Dúvidas de português: como abreviar siglas?
Entenda de forma simples e prática!
O uso correto de abreviaturas e siglas é uma questão importante para quem deseja comunicar-se de maneira clara e profissional, especialmente em contextos formais e acadêmicos. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece diretrizes para o uso de abreviaturas e siglas, que visam padronizar a escrita e facilitar a leitura. Uma das dúvidas mais frequentes entre escritores e profissionais é sobre a formação do plural de abreviaturas e siglas, uma vez que as regras para esses elementos podem variar.
O que são siglas e abreviaturas?
Embora tanto as abreviaturas quanto as siglas sirvam para abreviar palavras e expressões, elas são aplicadas de forma distinta e seguem diferentes convenções de pluralização. Essa distinção é fundamental, pois cada tipo de abreviatura cumpre um papel específico na comunicação escrita:
- Abreviaturas: São reduções de palavras, utilizadas para simplificar a leitura sem modificar a estrutura da palavra original. Como não possuem plural, as abreviaturas oficiais mantêm a forma singular, independentemente do contexto numérico.
- Siglas: Formadas pelas iniciais de palavras, as siglas são mais flexíveis e, por isso, utilizam a desinência “s” para indicar pluralidade. A ausência do apóstrofo no plural ajuda a manter a clareza na leitura.
É correto pluralizar abreviaturas?
Como visto acima, as abreviaturas são formas reduzidas de palavras ou expressões, que representam uma simplificação do termo original para facilitar a leitura. Exemplos comuns de abreviaturas são “kg” para quilograma, “km” para quilômetro, “h” para hora e “cm” para centímetro. As abreviaturas são amplamente utilizadas em textos técnicos, científicos e, muitas vezes, em comunicações cotidianas.
De acordo com a ABNT, as abreviaturas oficiais não fazem plural. Isso significa que, mesmo quando se referem a quantidades no plural, elas permanecem inalteradas. Por exemplo, ao escrever “10 kg” para dez quilogramas, a abreviatura “kg” permanece no singular, mesmo que o número seja plural. Abaixo estão mais alguns exemplos para ilustrar essa regra:
- 20 km: vinte quilômetros
- 8 h: oito horas
- 5 cm: cinco centímetros
Caso o termo seja escrito por extenso, o plural deve ser indicado normalmente. Dessa forma, “10 quilogramas”, “20 quilômetros” e “8 horas” são escritos com o plural usual da língua portuguesa. Essa regra de pluralização vale para todos os contextos em que abreviaturas oficiais são utilizadas, garantindo que a escrita seja consistente e sem variações que possam confundir o leitor.
Essa regra simplifica a forma como as abreviaturas são utilizadas, evitando que cada autor aplique uma convenção própria e, assim, dificultando a leitura e interpretação dos textos. Em suma, abreviaturas como “kg”, “cm”, “m”, “h” e outras não devem ser alteradas para indicar plural, mesmo em situações em que o número sugere uma quantidade maior que um.
Como pluralizar siglas?
Enquanto as abreviaturas seguem a regra de não terem plural, as siglas utilizam uma convenção diferente para indicar pluralidade. As siglas são formadas a partir das letras iniciais de uma sequência de palavras, como em “PM” para Polícia Militar ou “CPI” para Comissão Parlamentar de Inquérito. Muitas siglas são utilizadas em contextos variados, e a necessidade de indicar plural é frequente, especialmente em documentos técnicos e informativos.
Para formar o plural de siglas, basta acrescentar a desinência “s” ao final, sem utilizar apóstrofo. Esse “s” minúsculo é adicionado diretamente ao final da sigla para indicar a pluralidade. Veja alguns exemplos de siglas no plural:
- PMs: Polícias Militares
- CPIs: Comissões Parlamentares de Inquérito
- IPVAs: Impostos sobre a Propriedade de Veículos Automotores
- Ufirs: Unidades Fiscais de Referência
- Detrans: Departamentos de Trânsito
Esse método é a forma correta de pluralizar siglas e segue o padrão da ABNT. Um erro comum é o uso do apóstrofo para indicar o plural de siglas, como em “CPI’s”. Essa forma com apóstrofo está incorreta na língua portuguesa e deve ser evitada. O uso do “s” sem o apóstrofo ajuda a evitar ambiguidades, deixando claro que se trata de uma indicação de pluralidade e não de posse ou contração, como ocorre em outras línguas.