Como utilizar uma roda de diálogo em sua empresa?
isões. Atos como tomar uma decisão, assumir uma atitude, optar por um caminho nunca são muito tranquilos.
Primeiro, porque assumir uma decisão é assumir a possibilidade de estar certo – ou errado. Assumir um erro não é uma posição fácil, e o medo do julgamento está sempre presente (ainda que de forma virtual e implícita).
Segundo, porque uma decisão pressupõe acatar a uma ideia. E as ideias de algumas pessoas nem sempre serão a decisão de outras.
Diante disso, gestores de grupos de trabalho costumam assumir posições de autoritarismo e intransigência. Isso leva a uma rotina de trabalho que, se não for pouco eficaz, é antes estressante.
Mais: funcionários sob um regime pouco democrático são menos criativos, menos empenhados e menos produtivos.
Logo, o que o gestor pode fazer? Um processo que pode funcionar é o de rodas de diálogo.
Muito comum em escolas, em empresas ainda não é tão difundido. Mas pode ser exatamente o que uma empresa necessita. Entenda:
Uma conversa mediada
Uma roda de diálogo é um momento em que todos os componentes de um grupo se reúnem, e discutem pautas de relevância geral.
Porém, a roda não pode ser um momento de “descontração”. Esse diálogo começa com um mediador, levantando pautas, organizando as falas, ouvindo todos os lados.
No caso de empresas, essa roda pode servir como uma reunião de trabalho e recursos humanos, mas sem o peso de uma reunião, propriamente dita. Trata-se de uma troca de experiências e opiniões, buscando novas perspectivas.
Igualdade entre todos os participantes e regras
Para tanto, no primeiro momento, é necessário se frisar que a roda é um momento sem hierarquias, a fim de que os debates aconteçam sem o julgamento simbólico de gestores.
Isso é, os participantes estão conversando enquanto pares. Numa roda de debate, todas as opiniões são válidas, desde que essas visões não extrapolem as regras gerais.
Ou seja, é necessário, também, ter uma regulamentação bem clara, para que todos os participantes entendam como acontecerá o debate.
Não ataque, desconstrua
Com uma roda de debates, o que se espera, não é um ataque pessoal dos gestores aos funcionários, nem dos funcionários contra os gestores.
Antes, uma desconstrução dos problemas identificados, localizando suas origens, seu desenvolvimento e caminhos para sua resolução.
Entendendo a crítica, sem ressentimentos
Outro ponto essencial, numa roda de conversa, é a conscientização sobre o papel das críticas. O foco não deve ser o indivíduo, seja ele da hierarquia que for, mas o problema que é comum a todos na empresa.
Nesse sentido, as críticas devem ser no sentido de entender os problemas como algo maior do que a atitude individual. As posições, nesse sentido, não podem ser nas atitudes pessoais dos indivíduos.
Logo, o papel dos participantes é tanto ouvir os pontos a serem aperfeiçoados, quanto os pontos a serem mantidos.
Outros ponto necessário é a possibilidade de discordâncias sem ataques posteriores.