Dúvida de Português: qual o coletivo de capivara?

Será que assim como veiculado na internet, o coletivo é capivárias?

Na internet, muitas brincadeiras surgem sobre o coletivo de animais, e com a capivara não é diferente. Quem nunca ouviu alguém dizer que o coletivo de capivara é “capivárias”? Apesar de popular, esse termo está longe de ser correto. A verdade é que o coletivo adequado para capivaras é outro, e é bem diferente do que muita gente imagina. Quer saber a resposta certa e entender um pouco mais sobre esse simpático roedor que raramente vemos sozinho? Veja a explicação de tudo a seguir!

Qual é o coletivo correto para capivara?

Assim como outros animais que vivem em grupos grandes, o coletivo “manada” indica que as capivaras se movimentam e vivem em grupo. É isso mesmo. O coletivo de capivara é manada. Quase  nunca uma capivara é vista sozinha; elas se reúnem em grupos de dezenas de indivíduos, o que torna “manada” a escolha natural para descrever o coletivo dessa espécie. Além disso, esses grupos são liderados por machos dominantes e costumam incluir fêmeas e filhotes, reforçando a ideia de organização social entre as capivaras.

Características da Capivara

As capivaras chamam atenção pelo tamanho. Um macho adulto pode pesar até 60 quilos, sendo, portanto, o maior roedor existente. Com esse porte, elas não passam despercebidas nos parques urbanos ou até nas margens de rios próximos de áreas residenciais. Também são comuns em regiões como o Pantanal e às margens de rios e córregos urbanos, locais onde encontram alimento e água em abundância.

Além disso, as capivaras possuem adaptações específicas para o ambiente aquático, como dedos parcialmente unidos por membranas, o que facilita a natação. Esse é um dos motivos pelos quais estão sempre próximas de corpos d’água, sejam eles naturais ou criados pelo ser humano, como os canais urbanos.

A capivara e as cidades: quem chegou primeiro?

Muitas pessoas se perguntam por que as capivaras vivem em cidades. A resposta, no entanto, está na expansão urbana sobre os habitats naturais. Em São Paulo, por exemplo, o rio Tietê abrigava diversas espécies, como capivaras, pacas e catetos, pois oferecia condições ideais para esses animais: água, alimento e refúgio. Com o crescimento da cidade e a construção de obras nas margens do rio, parte da população de capivaras foi deslocada para parques urbanos.

Geralmente, uma manada inclui entre 10 e 20 indivíduos.
Geralmente, uma manada inclui entre 10 e 20 indivíduos. Imagem: Freepik

Assim, em vez de as capivaras terem “invadido” a cidade, foi a urbanização que se expandiu sobre os espaços onde esses animais sempre viveram. Hoje, é possível ver capivaras adaptadas ao ambiente urbano, convivendo próximas de pessoas e veículos sem grandes problemas. Em parques como o Parque do Ibirapuera, elas são uma atração à parte e símbolo de convivência entre fauna e cidade.

Curiosidades sobre o comportamento das capivaras em grupo

As capivaras são animais sociais e pacíficos, vivendo em grupos organizados. Em geral, uma manada inclui entre 10 e 20 indivíduos, mas pode ser maior, especialmente em áreas com abundância de recursos. O líder do grupo é um macho dominante, que protege o grupo e mantém a ordem entre os indivíduos.

Quando se sentem ameaçadas, as capivaras se comunicam por meio de sons específicos, como assobios e grunhidos, alertando o grupo sobre possíveis perigos. Além disso, o contato físico é uma forma importante de interação entre as capivaras, fortalecendo os laços entre os membros do grupo. Elas cuidam umas das outras, especialmente dos filhotes, que são protegidos e cuidados por todas as fêmeas da manada.

Capivaras e sustentabilidade urbana

A presença das capivaras nas cidades levanta um ponto importante: a necessidade de planejamento urbano sustentável. Como resultado da expansão urbana, a fauna nativa enfrenta desafios para coexistir em um ambiente repleto de prédios, veículos e poluição. A criação de parques e áreas verdes é uma maneira de manter esses animais em contato com a natureza, promovendo uma convivência mais equilibrada entre humanos e fauna local.

Parques urbanos que abrigam capivaras têm o papel de preservar a biodiversidade e educar a população sobre a importância da convivência com a fauna. Além disso, observar esses animais em seus habitats ajuda a aumentar a conscientização ambiental, mostrando como pequenas ações urbanas podem impactar a vida selvagem.

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