Dúvidas ortográficas sob um olhar minucioso; veja detalhes
Descubra as regras e exceções, e esclareça suas dúvidas sobre o uso correto de sufixos, prefixos, acentuação e mais. Entenda cada nuance para aprimorar sua escrita.
Todos nós, em algum momento, já enfrentamos as temidas dúvidas ortográficas. Quem nunca se deparou com a incerteza entre usar um /s/ ou um /z/ em determinada palavra? E isso sem mencionar os outros fonemas que, frequentemente, apresentam semelhanças sonoras que nos deixam em dúvida na hora de escrever.
Leia também: Dúvidas lexicais: um guia para colocar um fim a elas
Essas às dúvidas ortográficas são comuns e causam tensão, seja ao redigir um e-mail, preparar um trabalho acadêmico ou até mesmo ao postar algo nas redes sociais. Mas não se preocupe, essas dificuldades são normais e fazem parte do aprendizado contínuo da língua portuguesa.
Vamos explorar algumas dessas armadilhas ortográficas e descobrir como superá-las juntos!
Dúvidas ortográficas
Atualmente, com a presença predominante da tecnologia, muitos usuários ao escreverem recorrem às ferramentas oferecidas pelos próprios sistemas, outros consultam dicionários, entre outras opções. No entanto, é importante destacar que a familiaridade com a tríade “emissor x leitura x escrita” nos proporciona reais benefícios para desenvolver certas habilidades. Nesse contexto, algumas dicas podem ser valiosas para tornar a ortografia de certas palavras mais familiar para nosso conhecimento, como veremos a seguir:
- Analisando as terminações “-izar” e “-isar”
Quando usar “s” e quando usar “z”?
Vamos analisar a palavra “exorcizar”, cuja utilização não é tão comum. Por que usar “x” se o som é representado por “z”? Outra questão é se deve ser escrito com “-izar” ou “-isar”.
Na verdade, “exorcizar” vem do latim exorcizare, que significa expulsar demônios por meio de preces, como em “exorcizar um possesso”. Termos relacionados incluem “esconjurar”, “conjurar” e “exorcismar”.
Agora, vamos explorar as regras para o uso dos sufixos mencionados. É importante notar que não há prefixos que se escrevam com “-isar”. Os verbos que usam esse sufixo já contêm a letra “s” em seu radical, como é o caso de:
lis o
avis o
a lis tar
fris ar
fris o
avis ar
A forma “-izar” origina-se do sufixo grego “-izein” e foi incorporada ao português através do latim “-izare”. Esse sufixo é utilizado para formar palavras a partir de substantivos e adjetivos que terminam em -ico, -ismo, -ista. Por exemplo, a palavra “exorcizar” é escrita com “izar” porque deriva de “exorcismo”, da mesma forma que “anarquismo”, “dogmático” e “socialista”. Também há palavras que não têm a letra “s” em seu radical e, portanto, são escritas com “izar”, como em:
- local – localizar
- radical – radicalizar
Outras dúvidas ortográficas
1. Uso de S e Z
Exemplos:
- Exorcizar (correto) vs. exorcissar (incorreto): “Exorcizar” é a forma correta porque o sufixo “-izar” é utilizado para formar o verbo a partir do substantivo “exorcismo”.
- Organizar (correto) vs. organisar (incorreto): Aqui, a palavra “organizar” usa o sufixo “-izar”, que é apropriado para o verbo derivado de “organização”.
2. Uso de Ç e SS
Exemplos:
- Apreciar (correto) vs. apreciçar (incorreto): O verbo “apreciar” não leva ç, enquanto a forma incorreta usa ç de forma errada.
- Acessível (correto) vs. acessivel (incorreto): “Acessível” leva “ss” porque é derivado de “acesso” e segue a regra de duplicação da consoante.
3. Uso de H e Ch
Exemplos:
- Hospital (correto) vs. hospitale (incorreto): “Hospital” é a forma correta. O “h” é usado no início das palavras derivadas do latim “hospes”.
- Chave (correto) vs. xave (incorreto): “Chave” usa “ch” para seguir a tradição ortográfica de palavras com esse som.
4. Hífen
Exemplos:
- Coletivo (correto) vs. co-leitivo (incorreto): Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente, não se usa hífen. “Coletivo” é o correto.
- Anti-inflamatório (correto) vs. antiinflamatório (incorreto): O hífen é necessário quando o prefixo termina e o segundo elemento começa com a mesma vogal ou “h” para evitar uma pronúncia difícil.
5. Acentuação
Exemplos:
- Pára (incorreto) vs. para (correto): A forma correta é “para” sem acento, seguindo a reforma ortográfica que eliminou o acento diferencial.
- Pôde (correto, passado do verbo poder) vs. pode (presente do verbo poder): Aqui, o acento diferencial ajuda a distinguir entre os tempos verbais.
Esses exemplos ilustram como as regras são aplicadas para garantir a uniformidade na escrita da língua portuguesa e ajudar a evitar ambiguidades. Dê adeus às dúvidas ortográficas!