Custo-benefício é ou não é com hífen?

O uso do hífen é fundamental para a construção de palavras compostas e para a correta compreensão de um texto

A expressão “custo-benefício”, comumente, gera uma dúvida: leva ou não leva hífen? A questão, comum a muitos, pode gerar insegurança na hora de escrever. Afinal, as regras do hífen podem ser um verdadeiro quebra-cabeça.

O uso do hífen é fundamental para a construção de palavras compostas e para a correta compreensão de um texto. No caso de “custo-benefício”, a presença do hífen é essencial para indicar que as duas palavras formam uma unidade semântica, ou seja, um único conceito. Mas, por que isso acontece? E quais são as regras que regem o uso do hífen?

O hífen: um conector de palavras

O hífen é um sinal gráfico que serve para ligar palavras, formando assim novas palavras compostas. Ele é utilizado em diversos casos, como em adjetivos compostos, substantivos compostos e locuções adverbiais. A função principal do hífen é evitar ambiguidades e facilitar a leitura.

Mas, por que algumas palavras compostas levam hífen e outras não?

A resposta para essa pergunta está nas regras de hifenização, que são bastante complexas e sofrem alterações ao longo do tempo. No entanto, existem algumas diretrizes gerais que podem nos ajudar a entender melhor o uso do hífen.

Regras de hifenização: um guia rápido

  • Substantivos compostos – Geralmente levam hífen quando as duas palavras formam uma unidade semântica e quando a pronúncia é feita de forma encadeada. Exemplos: pé-de-moleque, guarda-chuva, bem-estar.
  • Adjetivos compostos – Seguem as mesmas regras dos substantivos compostos. Exemplos: azul-marinho, afro-brasileiro, luso-brasileiro.
  • Locuções adverbiais – Normalmente levam hífen quando formam uma unidade semântica e quando a pronúncia é feita de forma encadeada. Exemplos: à-toa, de repente, de vez em quando.
Custo-benefício é ou não é com hífen?
O uso do hífen é fundamental para a construção de palavras compostas e para a correta compreensão de um texto – Imagem: Canva

Custo-benefício: um caso especial

Voltando à nossa expressão inicial, “custo-benefício” é um substantivo composto que indica a relação entre o investimento realizado e o resultado obtido. As palavras “custo” e “benefício” formam uma unidade semântica e são pronunciadas de forma encadeada, justificando assim o uso do hífen.

Outros exemplos de palavras compostas com hífen:

  • Socioeconômico – Combina os adjetivos “social” e “econômico” para formar um novo adjetivo.
  • Autoescola – Combina o prefixo “auto” com o substantivo “escola”.
  • Cor-de-rosa – Combina o substantivo “cor” com a expressão “de rosa”.

Exemplos de palavras compostas sem hífen:

  • Pontapé – Combina o verbo “pôr” com o substantivo “pé”.
  • Planalto – Combina o verbo “planar” com o substantivo “alto”.
  • Guarda-roupa – Combina o verbo “guardar” com o substantivo “roupa”.

Em resumo, “custo-benefício” se escreve com hífen porque as duas palavras formam uma unidade semântica e são pronunciadas de forma encadeada. O uso do hífen nesse caso é fundamental para evitar ambiguidades e garantir a correta compreensão do termo.

Ao dominar as regras de hifenização, você estará mais seguro ao escrever e poderá evitar erros comuns. Lembre-se que a língua portuguesa é dinâmica e as regras podem sofrer alterações ao longo do tempo, por isso é sempre importante consultar um dicionário ou gramática normativa em caso de dúvidas.

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