Gramática: estudo dos elementos da comunicação

Veja como os elementos da comunicação, como palavras, frases e estruturas, influenciam a clareza e a eficácia na escrita e na fala.

A gramática estuda os componentes de uma língua e tem a função de definir um conjunto de normas para uniformizar a comunicação. Essas normas podem ser divididas em diferentes categorias, como: fonética, etimologia, estilística, literatura, fonologia, morfologia, sintaxe e semântica.

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O estudo da gramática

A gramática é dividida em tipos:
  • Formal;
  • Comparativa;
  • Funcional;
  • Reflexiva;
  • Gerativa;
  • Contrastiva;
  • Implícita;
  • Universal;
  • Transformacional;
  • Descritiva;
  • Histórica;
  • Normativa.

Funções de linguagem

Uma parte essencial da gramática é o uso da linguagem, que é fundamental para a construção do texto e determina a sua intenção. Os componentes da linguagem incluem:

  • Emissor – a pessoa que envia a mensagem;
  • Receptor – o destinatário da mensagem;
  • Mensagem – o conteúdo que está sendo comunicado;
  • Referente ou Contexto – o assunto tratado na mensagem;
  • Canal ou Contato – o meio pelo qual a mensagem é transmitida;
  • Código – o sistema de sinais ou linguagem utilizado.

Na gramática, as funções da linguagem servem para definir a intenção do comunicador. Elas são:

  • Função referencial: transmite informações de maneira objetiva. Exemplo: textos jornalísticos.
  • Função emotiva: expressa as emoções do emissor. Exemplo: um diário pessoal.
  • Função poética: foca na estética e na forma da mensagem. Exemplo: o poema “Quadrilha” de Carlos Drummond de Andrade.
  • Função conativa ou apelativa: orienta-se para o receptor com a intenção de persuadi-lo. Exemplo: um anúncio publicitário.
  • Função fática: centra-se no canal de comunicação, chamando atenção para a própria comunicação. Exemplo: “Ei, psiu!”
  • Função metalinguística: utiliza o código para explicar ou falar sobre ele mesmo. Exemplo: um ator interpretando a si mesmo no palco.

Figuras de linguagem

As figuras de linguagem são recursos utilizados pelos escritores para atribuir um significado específico a uma expressão. Elas podem ser classificadas da seguinte forma:

  • Semânticas/Pensamento: alegoria, alusão, ambiguidade, antífrase, antítese, antonomásia ou perífrase, apóstrofe, cacofonia, catacrese, comparação por símile, comparação simples, disfemismo, eufemismo, enumeração, gradação, hipálage, hipérbato, hipérbole, ironia, litotes, metáfora, metalepse, metonímia, sarcasmo, sinédoque, onomatopeia, oximoro, paradoxo, personificação (ou prosopopeia) e sinestesia.
  • Construção: aliteração, anacoluto, anadiplose, anáfora, analepse, anástrofe, assíndeto, assonância, circunlóquio, clímax, diácope, elipse, epizêuxis, inversão ou hipérbato, pleonasmo, polissíndeto, prolepse, sínquise, silepse, zeugma e zoomorfização (ou animalização).

Algumas das principais figuras de linguagem da gramática incluem:

  • Paradoxo: ideias opostas que têm um significado em comum. Exemplo: “Quanto mais se dá, mais se recebe.”
  • Metáfora: atribuição de um sentido figurado ou incomum. Exemplo: “Ele é um gato.”
  • Hipérbole: exagero intencional. Exemplo: “Sorri litros.”
  • Metonímia: substituição de uma palavra por outra dentro do mesmo contexto. Exemplo: “Quero ganhar um Louboutin.” (onde “Louboutin” substitui “sapato”).
  • Personificação ou Prosopopeia: atribuição de características humanas a elementos não humanos. Exemplo: “O cravo brigou com a rosa.”
  • Sarcasmo: uso de uma afirmação que expressa o oposto do que se quer dizer. Exemplo: “Você precisa de um cirurgião plástico, não de um médico.”
  • Eufemismo: uso de uma palavra ou expressão mais leve para suavizar algo desagradável. Exemplo: “Haverá um reajuste na taxa do condomínio” em vez de “aumento”.
  • Pleonasmo: uso de palavras redundantes para enfatizar uma ideia. Exemplo: “Uma tristeza bem triste.”
  • Onomatopeia: representação de um som por meio de palavras. Exemplo: “Toc toc.”
  • Neologismo: criação de uma nova palavra para um contexto específico. Exemplo: “Como querer caetanear o que há de bom.”
Gramática: estudo dos elementos da comunicação (Foto: Unsplash).
Gramática: estudo dos elementos da comunicação (Foto: Unsplash).

Ortografia

Ortografia é o ramo da gramática normativa que descreve como escrever as palavras corretamente. Uma das questões mais frequentes na escrita do português é o uso correto das letras em determinadas palavras.

S/Z

O “s” tem o som de “z” quando está entre duas vogais. O som de “s” ocorre apenas quando há “ss”.

Quando usar “S”:

  • Em palavras que indicam nacionalidade, origem ou pertencimento. Exemplo: Francês.
  • Em palavras que expressam o gênero feminino. Exemplo: Profetisa.
  • Em verbos derivados de palavras que terminam com “s” na última sílaba. Exemplo: Analisar (de análise).
  • Após ditongos (encontro de duas vogais). Exemplo: Faisão.
  • Antes dos verbos querer e pôr. Exemplo: Se eu quiser.

Quando usar “Z”:

  • Para formar substantivos abstratos a partir de adjetivos. Exemplo: Belo (adjetivo) – Beleza (substantivo).
  • Em verbos que não têm “s” na última sílaba. Exemplo: Canalizar (de canal).

J/G

Quando usar “J”:

  • Em verbos que contêm “j”, seus derivados também devem ter “j”. Exemplo: Loja – Lojista.
  • Em palavras de origem indígena: pajé, jerimum, canjica.
  • Em palavras de origem africana: jabá, jiló, jagunço.

Quando usar “G”:

  • Em palavras terminadas com ágio, égio, ígio, ógio e úgio. Exemplo: Colégio.
  • Em palavras terminadas em agem, igem e ugem, exceto palavras de origem indígena. Exemplo: Ferrugem.

X/CH

Quando usar “X”:

  • Depois de ditongos. Exemplo: Caixa.
  • Após a sílaba “me”. Exemplo: Mexer.
  • Em palavras de origem indígena ou africana. Exemplo: Xingar.
  • Em palavras que começam com “en”. Exemplo: Enxoval.

Quando usar “CH”:

  • O verbo “encher” e seus derivados são escritos com “ch”.
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