Desinências: definição, exemplos e como usar

Entenda a importância crucial das desinências na gramática, destacando sua função em marcar gênero e número em palavras, especialmente em verbos, para assegurar precisão e clareza na comunicação linguística.

As desinências são essenciais na formação das palavras, sendo inseridas no final dos radicais para expressar suas flexões. São essas terminações que determinam o gênero (masculino/feminino), número (singular/plural), pessoa, modo e tempo dos verbos. Embora desempenhem essa função crucial, os morfemas flexionais, também conhecidos como tais, não alteram uma palavra primitiva para outra derivada.

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O que são desinências?

Como mencionado acima, são elementos linguísticos que são adicionados ao radical de uma palavra para indicar flexão gramatical, como número, pessoa, tempo, modo, gênero, caso, entre outros. Elas são parte dos morfemas flexionais e têm o papel de modificar o significado básico da palavra, indicando diferentes flexões gramaticais sem alterar sua categoria gramatical básica.

Classificação

As desinências são classificadas em dois tipos principais: nominais e verbais. A seguir, serão exploradas as características de cada uma dessas categorias.

Desinências nominais

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As desinências nominais são morfemas que se agregam ao final das palavras, indicando as flexões de gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural) dos substantivos, adjetivos e pronomes. Vejamos alguns exemplos:

  • A marquesa de Santos foi amante do imperador D. Pedro I (substantivo marquês – marquesa)
  • Os candidatos à reeleição do grêmio estudantil são bastante competitivos. (substantivo candidatos – candidatas / adjetivo competitivos – competitivas)
  • Aqueles estudantes estão com pressa. (pronome demonstrativo aqueles – aquelas)

Analisando as composições, podemos identificar:

  • o: desinência nominal indicativa do gênero masculino;
  • a: desinência nominal indicativa do gênero feminino.
  • s: desinência nominal indicativa do número plural.

De maneira geral, a formação no plural é caracterizada pela presença da consoante –s ou pelo acréscimo de –es. Quando essa alteração não ocorre, há a presença de um morfema zero, indicando o singular.

É importante notar que existem palavras que não variam em gênero, sendo este determinado pelos artigos definidos ou indefinidos: a cama, o tapete, o abajur, as cadeiras, os papéis, etc. Além disso, nem todos os nomes admitem flexões de número. Os indicativos de composição no singular ou plural podem ser determinados por artigos, numerais ou adjetivos. Exemplos incluem lápis, ônibus, férias, vírus, entre outros.

Desinências: definição, exemplos e como usar (Foto: Unsplash).
Desinências: definição, exemplos e como usar (Foto: Unsplash).

Verbais

As desinências verbais são morfemas que se acrescentam ao final do radical do verbo para indicar diferentes características como número, pessoa, modo, tempo e voz. Vamos explorar cada uma das desinências mencionadas:

Número pessoal

A desinência número-pessoal indica tanto o número (singular ou plural) quanto a pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) do verbo na conjugação. Por exemplo, nas formas verbais “cant-o” (eu canto) e “cant-amos” (nós cantamos), “-o” e “-amos” são desinências número-pessoais que indicam respectivamente a primeira pessoa do singular e a primeira pessoa do plural do presente do indicativo.

Modo temporal

A modo temporal, por sua vez, indica o modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) e o tempo (presente, pretérito, futuro) do verbo. Por exemplo, nas formas verbais “cant-o” (presente do indicativo) e “cant-aria” (condicional), as desinências “-o” e “-aria” indicam respectivamente o modo indicativo presente e o modo condicional futuro.

Verbo nominal

A verbo-nominal, também conhecida como desinência de infinitivo, é aquela que forma o infinitivo dos verbos. Por exemplo, em “cant-ar”, “-ar” é a desinência que forma o infinitivo do verbo “cantar”.

Essas desinências são essenciais para a conjugação dos verbos em português, pois fornecem informações cruciais sobre quem realiza a ação (pessoa), em que momento (tempo), de que maneira (modo) e qual é a forma infinitiva do verbo.

Atenção: é importante distinguir entre desinência e vogal temática. A desinência indica o gênero gramatical, enquanto a vogal temática apenas determina a conjugação do verbo (1ª, 2ª ou 3ª) e conecta o radical às desinências. Por exemplo, nos verbos andar, fazer e sorrir.

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