Descrição objetiva e subjetiva: veja como fazer

Aprenda como a objetiva retrata fatos de forma imparcial, enquanto a subjetiva inclui emoções e opiniões do observador.

Tanto na descrição objetiva quanto na subjetiva, o propósito é fornecer ao leitor todas as características do objeto. Um texto descritivo visa retratar fielmente os espaços, momentos, sentimentos e qualquer outro elemento presente na narrativa. A descrição permite ao leitor “visualizar” tudo o que se deseja transmitir sobre algo ou alguém.

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Por exemplo, quando um autor quer descrever um personagem, ele detalha sua altura, cor dos olhos, cabelos, modo de vestir e emoções, ou seja, todas as informações necessárias para que o leitor compreenda a história. Esse processo é conhecido como descrição, que pode ser objetiva ou subjetiva.

Descrição objetiva e subjetiva

Uma descrição é uma forma de texto que tem como objetivo apresentar ao leitor todas as características de um objeto, pessoa, lugar ou situação. Esse tipo de texto busca retratar de forma detalhada e precisa os aspectos físicos, sensoriais e emocionais do que está sendo descrito, permitindo que o leitor visualize e compreenda melhor o conteúdo. As descrições podem ser objetivas, focando em detalhes factuais e concretos, ou subjetivas, envolvendo percepções e emoções pessoais do autor. A descrição é uma ferramenta essencial para criar uma imagem vívida na mente do leitor, tornando a narrativa mais rica e envolvente.

Quais as diferenças?

Objetiva

A descrição objetiva é aquela que busca apresentar as características de um objeto, pessoa, lugar ou situação de maneira imparcial e precisa. Nesse tipo de descrição, o autor se atém a detalhes factuais e concretos, evitando expressar sentimentos ou opiniões. O objetivo é fornecer uma imagem clara e exata do que está sendo descrito, permitindo que o leitor visualize a cena ou o objeto com base em informações precisas e verificáveis.

Subjetiva

A descrição subjetiva, por outro lado, envolve a percepção pessoal e emocional do autor. Nesse tipo de descrição, são incluídos sentimentos, impressões e interpretações pessoais, o que dá um tom mais íntimo e expressivo ao texto. A subjetividade permite que o autor transmita suas próprias reações e emoções em relação ao que está descrevendo, o que pode influenciar a maneira como o leitor percebe o objeto ou a cena. É uma forma de descrição que vai além dos fatos, explorando a experiência individual do autor.

Descrição objetiva e subjetiva: veja como fazer (Foto: Unsplash).
Descrição objetiva e subjetiva: veja como fazer (Foto: Unsplash).

A principal diferença entre essas descrições está na profundidade, embora ambas se empenhem em mostrar as características de um objeto.

Descrição objetiva – retrata a realidade tal como ela é;
Descrição subjetiva – representa a realidade conforme os sentimentos e emoções do observador.

Para compreender esses dois conceitos, veja os exemplos a seguir:

“O rapaz era branco, loiro, de olhos azuis, muito animado e conversador. Ele entrou na sala de aula, interagiu com todos de maneira simpática e fez uma boa prova.”

Note que essa é uma descrição simples e fiel aos fatos. Não há espaço para subjetividade ou impressões pessoais do observador; apenas os eventos ocorridos são narrados.

Geralmente, é mais fácil identificar a objetividade na descrição de objetos:

“O ventilador de mesa é cinza, oferece quatro velocidades de vento, seis pás, grade removível para lavagem e inclinação vertical ajustável.”

A descrição objetiva não é parcial. Ela representa a realidade de forma direta.

Já a descrição subjetiva, é repleta de opiniões e julgamentos de valor. Além de descrever o que está à vista, o observador acrescenta suas próprias impressões, como no exemplo a seguir:

“Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto.”

No trecho do texto “A Terceira Margem do Rio”, de Guimarães Rosa, é possível reconhecer que a descrição do narrador sobre o pai faz parte da perspectiva que o filho e as testemunhas tinham sobre ele.

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