Contação de histórias no processo de aprendizado e como melhorar
Tome dicas para aprimorar suas técnicas narrativas e capturar a atenção dos alunos.
A arte de contar histórias é uma das formas mais antigas e impactantes de compartilhar conhecimento, transmitir valores e despertar emoções. Desde os primórdios, a humanidade utiliza narrativas para se comunicar, entreter, ensinar e inspirar. As histórias desempenham um papel essencial ao estimular a imaginação, a criatividade, a atenção, a expressão e a empatia.
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Além disso, elas contribuem para o desenvolvimento da linguagem, tanto oral quanto escrita, assim como para a habilidade de leitura e interpretação. E no contexto educacional, a contação de histórias se destaca como uma ferramenta pedagógica eficaz, aplicável em diferentes níveis e disciplinas. Desde o processo de alfabetização até o ensino superior, passando pelos anos escolares intermediários, essa prática pode enriquecer o aprendizado de conteúdos, desenvolver competências socioemocionais, fortalecer valores éticos e morais, e mais.
Contação de histórias
Contar histórias é uma atividade incrivelmente poderosa. Não é por acaso que o desenvolvimento da humanidade pode ser compreendido através das narrativas que relatam sua trajetória.
Como observa Malba Tahan (1961, p. 24), ao longo do tempo, todas as culturas, civilizadas ou não, usaram as histórias como um meio de transmitir verdades eternas, preservar suas tradições e divulgar novas ideias. Assim, isso vai além de meramente transmitir informações; trata-se de uma forma de preservar a riqueza cultural. E, para utilizar a contação de histórias como uma prática pedagógica eficiente, seguir algumas recomendações pode ser útil.
Conheça seu público
Antes de selecionar e contar uma história, é essencial conhecer seu público:
Quem são eles? Quantos são? Qual a faixa etária? Quais são seus interesses, necessidades, dificuldades, expectativas e conhecimentos prévios? Essas informações ajudarão a escolher histórias que sejam relevantes, desafiadoras e motivadoras para os ouvintes.
Além disso, adaptar a linguagem, o vocabulário, o ritmo e o estilo da narrativa ao perfil do público é fundamental. Por exemplo, ao contar uma história para crianças pequenas, é possível optar por uma linguagem mais simples, com elementos lúdicos e repetição, utilizando rimas, onomatopeias e gestos. Já para adolescentes, uma abordagem mais informal, com humor, ironia e referências culturais, pode ser mais adequada.
Escolha cuidadosa do material para contação de histórias
A seleção de histórias é um dos fatores mais importantes na contação dentro do ambiente educacional. Elas devem estar em sintonia com os objetivos pedagógicos, conteúdos curriculares e projetos educativos em andamento. Além disso, as narrativas precisam apresentar uma estrutura clara, com início, meio e fim, e transmitir uma mensagem central coerente e significativa.
É importante que as histórias possuam personagens, cenários e conflitos que despertem o interesse dos ouvintes e sejam verossímeis. Um equilíbrio entre o real e o imaginário, o simples e o complexo, contribui para manter a atenção e a curiosidade. A ideia é provocar reflexão, emoção e engajamento.
Prepare-se para contar a história
Após escolher a história, é essencial preparar-se para contá-la. Isso envolve estudar, compreender, memorizar e ensaiar o conteúdo. Para contar com confiança, é necessário dominar a narrativa, sua estrutura, linguagem e mensagem. Mesmo que de maneira geral, planeje como iniciará, desenvolverá e finalizará a história.
É interessante também pensar em como interagir com os ouvintes, utilizar recursos expressivos ou tecnológicos e avaliar o impacto da contação. Ensaiar algumas vezes, seja sozinho ou com alguém, pode ajudar a ajustar o tempo, ritmo, entonação e postura. Além disso, esteja preparado para improvisar, adaptar ou corrigir a narrativa, de acordo com o feedback do público ou eventuais imprevistos.
Aproveite recursos expressivos e tecnológicos
A contação de histórias pode ser enriquecida com a utilização de recursos expressivos e tecnológicos, que ajudam a criar um ambiente envolvente e estimular os sentidos dos ouvintes. Esses recursos podem ser sonoros, visuais, táteis, olfativos ou gustativos, e podem variar de naturais a artificiais, de tradicionais a modernos.
Exemplos de recursos expressivos naturais incluem:
A voz; O corpo; A expressão facial; O olhar; Gestos; Movimentos. Esses elementos podem ser usados para dar vida e personalidade aos personagens, criar a ambientação e transmitir emoções e intenções dentro da narrativa.
Os recursos tecnológicos disponíveis incluem:
- Microfone;
- Alto-falante;
- Projetor;
- Computador;
- Celular;
- Câmera;
- Gravador;
- Fones de ouvido, entre outros.
Esses equipamentos podem ser utilizados para amplificar e modificar o áudio, a imagem e o vídeo da narrativa. Dessa forma, a audiência consegue ouvir e interpretar a história com maior clareza, o que facilita uma compreensão mais detalhada do conteúdo.