Dica de etiqueta: “eu vou ir” está correto! Mas será que é elegante?
Entenda que comunicação não é apenas evitar erros!
A expressão “eu vou ir” costuma gerar dúvidas e discussões. Para muitos, ela soa estranha e repetitiva, o que leva à pergunta: será que, do ponto de vista gramatical, está realmente correta? E, mesmo que a gramática permita, é essa a melhor escolha em termos de elegância e adequação linguística, ou haveria uma alternativa que soasse mais natural e sofisticada?
Afinal, a comunicação eficaz envolve não apenas correção gramatical, mas também estilo e clareza, especialmente em contextos que demandam precisão.
“Eu vou ir” está correto?
A expressão “eu vou ir” está correta do ponto de vista gramatical. Na língua portuguesa, o verbo “ir” pode ser utilizado como auxiliar de si mesmo, formando uma locução verbal em que a primeira ocorrência de “ir” funciona como verbo auxiliar, e a segunda, como verbo principal. Assim, “eu vou ir” está na mesma categoria gramatical que expressões como “eu vou andar”, “eu vou fazer” ou “eu vou começar”.
Embora a estrutura possa soar repetitiva, ela está absolutamente de acordo com a norma padrão da língua portuguesa, que permite o uso do verbo “ir” tanto como auxiliar quanto como principal.
Ok! Está correto, mas é elegante?
Apesar de correta, a expressão “eu vou ir” pode não ser a mais elegante. O problema central não é gramatical, mas estilístico e comunicativo. Para alguns falantes, a repetição do verbo “ir” pode parecer redundante e até desnecessária, prejudicando a clareza e a simplicidade da mensagem. A construção “eu vou ir” se torna, assim, pouco elegante, já que a repetição pode dar a impressão de descuido com a linguagem, especialmente em contextos que demandam uma fala mais cuidadosa e refinada.
Nesse contexto, a alternativa “eu irei” se destaca como uma escolha mais clara e objetiva.
O uso do verbo no futuro do presente — “eu irei” — elimina a necessidade de usar o verbo “ir” como auxiliar, oferecendo uma frase mais direta e menos repetitiva. Essa construção é mais curta e natural, transmitindo a mesma mensagem de forma mais refinada. Além disso, o futuro do presente (“irei”) é geralmente considerado mais adequado em contextos formais, reforçando a escolha de palavras que preza pela elegância e pelo impacto positivo na comunicação.
Por que usar “eu irei” em vez de “eu vou ir”?
Optar por “eu irei” em vez de “eu vou ir” pode ajudar a transmitir uma imagem mais articulada e profissional. A escolha das palavras tem impacto na percepção do interlocutor, e o uso de construções mais diretas, como “eu irei” ou “eu partirei”, garante uma comunicação clara e objetiva, especialmente em contextos formais.
Em situações formais, o uso de “eu irei” ou de alternativas como “eu partirei”, “eu visitarei” ou “eu chegarei” demonstra um cuidado maior com a linguagem. Além disso, essas escolhas mais diretas são vistas como indícios de um domínio mais refinado do idioma. No ambiente de trabalho, por exemplo, onde a clareza e a objetividade são fundamentais, evitar repetições como “vou ir” contribui para uma fala mais precisa e confiável.
Comunicação não é apenas transmissão da mensagem!
A preferência por “eu irei” em vez de “eu vou ir” reflete também uma preocupação estética com o uso da língua. A língua portuguesa, por sua complexidade e riqueza, permite construir frases elegantes e de impacto. Em contextos formais ou profissionais, essa escolha pode ser fundamental para se destacar positivamente, pois a clareza e a fluidez são características valorizadas em comunicações que buscam precisão e formalidade.
A estética na linguagem envolve escolher termos e construções que se adequem ao contexto e que evitem exageros ou ambiguidades. A expressão “eu irei” exemplifica essa preocupação, pois transmite a mesma mensagem de forma direta e sem repetições desnecessárias. Em um texto escrito, por exemplo, onde cada palavra é lida e analisada, o uso de “eu irei” confere um tom mais profissional e uma leitura mais fluida.