Consciência Negra: 5 livros para refletir sobre o tema
Nesta segunda-feira, dia 20 de novembro, comemora-se em todo o Brasil o Dia da Consciência Negra. A data marca centenas de anos pela luta antirracista no país e homenageia Zumbi dos Palmares, um importante nome na luta contra a escravidão no país.
Tendo sido instituída como data comemorativa em 2011, essa data remonta o dia da morte heroica de Zumbi dos Palmares na defesa do maior quilombo já existente na América Latina. Construído na região do atual estado de Alagoas, esse quilombo chegou a reunir cerca de 20 mil habitantes, sendo um refúgio para negros escravizados que lutaram em conjunto pela liberdade.
Nesse sentido, essa data suscita debates sociais e incita eventos de valorização e reflexão sobre a história da população negra no Brasil. Trata-se de uma data que exige que toda a sociedade se movimente em busca de uma educação e política antirracistas, reiterando o compromisso em busca da justiça e da igualdade.
Livros para refletir sobre a Consciência Negra
Apesar de discutir e combater o racismo ser necessário durante todo o ano, o tema é muito debatido no mês de novembro, justamente por causa do Dia da Consciência Negra. Pensando nisso, selecionamos 5 livros ideais para ler nesse mês de novembro e refletir sobre o tema nos mais diversos espaços. Confira a seguir!
1. Pequeno Manual Antirracista
Em primeiro lugar, apresentamos o ensaio de Djamila Ribeiro intitulado “Pequeno Manual Antirracista”. Trata-se de uma curta obra de cunho filosófico que defende que o racismo é um desafio para toda a sociedade brasileira, considerando o passado escravocrata que o país possui. Nesse pequeno livro, a ativista aborda temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos.
2. Negritude: Usos e sentidos
Essa obra de Kabengele Munanga, antropólogo brasileiro-congolês, apresenta uma discussão sobre o significado de negritude e questiona a identidade para as bases populares negras e para a militância do movimento negro. Nesse sentido, o estudioso da cultura negra no Brasil e no mundo, constrói conhecimento ao mesmo tempo que indaga sobre a identidade negra na contemporaneidade e discorre sobre o conceito na diáspora.
No entanto, Munanga não apenas questiona como também apresenta o conceito de negritude desde sua origem até seus resultados, destacando a discussão entre alguns autores. Desse modo, a obra é ideal para quem tem interesse em conhecer mais sobre o desenvolvimento do conceito.
3. O movimento negro educador
Escrito por Nilma Lino Gomes, esse terceiro livro da nossa lista é ideal para trabalhar o tema da Consciência Negra nos espaços escolares, sendo uma ótima opção de leitura para estudantes do Ensino Médio que estão se preparando para as provas de vestibulares e do Enem.
Nessa obra, a autora apresenta uma visão diferente para o Movimento Negro Brasileiro, relacionando-o a um ator político e educador. Nesse sentido, o livro explora uma perspectiva educacional, trazendo conceitos que podem ser ressignificados para favorecer a educação.
4. Amoras
Escrito pelo rapper Emicida, o livro Amoras, é voltado para o público infanto juvenil. A obra foi inspirada em uma canção homônima composta pelo artista, que ressalta a beleza das peles negras. Através de uma narrativa simples e cheia de imagens, o rapper se comunica com as crianças através de uma linguagem acessível, falando sobre a beleza das amoras em uma assimilação com a cor da pele negra. O livro de poesias é ilustrado por Aldo Fabrini.
5. Na minha pele
Por fim, recomendamos a leitura da obra Na minha pele, de Lázaro Ramos, ator e diretor baiano. Na obra Lázaro reflete sobre temas como o racismo ao compartilhar a sua experiência enquanto ator negro. O livro apresenta relatos pessoais sobre a infância, adolescência e vida adulta, tocando em temas como autoestima, humilhação, desprezo e preconceito.