O terror dos concursos: veja os erros fatais nas provas discursivas

Evite armadilhas comuns e melhore suas chances de sucesso com dicas essenciais para a redação.

Para muitos que se submetem aos concursos, as provas discursivas representam um verdadeiro pesadelo. Mesmo após meses de preparação, erros aparentemente pequenos podem comprometer toda uma pontuação. Falhas como a má estruturação do texto, problemas de coesão e erros gramaticais são comuns e podem ser decisivos na classificação final. Neste artigo, vamos explorar os deslizes mais frequentes e como evitá-los, garantindo um desempenho sólido e confiante nessa etapa tão temida.

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Erros fatais nas provas dos concursos

Uma boa nota na etapa discursiva de um concurso público pode ser a chave para transformar o sonho de conquistar um cargo estável em realidade; no entanto, essa etapa apresenta desafios que exigem preparação cuidadosa e estratégia. É crucial entender quais são os principais obstáculos que os candidatos enfrentam e como superá-los, desde a organização do texto até a eliminação de erros gramaticais e estruturais. Com dedicação e técnicas adequadas, é possível transformar essa etapa em um diferencial competitivo no processo seletivo.

Quais os principais desafios?

O primeiro grande obstáculo para os candidatos é compreender que modelos prontos, esquemas padronizados e frases clichês, amplamente divulgados em cursos online, não são suficientes para assegurar um bom desempenho na prova discursiva. Estratégias simplificadas podem falhar na hora decisiva.

O segundo desafio consiste em entender que a criação de um texto discursivo com potencial para alcançar a nota máxima é, invariavelmente, resultado de um processo que combina leitura detalhada e escrita estruturada. Isso significa que é fundamental adotar uma estratégia de leitura eficiente, capaz de interpretar de forma clara e objetiva o comando da prova.

Nesse contexto, a Teoria das Perguntas Argumentativas e Expositivas torna-se relevante, pois os textos discursivos são elaborados para responder questões formuladas, direta ou indiretamente, pelo examinador no enunciado, nos tópicos ou nos textos motivadores. O terceiro desafio é garantir que o texto seja claro, objetivo e bem estruturado. Isso exige atenção à articulação de parágrafos e períodos. Frases muito longas, com muitas orações intercaladas ou inversões excessivas, tornam a leitura cansativa e podem dificultar a compreensão.

Além disso, o uso excessivo de construções como “que” ou verbos no gerúndio compromete a fluidez do texto. Argumentar de forma eficiente também requer o uso adequado de conectivos, que expressam, no texto, as relações lógicas entre as ideias. A sintaxe, que organiza essas relações, segue princípios lógicos que se refletem em todas as línguas.

O terror dos concursos: veja os erros fatais nas provas discursivas (Foto: Unsplash).
O terror dos concursos: veja os erros fatais nas provas discursivas (Foto: Unsplash).

Os conectivos certos para usar

Embora o ensino de literatura e gramática receba bastante atenção durante o ensino fundamental e médio, a prática da produção textual cotidiana, como dissertações, artigos e cartas, frequentemente fica em segundo plano — ainda que existam escolas e professores que se destacam positivamente nessa área. Por isso, a escrita muitas vezes passa a ser encarada como algo baseado apenas em tentativa e erro ou inspiração, ignorando a existência de uma estrutura lógica para planejar e elaborar textos dissertativos.

Há mais de duas décadas, um questionamento comum em cursos voltados para concursos permanece relevante: o que significa argumentar? As respostas tendem a ser similares, enfatizando a defesa de um ponto de vista ou a sustentação de uma opinião; no entanto, poucos candidatos compreendem o papel fundamental dos conectivos lógicos na argumentação, sejam eles de coordenação ou subordinação. Esses elementos são cruciais para expressar relações de aditividade, adversidade, causalidade, finalidade e outras no texto e na fala.

Portanto, é necessário transformar a maneira como os candidatos enxergam o processo de escrita, destacando como as frases de um texto são organizadas por meio de estruturas simples ou compostas. Uma estratégia eficaz é analisar textos bem elaborados para entender como cada frase contribui para a construção do raciocínio no papel. Com isso, é possível compreender a importância da declaração como base do pensamento escrito e dos conectivos como elementos que dão consistência à argumentação.

Preparação

Para se preparar adequadamente para uma prova discursiva, é essencial ler o edital com atenção e entender a modalidade de texto exigida, além de analisar os critérios de conteúdo e gramática de concursos anteriores da mesma Banca. Respostas padrão podem ser úteis, mas o ideal é treinar com provas anteriores ou simulados bem elaborados.

Além disso, é fundamental que um profissional qualificado avalie suas redações quanto à forma e ao conteúdo. Muitas vezes, cursos de redação oferecem apenas correções gramaticais ou modelos prontos, mas a verdadeira aprendizagem ocorre por meio da prática supervisionada. Escrever sem orientação pode consolidar erros de interpretação e construção, prejudicando o desempenho na prova.

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