seu sentido.
Além disso, vale destacar que as orações subordinadas são divididas em três grupos principais: substantivas, adjetivas e adverbiais.
Cada tipo de oração subordinada tem um tipo comportamento em relação à vírgula. A seguir, entenda quando a vírgula deve ser usada em cada uma dessas orações.
Uso da vírgula em orações subordinadas substantivas
As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem a função de substantivo na frase. Elas podem ser classificadas como subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas nominais, predicativas e apositivas.
O uso da vírgula em orações subordinadas substantivas segue uma regra simples: não podemos usa vírgula para separar orações subordinadas substantivas da oração principal.
Ficou com alguma dúvida? Confira alguns exemplos:
- Oração subordinada substantiva subjetiva: É importante que você estude para a prova.
A oração “que você estude para a prova” é uma oração subordinada substantiva subjetiva, e não deve ser separada por vírgula da oração principal.
- Oração subordinada substantiva objetiva direta: Fernanda disse que viria mais tarde.
A oração “que viria mais tarde” é uma oração subordinada substantiva objetiva direta e também não requer vírgula.
- Oração subordinada substantiva completiva nominal: Tenho certeza de que meus tios vão participar do evento.
A oração “de que eles vão participar do evento” complementa o sentido do substantivo “certeza”, e não deve ser separada por vírgula.
Uso da vírgula em orações subordinadas adjetivas
As orações subordinadas adjetivas podem caracterizar um substantivo da oração principal. Elas são introduzidas por pronomes relativos e dividem-se em dois tipos: restritivas e explicativas.
Precisamos destacar que o uso da vírgula nas orações subordinadas adjetivas depende do tipo de oração.
Orações subordinadas adjetivas restritivas:
Não devemos usa vírgula para separar orações subordinadas adjetivas restritivas da oração principal. Veja um exemplo:
- Os alunos que estudaram passaram na prova.
A oração “que estudaram” restringe o grupo de alunos, especificando somente aqueles que estudaram. Como é uma oração adjetiva restritiva, não devemos usar vírgula.
Orações subordinadas adjetivas explicativas:
As orações subordinadas adjetivas explicativas fornecem uma informação adicional sobre o substantivo, mas não restringem seu significado. Nesse caso, a oração explicativa deve ser separada por vírgulas. Confira um exemplo:
- Os alunos, que se dedicaram muito, passaram na prova.
Nesse exemplo, “que se dedicaram muito” é uma oração adjetiva explicativa e deve ser separada por vírgulas.
Uso da vírgula em orações subordinadas adverbiais
As orações subordinadas adverbiais desempenham a função de adjunto adverbial, indicando circunstâncias como tempo, causa, condição, finalidade, comparação, entre outras. Esse tipo de oração subordinada pode aparecer tanto no início quanto no final da frase e o uso da vírgula irá depender da sua posição.
Orações subordinadas adverbiais antepostas:
Quando a oração subordinada adverbial aparece antes da oração principal, é comum que seja separada por vírgula. Veja um exemplo:
- Quando cheguei em casa, percebi que havia esquecido a mochila.
“Quando cheguei em casa” está no início da frase e deve ser separada por vírgula da oração principal.
Orações subordinadas adverbiais pospostas:
Quando a oração subordinada adverbial aparece depois da oração principal, a vírgula é opcional. Em muitos casos, pode-se optar por não usar a vírgula, especialmente em construções curtas.
- Percebi que havia esquecido a mochila quando cheguei em casa.
Nesse caso, a oração adverbial aparece no final da frase e, por ser curta, não exige a vírgula. Mas, o uso da vírgula também não seria considerado errado.
Orações subordinadas adverbiais de causa, concessão e condição:
Em orações subordinadas adverbiais de causa, concessão e condição, o uso da vírgula é frequente. Veja alguns exemplos:
- Não fomos à festa, porque estava chovendo muito. (causa)
- Embora estivesse cansado, Sérgio continuou trabalhando. (concessão)
- Se você estudar, será aprovado no vestibular. (condição).
Nos exemplos que apresentamos, as orações adverbiais devem ser separadas por vírgulas.
Uma dúvida: no caso das orações subordinadas substantivas, não devemos usar vírgula entre a oração subordinada e sua oração principal mesmo se estiverem dispostas na ordem inversa? A frase “Que você estude para a prova é importante”, por exemplo, está correta sem a vírgula?