Concordância verbal e o sujeito composto
Aprenda as regras, veja exemplos e evite erros gramaticais.
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A concordância verbal é um dos aspectos fundamentais da gramática da língua portuguesa. Trata-se da relação entre o sujeito e o verbo, que deve ser estabelecida de forma correta para garantir a coerência e a precisão do discurso. Um dos casos mais desafiadores para falantes e escritores é a concordância verbal com sujeito composto. Aqui, nós exploraremos as regras e particularidades desse tema, trazendo exemplos para facilitar a compreensão e a aplicação correta da norma.
Leia também: A concordância verbal e o sujeito simples
Concordância verbal e o sujeito composto
O que é sujeito composto?
O sujeito composto é aquele formado por dois ou mais núcleos (substantivos, pronomes ou outras palavras que exercem a função de sujeito) ligados por conjunção. Dependendo da posição e da natureza desses núcleos, a concordância verbal pode variar.
Exemplo:
- O professor e os alunos chegaram cedo. (O verbo “chegar” está no plural porque o sujeito é composto.)
Regras da concordância verbal com sujeito composto
1. Sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito composto aparece antes do verbo, a concordância deve ser feita no plural.
Exemplos:
- O cachorro e o gato brincavam no quintal.
- Meus amigos e eu viajaremos no próximo feriado.
2. Sujeito composto depois do verbo
Se o sujeito composto estiver posicionado depois do verbo, é comum a concordância com o núcleo mais próximo ou no plural.
Exemplos:
- Saiu da festa o cantor e os fãs. (concordância com o primeiro núcleo)
- Saíram da festa o cantor e os fãs. (concordância com todos os núcleos)
3. Sujeito composto ligado por “ou” ou “nem”
Quando os núcleos do sujeito estão ligados pela conjunção “ou”, a concordância depende do sentido da frase:
- Se a ideia for de exclusão, o verbo fica no singular.
- Ou João ou Pedro será escolhido para o cargo.
- Se a ideia for de adição, o verbo fica no plural.
- Ou João ou Pedro estão na sala.
No caso da conjunção “nem”, o verbo geralmente fica no plural.
- Nem o diretor nem os professores concordaram com a decisão.
4. Sujeito composto formado por pessoas gramaticais diferentes
Quando o sujeito composto contém diferentes pessoas do discurso, a concordância segue uma hierarquia:
- Primeira pessoa do singular (eu) prevalece sobre todas.
- Se houver segunda pessoa (tu, vós), o verbo fica na segunda pessoa do plural.
- Se houver apenas terceira pessoa, o verbo fica na terceira pessoa do plural.
Exemplos:
- Eu, tu e ele viajaremos amanhã. (Primeira pessoa do singular prevalece)
- Tu e ele viajarás amanhã. (Segunda pessoa do singular prevalece sobre a terceira)
5. Expressões com “com”, “junto com”, “bem como”, entre outras
Quando o sujeito é formado por um substantivo seguido de expressões como “com”, “junto com”, “além de”, “assim como”, o verbo pode concordar com o primeiro termo ou ir para o plural.
Exemplos:
- O diretor, junto com os professores, decidiu a questão. (Concordância com “o diretor”)
- O diretor, junto com os professores, decidiram a questão. (Concordância com todos)
6. Concordância com expressões resumitivas
Quando o sujeito é composto por palavras seguidas de expressões como “tudo”, “nada”, “ninguém”, o verbo concorda com o termo resumitivo.
Exemplo:
- Os alunos, os professores, todos participaram da reunião.
Vamos exercitar
1. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal:
a) O pai e a mãe chegou cedo.
b) O pai e a mãe chegaram cedo.
c) O pai e a mãe chegou cedo ou tarde.
2. Escolha a opção em que a concordância está correta:
a) Nem João nem Pedro sabe tocar violão.
b) Nem João nem Pedro sabem tocar violão.
c) Nem João nem Pedro sabia tocar violão.
3. Complete a frase com a forma verbal adequada:
“Ou Marcos ou seus amigos _____ o problema.”
a) resolvem
b) resolve
c) resolvia
Respostas:
- b) O pai e a mãe chegaram cedo.
- b) Nem João nem Pedro sabem tocar violão.
- a) resolvem.
Nossa conclusão
A concordância verbal com sujeito composto segue regras específicas que garantem a correção gramatical e a clareza do enunciado. É essencial compreender as particularidades de cada caso para evitar erros e aprimorar a comunicação escrita e oral. Com a prática e atenção às normas, é possível dominar esse aspecto tão importante da língua portuguesa.