“Eu” e “mim”: saiba quando usar cada pronome

Veja quando usar cada um dos pronomes

Os pronomes “eu” e “mim” geram muitas dúvidas entre os brasileiros, uma vez que os dois estão corretos e existem na língua portuguesa, mas devem ser usados em contextos diferentes.

Saber diferenciar os dois pronomes e entender os usos de cada um deles é extremamente importante, uma vez que o tema pode ser abordado por questões de português de concursos e vestibulares. Além disso, você deve dominar os usos de “eu” e “mim” para escrever uma redação segundo a norma padrão da língua portuguesa.

Dessa maneira, para que você entenda o assunto de uma vez por todas, trouxemos um resumo sobre os usos dos pronomes “eu” e “mim”. Confira e tire todas as suas dúvidas!

“Eu” e “mim”: qual a diferença entre as duas expressões?

Embora “eu” e “mim” sejam usados em contextos semelhantes, as duas palavras são diferentes. “Eu” é um pronome reto que deve ser usado na posição de sujeito do verbo, enquanto “mim” é um pronome oblíquo que pode ser usado em muitos contextos.

Para que você entenda quando usar cada uma dessas palavras, é fundamental que você entenda o que são pronomes pessoais.

Os pronomes pessoais são palavras que substituem ou acompanham os substantivos. Eles podem ser classificados em pronomes do caso reto (desempenham função de sujeito) e pronomes do caso oblíquo (funcionam como complemento verbal ou nominal em uma frase). Veja quais são os pronomes que fazem parte de cada grupo:

  • Pronomes do caso reto: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.
  • Pronomes do caso oblíquo: podem ser átonos (me, te, se, nos, vos) ou tônicos (mim, ti, si, nós, vós).

Quando usar “eu”: veja os principais usos

Como mencionamos, “eu” deve sempre ser usado como sujeito em uma frase, uma vez que ele é um pronome pessoal do caso reto.

Sendo o sujeito, “eu” deve ser usado em situações em que o pronome está atuando como sujeito do verbo. Lembre-se de que o sujeito é sempre aquele que realiza a ação indicada pelo verbo da frase.

Vamos conferir alguns exemplos a seguir:

  • Eu estou estudando para a prova do ENEM.
  • Eu gosto dos meus gatos e cachorros.
  • Eu e meu pai vamos ao parque no fim de semana.

Quando usar “mim”: veja os principais usos

“Mim”, por sua vez, é um pronome pessoal do caso oblíquo tônico. Sendo assim, ele não pode ser usado como o sujeito de uma frase.

Esse pronome deve ser usado somente como o complemento de um verbo em uma frase ou, ainda, como o complemento de uma preposição. Dessa forma, ele pode ser usado em frases onde o pronome aparece depois de uma preposição ou como complemento de verbos que exigem um objeto direto ou indireto.

Quando usar eu e mim
Memorize os principais usos de “eu” e “mim”. Imagem: Karolina Kaboompics/Pexels

Ainda está com alguma dúvida? Veja alguns exemplos a seguir:

  • Este doce é para mim.
  • Meu pai comprou o presente para mim.
  • Carla falou com a minha mãe sobre mim.

Nos exemplos que apresentamos, “mim” aparece sempre após preposições ou como complemento de um determinado verbo. Observe que “mim” não foi usado como sujeito em nenhum exemplo, uma vez que isso estaria incorreto.

“Eu” e “mim”: erros mais comuns

Como mencionamos, muitos estudantes cometem erros e confundem os usos de “eu” e “mim”.

Um dos erros mais comuns ocorre quando a frase inclui um verbo no infinitivo. Veja um exemplo a seguir:

  • Incorreto: Maria pediu para mim fazer o trabalho.
  • Correto: Maria pediu para eu fazer o trabalho.

No exemplo incorreto, usar o pronome “mim” está errado, uma vez que o verbo “fazer” está no infinitivo e exige um sujeito, e “mim” não pode exercer essa função. Assim, o correto é usar o pronome “eu”.

Outro erro comum que envolve o uso de “eu” e “mim” acontece em frases que possuem algum tipo de preposição. Observe os exemplos a seguir:

  • Incorreto: Entre eu e você, não há nenhuma diferença.
  • Correto: Entre mim e você, não há nenhuma diferença.

Nos exemplos que apresentamos, “entre” é uma preposição. Dessa forma, “mim” deve ser usado, pois ele assume a função de complemento, e não “eu”, que pode assumir somente a função de sujeito.

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