Erros de regência verbal e nominal: veja os principais e como evitá-los
Tire todas as suas dúvidas
A regência verbal e a regência nominal são responsáveis pela estruturação das frases na língua portuguesa. Porém, erros de regência são muito comuns, uma vez que compreender o tema pode ser complicado.
Saiba que é fundamental que você conheça as principais regras de regência verbal para conseguir escrever uma redação de qualidade e para responder questões sobre o tema em provas importantes, como os concursos, os vestibulares e o ENEM 2024.
Dessa forma, para que você tire todas as suas dúvidas, separamos um resumo completo sobre os principais erros de regência verbal e nominal na língua portuguesa. Confira!
Entenda o que é regência verbal e nominal
A regência verbal é responsável pela entre o verbo e seus complementos. Tenha em mente que cada verbo pode exigir um complemento de acordo com a sua transitividade (transitivo direto, transitivo indireto ou intransitivo).
A regência nominal, por sua vez, é responsável pela relação entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e seus complementos.
A seguir, veja quais são os principais erros de regência verbal e nominal cometidos pelos estudantes brasileiros e saiba como evitá-los.
O verbo “assistir”
O verbo “assistir” é um dos que mais geram confusão, pois ele pode ser usado como um verbo transitivo direto e também como um verbo transitivo indireto. Veja um erro comum a seguir:
- Incorreto: Eu assisto o filme.
- Correto: Eu assisto ao filme
O verbo “assistir” está sendo usado de maneira incorreta na primeira frase. Tenha em mente que, quando usado com o sentido de “ver”, o verbo “assistir” é transitivo indireto e, dessa maneira, exige a preposição “a”. Assim, o correto é “assistir ao filme”.
Mas, quando “assistir” é usado no sentido de “ajudar”, ele é transitivo direto e não exige preposição.
Os verbos “obedecer” e “desobedecer”
Os verbos “obedecer” e “desobedecer” são transitivos indiretos e exigem a preposição “a”. Veja um erro comum:
- Incorreto: Os alunos obedeceram o professor.
- Correto: Os alunos obedeceram ao professor.
O verbo “agradar”
O verbo “agradar” pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.
Quando queremos usar esse verbo com o sentido de “satisfazer”, ele é transitivo indireto e exige a preposição “a”. Mas, quando ele é usado no sentido de “fazer carinho”, “agradar” é transitivo direto.
Veja um erro comum:
- Incorreto: O anel agradou ela.
- Correto: O anel agradou a ela.
Nesse caso, o verbo “agradar” está sendo usado no sentido de “satisfazer” e, dessa forma, exige a preposição “a”.
O verbo “preferir”
Tenha em mente que “preferir” é um verbo transitivo direto que exige um complemento com preposição quando há comparação. Veja um erro comum:
- Incorreto: Prefiro suco do que refrigerante.
- Correto: Prefiro suco a refrigerante.
Substantivos “amor” e “ódio”
Os substantivos “amor” e “ódio” geram muitas dúvidas, uma vez que eles podem ser acompanhados de preposições diferentes.
A seguir, veja alguns dos erros mais frequentes:
- Incorreto: Tiago tem amor aos seus filhos e ódio dos vizinhos.
- Correto: Tiago tem amor por seus filhos e ódio a seus vizinhos.
Substantivos “simpatia” e “antipatia”
Ao contrário do que muitos estudantes pensam, os substantivos “simpatia” e “antipatia” exigem a preposição “por” e não “com”. Veja um erro comum:
- Incorreto: Tenho simpatia com Francisco.
- Correto: Tenho simpatia por Francisco.
Substantivo “dificuldade”
O substantivo “dificuldade” deve ser usado com a preposição “em” quando ele está indicando um problema em realizar algo. Veja:
- Incorreto: Carlos tem dificuldade de entender matemática.
- Correto: Carlos tem dificuldade em entender a matemática.
Adjetivo “ansioso”
O adjetivo “ansioso” também gera dúvidas. Saiba que, quando ele está sendo usado para indicar expectativa, ele exige a preposição “por”. Veja:
- Incorreto: Estou ansiosa para as férias.
- Correto: Estou ansiosa pelas férias.