Estas são as 10 dúvidas mais polêmicas da Língua Portuguesa

As dúvidas envolvem questões de acentuação, ortografia e concordância

Quando o assunto é escrever nem sempre sabemos o modo de expressar corretamente uma palavra ou ideia. Com certeza você já se perguntou: com S ou com C? É craseado ou não? Como se escreve o plural desta palavra? Perguntas como estas são muito mais frequentes do que possamos imaginar e nem sempre temos a resposta certa.

Nesta matéria vamos te mostrar as maiores dúvidas quando o assunto é a escrita da Língua Portuguesa e a forma correta de escrevê-las.

1 – “Bastante” ou “bastantes”?

As duas formas estão corretas. O erro muitas vezes se dá na maneira que são empregadas. Como em muitos casos, seu uso depende da função que realizam na frase. A função pode ser: advérbio, adjetivo e pronome indefinido. Veja abaixo:

  • Advérbio: se for um advérbio, pode ser usado como sinônimo de muito, e assim não varia. Exemplo: foi bastante difícil chegar aqui.
  • Adjetivo: bastante também pode assumir função de adjetiva, neste caso significa suficiente e deve ser flexionado com o substantivo. Exemplo 1: Há bastantes motivos para abandonar o trabalho. Exemplo 2: Foi bastante aquela conversa
  • Pronome Indefinido:  muito pouco usado neste sentido, bastante pode ser expresso como pronome indefinido, quando se deseja falar de quantidades ou qualidades não determinadas. Exemplo: Naquele grupo ela possuía bastantes colegas de trabalho.

2 – “Vende-se” ou “vendem-se”

Poderíamos dá uma explicação linguística para uso destes termos, mas para simplificar observe apenas a concordância do sujeito com o verbo. Assim podemos escrever corretamente: Vende-se casa ou vendem-se casas. As duas formas podem ser usadas observando apenas o singular e plural

3 – “Taxar” ou “tachar”

Os termos tratam de palavras que possuem o mesmo som, mas sentidos diferentes.

Taxar: A palavra taxar pode significar pôr taxa, preço em algo, mas também pode usada para qualificar, avaliar.

  • Exemplo 1:  O Estado taxou muitos produtos
  • Exemplo 2: Ela foi taxada como a mais inteligente do grupo

Tachar: Já o verbo tachar expressa uma qualidade negativa. Tachar deriva do francês tache que significa “nódoa”, “mancha”.

  • Exemplo: Foi tachado de mentiroso por todos os que ouviram o discurso.

4 – “Tampouco” ou “tão pouco”

Mesmo parecidas, estas expressões não são sinônimas.

  • Tampouco: Como você diria? “Tampouco me cumprimentou ou tão pouco me cumprimentou”. A primeira opção é a correta. Tampouco é equivalente a “também não” e é um advérbio.
  • Tão pouco: Já “tão pouco” expressa número reduzido de alguma coisa, muito pouco. Exemplo: Foi tão pouco os que participaram que não valeu a pena.

Nesta última expressão fique atento, pois “pouco” pode variar em número e gênero dependendo do substantivo que o acompanha.

  • Exemplo: Tão pouco, tão pouca, tão poucos e tão poucas

5 – “Vem ou vêm”

Esta é uma dúvida também comum ao verbo “ter” e poderíamos também perguntar: tem ou têm?

ESTAS são as 15 NOVAS PALAVRAS incluídas na LÍNGUA PORTUGUESA
Dúvidas da Língua Portuguesa. Imagem: Canva

Nestes dois casos em que as terceiras pessoas do singular e plural adquirem a mesma pronúncia, a distinção se faz por meio da acentuação com circunflexo da terceira pessoa do plural.

  • Exemplo: ele vem/ eles vêm e ele tem / eles têm

6 – “Trás” ou “Traz”

São duas palavras que podem gerar confusão porque embora seja iguais em sua pronúncia, possuem sentidos diferentes. Vejamos abaixo:

  • Trás: Trás é um monossílabo tônico, grafado com “s” e acento e significa “além de”, “para lá de”. Têm sentido de “posterior” quando combinado com as preposições “a” e “de” que formam respectivamente “atrás” e “detrás”. Exemplo: por trás não consegui identificá-lo
  • Traz: Traz com “z” e sem acento, por outro lado, é uma variação do verbo trazer, usado na terceira pessoa do singular. Exemplo: Ele traz no coração o orgulho de ser brasileiro.

7 – “Senão” ou “se não”

Muito cuidado é preciso na hora de utilizar as duas expressões, pois, as duas podem adquirir diferentes sentidos dependendo do contexto. Veja abaixo:

Senão: Senão pode ser usado para expressar contradição, exceção, eventos rápidos, erros.

  • Contradição: leve o guarda-chuva senão se molhará.
  • Exceção: não fez outra coisa, senão ficar em silêncio.
  • Erro: não existe senão na sua fala.

Se não: Por outro lado, “se não” é uma conjunção de condição e significa “caso não” ou ” “quando não”.

  • Exemplo 1: Ela irá andando se não conseguir transporte
  • Exemplo 2: Fazer a tarefa era difícil, se não impossível.

8 – “Menos” ou “menas”

Este é um dos equívocos que aparecem no topo dos erros no uso da Língua Portuguesa. A verdade é que “menas” não existe na gramática normativa, ou seja, “menos” é uma palavra invariável que não se flexiona. Portanto, antes de substantivos femininos ou masculinos usa-se “menos”.

9 – “Meio triste” ou “meia triste”

Na hora de utilizar qualquer palavra, é interessante saber a qual classe gramatical a que pertence ou qual a função que desempenhará na oração. Feito isso é mais fácil conseguir utilizá-la da maneira correta. Quando usado neste contexto acima, meio assume a função de advérbio e os advérbios variam apenas em grau.
Assim deve-se dizer: ” estou meio triste” e não “estou meia triste”.

10 – ” Havia ou haviam, houve ou houveram

Singular e plural do verbo haver causam polêmica até entre estudiosos da Língua. No entanto, aplicar a regra de que o verbo concorda com o sujeito acarretará erros. Neste caso a dica é sempre deixá-lo no singular.

  • Exemplo: Havia anos que não viajava
  • Exemplo 2: Houve um imprevisto e tive que voltar.

Nesta matéria te mostramos 10 dúvidas polêmicas na Língua Portuguesa e te ensinamos com escrever corretamente.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.