Estas são principais dúvidas dos brasileiros quando o assunto é gramática!

Será que você possui alguma destas dúvidas?

No estudo da língua portuguesa, muitas pessoas enfrentam dúvidas recorrentes relacionadas à gramática, ortografia e interpretação de textos. Essas incertezas podem dificultar a comunicação escrita e falada, especialmente quando é necessário seguir normas padrão em contextos formais. Para ajudar a esclarecer algumas das principais questões que surgem, elaboramos um guia detalhado que aborda os tópicos mais comuns de maneira prática e acessível.

1. Diferença entre “Porque”, “Por que”, “Por quê” e “Porquê”

Um dos temas mais confusos na língua portuguesa é o uso correto das diferentes formas de “porque“. Veja como diferenciá-las:

  • Porque: Utilizado para introduzir explicações ou respostas, geralmente em frases afirmativas. Exemplo: “Estou cansado porque trabalhei muito.”
  • Por que: Usado em perguntas diretas ou indiretas, quando se questiona a razão ou motivo de algo. Exemplo: “Por que você não veio ontem?”
  • Por quê: Aparece no final de perguntas diretas, geralmente seguido de pontuação forte, como o ponto de interrogação. Exemplo: “Você não veio ontem, por quê?”
  • Porquê: Usado como substantivo, sendo equivalente a “motivo” ou “razão”. Exemplo: “Não entendi o porquê de tanta confusão.”

2. Uso Correto de “Aonde” e “Onde”

Outra dúvida comum é quando usar “aonde” e “onde”. A chave está em entender a ideia de movimento:

  • Onde: Refere-se a um lugar estático, sem movimento. Exemplo: “Onde você mora?”
  • Aonde: Indica movimento em direção a algum lugar. Exemplo: “Aonde você vai?”

A regra geral é que “aonde” deve ser usado com verbos que indicam deslocamento, como “ir”, “chegar”, “levar”, etc.

3. Diferença entre “Há” e “A” (Tempo)

Essas duas palavras podem ser facilmente confundidas, mas têm funções bem distintas:

  • : Indica tempo passado e é equivalente a “faz”. Exemplo: “Há três dias chove sem parar.”
  • A: Indica tempo futuro ou distância. Exemplo: “Daqui a três dias, viajarei.”

Essa diferença é essencial para manter a coerência temporal no texto.

4. Quando Usar “Mas” e “Mais”

Essas palavras têm funções gramaticais diferentes, apesar de serem pronunciadas de forma semelhante:

  • Mas: Conjunção adversativa, usada para indicar oposição ou contraste. Exemplo: “Quero sair, mas está chovendo.”
  • Mais: Advérbio de intensidade ou quantidade. Exemplo: “Quero mais sorvete.”

Compreender essa distinção ajuda a evitar confusões no sentido da frase.

5. Diferença entre “Mau” e “Mal”

Outra dúvida recorrente envolve o uso correto de “mau” e “mal”, que também têm significados diferentes:

  • Mau: É um adjetivo e significa o oposto de “bom”. Exemplo: “Ele é um mau aluno.”
  • Mal: Pode ser um advérbio ou substantivo e significa o oposto de “bem”. Exemplo: “Ela estava mal ontem.”

Lembre-se de associar “mau” com “bom” e “mal” com “bem” para evitar erros.

6. Uso de “Afim” e “A fim”

A confusão entre “afim” e “a fim” é comum, mas suas aplicações são distintas:

  • Afim: Adjetivo que significa “semelhante” ou “relacionado”. Exemplo: “Eles têm gostos afins.”
  • A fim: Expressão usada para indicar intenção ou desejo. Exemplo: “Estou a fim de viajar.”

A diferença pode parecer sutil, mas é importante para a precisão do texto.

7. O Uso da Crase (“à” ou “a”)

A crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido feminino “a”, criando “à”. Exemplos:

  • Com crase: “Vou à escola.” (Combinação de “a” + “a escola”)
  • Sem crase: “Vou a pé.” (Antes de palavras masculinas ou verbos, não ocorre crase)

Uma dica é substituir o substantivo feminino por um masculino correspondente. Se a frase fizer sentido com “ao”, então usa-se a crase. Exemplo: “Vou ao mercado” → “Vou à escola”.

8. Plural de Palavras Compostas

O plural de palavras compostas pode variar bastante, e as regras dependem do tipo de composição. Veja alguns exemplos:

  • Guarda-roupas: Ambos os elementos da palavra composta variam.
  • Guarda-chuvas: Apenas o primeiro elemento varia.
  • Pés-de-moleque: O plural se forma no primeiro elemento.

É importante conhecer as regras específicas para cada tipo de palavra composta.

Seminovo, semi novo ou semi-novo: você sabe o que está errado?
Gramática e língua portuguesa. Imagem: Canva

9. Concordância Verbal e Nominal

A concordância verbal e nominal é outra área onde muitas pessoas cometem erros, especialmente em frases mais complexas. A regra básica é que o verbo deve concordar com o sujeito da frase, tanto em número quanto em pessoa.

Exemplo: “A maioria das pessoas gosta de música.” (O verbo concorda com “a maioria”, e não com “pessoas”)

Em termos de concordância nominal, o adjetivo ou artigo deve concordar com o substantivo em gênero e número. Exemplo: “As flores vermelhas são lindas.” (Vermelhas concorda com flores, que está no plural e no feminino)

10. Diferença entre “Este”, “Esse” e “Aquele”

Esses pronomes demonstrativos indicam proximidade em relação ao falante e ao ouvinte:

  • Este: Refere-se a algo próximo ao falante. Exemplo: “Este livro que está comigo.”
  • Esse: Refere-se a algo próximo ao ouvinte. Exemplo: “Esse livro que está com você.”
  • Aquele: Refere-se a algo distante de ambos. Exemplo: “Aquele livro na estante.”

Essas palavras ajudam a localizar objetos no espaço e no tempo, sendo essenciais para a clareza na comunicação.

11. Uso de “Meio” e “Meia”

A distinção entre “meio” e “meia” está na função que desempenham na frase:

  • Meio: Quando usado como advérbio, é invariável. Exemplo: “Estou meio cansado.”
  • Meia: Quando usado como adjetivo, concorda em gênero e número com o substantivo. Exemplo: “Ela tomou meia xícara de café.”

Prestar atenção a essa diferença ajuda a evitar erros de concordância.

12. Ambiguidade e Coerência em Frases

Ambiguidade ocorre quando uma frase pode ter mais de um significado. Para evitá-la, é importante estruturar bem as sentenças e usar a pontuação adequada.

Exemplo: “Vamos comer, crianças!” (Com vírgula, indica um convite para as crianças comerem)

Sem a vírgula: “Vamos comer crianças!” (Indica algo completamente diferente e confuso)

Para manter a coerência no texto, revise as frases e certifique-se de que a interpretação pretendida seja clara.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.