Concordância verbal com “se”: veja as principais regras
Tire todas as suas dúvidas!
A concordância verbal é a responsável por coordenar as regras de concordância dos verbos da língua portuguesa. Mas, esse assunto possui uma série de particularidades, o que pode gerar dúvidas entre os estudantes.
Um dos casos que mais provoca confusão entre os brasileiros é o uso da partícula “se”. Porém, é muito importante que você conheça as principais regras de concordância para conseguir escrever uma boa redação ou, até mesmo, para responder questões sobre o tema em provas importantes.
Assim, para que você entenda o tema, separamos um resumo completo sobre as principais regras da concordância verbal com a partícula “se”. Vamos conferir!
Concordância verbal: o que é a partícula “se”?
Na língua portuguesa, a partícula “se” pode desempenhar diversas funções em frases.
Ela pode, por exemplo, atuar como partícula apassivadora. Quando isso ocorre, “se” é responsável por transformar uma oração ativa em passiva, indicando que a ação verbal recai sobre o sujeito.
Além disso, a partícula “se” também pode atuar como índice de indeterminação do sujeito em uma frase para indicar que o sujeito da oração não pode ser identificado.
A seguir, confira mais informações sobre as regras de concordância verbal nos casos em que o “se” atua como partícula apassivadora e como índice de indeterminação do sujeito.
Concordância verbal e partícula apassivadora “se”: veja as regras
Nos contextos em que a partícula “se” assume a função de partícula apassivadora, ele transforma uma oração ativa em passiva, como mencionamos. Quando isso ocorre, o verbo da frase precisa concordar com o sujeito paciente da ação. Veja alguns exemplos:
- Oração ativa: A prefeitura construiu novas escolas.
- Oração com “se” (voz passiva sintética): Construíram-se novas escolas.
Nesse exemplo, o sujeito paciente da oração na frase de voz passiva sintética (“novas escolas”) está concordando com o verbo (“construíram-se”). Como “escolas” está no plural, o verbo “construíram” também deve estar no plural.
Dessa forma, observe que a partícula “se” somente indica que a voz passiva da frase, mas a concordância verbal segue as regras tradicionais válidas também para outros casos.
Veja mais um exemplo:
- Oração ativa: O professor corrigiu as provas de química.
- Oração passiva sintética: Corrigiram-se as provas de química.
Nesse caso, “se” também indica a presença da voz passiva. Como “as provas” é o sujeito paciente e está do plural, o verbo também deve estar no plural (“corrigiram-se”).
Por meio da análise dos exemplos, você deve ter percebido que o verbo sempre deve concordar com o sujeito paciente da frase quando temos uma oração passiva indicada pela presença de “se”. Além disso, vale destacar também sujeito paciente pode ser explícito ou implícito, mas que, em ambos os casos, o verbo precisa concordar com sujeito em número e pessoa.
Concordância verbal e índice de indeterminação do sujeito “se”: principais regras
Como mencionamos, o “se” também pode atuar como índice de indeterminação do sujeito em uma frase e isso acontece o sujeito da oração é indeterminado, ou seja, quando não podemos identificar quem realiza a ação.
Nesses casos, o verbo deve ser conjugado na terceira pessoa do singular, independentemente de qualquer outro termo da oração. Veja dois exemplos:
- Vive-se bem nesta casa.
Nesse caso, o sujeito é indeterminado e o “se” atua como índice de indeterminação do sujeito. Dessa maneira, o verbo “vive-se” deve permanecer no singular.
Veja mais um exemplo:
- Precisa-se de mais informações sobre o evento.
Nesse exemplo, o sujeito é indeterminado e o verbo “precisa-se” precisa permanecer no singular.
Como pudemos perceber, o verbo deve ser conjugado na terceira pessoa do singular quando temos o “se” como como índice de indeterminação do sujeito em uma frase. Tenha em mente que esse uso é comum com verbos intransitivos, verbos transitivos indiretos e com verbos de ligação.