A importância de alimentar à formação contínua

Mantenha-se atualizado, amplie suas competências e fortaleça sua carreira em um mundo em constante evolução.

A formação contínua, também conhecida como educação continuada, é o processo de aprendizado permanente que se estende além da educação formal tradicional, como o ensino básico, médio e superior. Ela abrange todas as atividades educacionais que uma pessoa realiza ao longo da vida com o objetivo de adquirir novos conhecimentos, habilidades e competências.

Leia também: Gabriel García Márquez: quem foi, obras e impacto na literatura

Essa forma de educação pode incluir cursos de atualização profissional, treinamentos, workshops, certificações, estudos autodidatas, entre outros. O conceito de educação continuada reconhece a necessidade de adaptação constante às mudanças no mercado de trabalho, nas tecnologias e na sociedade, incentivando a busca contínua por crescimento pessoal e profissional.

Formação contínua

Quando se fala em formação continuada, destacam-se os seguintes aspectos do profissional: a formação, a carreira, a avaliação e as competências atribuídas a ele. O educador que constantemente busca aprimorar sua formação e desenvolver suas habilidades tende a expandir suas oportunidades de atuação. De acordo com o estudioso Philippe Perrenoud, a formação profissional contínua é estruturada em áreas prioritárias, que incluem as competências essenciais do educador. Essas são chamadas de áreas de competências, pois cada uma delas engloba várias habilidades. A seguir, estão as dez principais áreas de competências segundo Perrenoud:

Competências centrais para a formação

Competências essenciais a serem desenvolvidas na formação contínua (exemplos):

  1. Planejar e dinamizar atividades de aprendizagem
    • Dominar o conteúdo específico de uma disciplina e sua tradução em objetivos de aprendizagem.
    • Basear-se nas percepções dos alunos.
    • Abordar erros e desafios no processo de aprendizado.
    • Desenvolver e organizar materiais e sequências didáticas.
    • Envolver os alunos em atividades investigativas e projetos de conhecimento.
  2. Gerenciar a progressão das aprendizagens
    • Criar e gerenciar situações-problema adaptadas aos níveis e capacidades dos alunos.
    • Ter uma visão de longo prazo sobre os objetivos do ensino fundamental.
    • Relacionar atividades de aprendizagem com teorias pedagógicas.
    • Observar e avaliar os alunos em processos de aprendizado, com uma abordagem formativa.
    • Realizar avaliações periódicas de competências e tomar decisões sobre a progressão dos alunos.
  3. Desenvolver estratégias de diferenciação
    • Gerenciar a diversidade dentro de uma sala de aula.
    • Expandir a gestão da classe para contextos mais amplos.
    • Oferecer suporte integrado a alunos com grandes dificuldades.
    • Promover a cooperação entre alunos e o ensino mútuo.
  4. Engajar os alunos em seu próprio aprendizado
    • Estimular o interesse pela aprendizagem, esclarecer a importância do conhecimento e incentivar a autoavaliação.
    • Implementar e coordenar conselhos de alunos e negociar regras e acordos com eles.
    • Oferecer atividades formativas opcionais.
    • Apoiar a definição de projetos pessoais dos alunos.
A importância de alimentar à formação contínua (Foto: Unsplash).
A importância de alimentar à formação contínua (Foto: Unsplash).
  1. Trabalhar em equipe
    • Desenvolver projetos coletivos e compartilhar visões comuns.
    • Liderar grupos de trabalho e conduzir reuniões.
    • Formar e renovar equipes pedagógicas.
    • Analisar em conjunto situações complexas e questões profissionais.
    • Gerenciar crises e conflitos interpessoais.
  2. Participar da gestão escolar
    • Elaborar e negociar projetos escolares.
    • Administrar os recursos da escola.
    • Coordenar e promover a interação entre a escola e seus parceiros (comunidade, associações de pais, etc.).
    • Organizar e melhorar a participação dos alunos na escola.
  3. Comunicar-se e envolver os pais
    • Realizar reuniões informativas e debates.
    • Conduzir entrevistas com pais.
    • Incentivar a participação dos pais na valorização do aprendizado dos filhos.
  4. Utilizar novas tecnologias
    • Utilizar softwares para edição de documentos.
    • Explorar as potencialidades didáticas de softwares alinhados aos objetivos das disciplinas.
    • Facilitar a comunicação à distância através de ferramentas tecnológicas.
    • Integrar recursos multimídia no ensino.
  5. Enfrentar dilemas éticos e responsabilidades profissionais
    • Prevenir a violência na escola e na comunidade.
    • Combater preconceitos e discriminações de gênero, étnicas e sociais.
    • Contribuir para a construção de regras de convivência na escola, incluindo disciplina, sanções e avaliação de comportamentos.
    • Analisar as dinâmicas pedagógicas, autoridade e comunicação em sala de aula.
    • Fomentar o senso de responsabilidade, solidariedade e justiça.
  6. Gerenciar sua própria formação contínua
  • Refletir sobre suas práticas pedagógicas.
  • Realizar uma autoavaliação de competências e definir um plano pessoal de desenvolvimento.
  • Colaborar em projetos de formação conjunta com colegas (equipe, escola, rede).
  • Envolver-se em tarefas a nível escolar ou de rede educacional.
  • Participar da formação de colegas e receber novos educadores.

É importante que cada educador tenha consciência de seu nível de competência por meio de uma autoavaliação, o que contribuirá significativamente para sua evolução profissional.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.