Dúvidas de Português: “e-mail” ou “email?” Com ou sem hífen?
As duas grafias estão corretas?
A comunicação digital evoluiu nas últimas décadas, e a tecnologia tornou-se ferramenta de fundamental importância especialmente para para troca de informações de forma rápida e instantânea. No entanto, uma dúvida persiste: como escrever corretamente? A forma correta é “e-mail” ou “email” Com hífen ou sem? Você sabe a resposta para esta pergunta?
O Significado e a Origem do Termo
O termo é uma abreviação da expressão inglesa “electronic mail”, que se refere ao serviço de correio eletrônico. Essa tecnologia revolucionária permite o envio e recebimento de mensagens de texto, arquivos e outros anexos através da internet, transcendendo barreiras geográficas e facilitando a comunicação instantânea.
Embora tenha se originado na língua inglesa, rapidamente ele se difundiu em todo o mundo, sendo adotado por diversos idiomas, inclusive o português. No entanto, sua grafia tem sido motivo de debate entre linguistas e gramáticos.
“E-mail” ou “mail”? Qual a resposta da Academia Brasileira de Letras?
De acordo com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), a forma oficialmente reconhecida e tida como correta pela Academia Brasileira de Letras é “e-mail” com hífen. Essa recomendação se baseia no fato de que o termo é considerado um “estrangeirismo” sem aportuguesamento, ou seja, uma palavra estrangeira que se integrou ao nosso idioma mantendo sua grafia original.
No entanto, é importante ressaltar que a ausência do hífen também é aceita por alguns estudiosos da língua portuguesa, especialmente em contextos mais informais ou em publicações que adotam normas próprias de estilo. No Brasil, a grafia “e-mail” é a mais comum e considerada correta. No entanto, alguns especialistas em Língua Portuguesa também aceitam a versão sem hífen.
A Influência da tecnologia e da internet
A tecnologia e a internet têm um papel fundamental na popularização e na transformação de palavras e expressões. O uso frequente de termos estrangeiros, especialmente em inglês, tem levado a uma adaptação natural ao português, muitas vezes sem o uso de hífen ou acentos. Isso ocorre não apenas com “e-mail”, mas também com outras palavras como “online”, “download” e “smartphone”. A rapidez e a informalidade das comunicações digitais contribuem para essa tendência.
As Regras do Novo Acordo Ortográfico
O Novo Acordo Ortográfico, implementado em 2009, trouxe algumas mudanças significativas nas regras de uso do hífen na língua portuguesa. Embora não tenha abordado diretamente o caso do “e-mail”, essas regras podem lançar luz sobre a questão.
1. Palavras Compostas
O hífen é utilizado para ligar os elementos de palavras compostas, formadas por duas ou mais palavras distintas. Por exemplo: guarda-chuva, arco-íris, segunda-feira.
2. Eliminação do Hífen em Alguns Casos
Em contrapartida, o Novo Acordo Ortográfico eliminou o uso do hífen em diversas palavras compostas que anteriormente o continham. Por exemplo: autoescola (antes era auto-escola), infraestrutura (antes era infra-estrutura), antirreligioso (antes era anti-religioso).
3. Palavras Prefixadas
O hífen é obrigatório quando o segundo elemento da palavra inicia com “h” ou com a mesma vogal que termina o prefixo. Exemplos: anti-higiênico, micro-ondas, mini-hotel.
4. Prefixo “Ex-“
Quando o segundo elemento começa com “h” ou com uma vogal diferente da que termina o prefixo “ex-“, o hífen é utilizado. Exemplos: ex-hospedeiro, ex-diretor.
5. Prefixos Terminados em Vogal ou Elementos de Ligação
Quando o prefixo termina com uma vogal e o segundo elemento inicia com a mesma vogal, ou quando o prefixo termina com uma consoante e o segundo elemento começa com a mesma consoante, o uso do hífen é opcional. Exemplos disso são: hiperotimismo ou hiper-otimismo, interestadual ou inter-estadual.
Evolução da língua portuguesa
A discussão sobre a grafia correta de “e-mail” ou “email” reflete a constante evolução da língua portuguesa e sua adaptação às novas tecnologias e tendências. Embora não haja um consenso absoluto, é importante respeitar as recomendações oficiais que sugere o uso do termo “e-mail”.