Guardas Municipais poderão ter porte de arma de fogo – Confira!
O prefeito Eduardo Paes defende que os guardas municipais passem por um treinamento rigoroso
A possibilidade de Guardas Municipais utilizarem armas de fogo é um tema que vem ganhando força no Rio de Janeiro. O prefeito reeleito, Eduardo Paes, está empenhado em dar continuidade ao projeto que busca permitir que um grupamento específico da corporação tenha o direito ao porte de armas.
Entretanto, essa iniciativa está cercada de discussões e desafios, principalmente no que diz respeito ao apoio político para que o projeto avance.
Plano de Eduardo Paes para Armar os Guardas Municipais
Em primeiro lugar, a proposta de Eduardo Paes prevê que apenas um grupo de elite da Guarda Municipal seja autorizado a portar armas de fogo. Esse grupo incluiria o Grupo de Operações Especiais, o Grupo Tático Móvel e a Ronda Maria da Penha, unidades que realizam atividades específicas e que necessitam de maior preparo para lidar com situações de alto risco.
Além disso, para que o uso de armas seja permitido, o prefeito defende que os guardas municipais passem por um treinamento rigoroso e criterioso, com o objetivo de garantir que estejam preparados para utilizar o armamento de forma segura e responsável. Por isso, o foco principal do plano é fortalecer a segurança pública sem comprometer os princípios de proteção e integridade da sociedade.
Desafios e resistências políticas
Apesar dos esforços de Paes para avançar com o projeto, ele terá que lidar com resistências políticas significativas na Câmara dos Vereadores. Por exemplo, a proposta de armar os guardas municipais já foi adiada mais de 20 vezes devido à falta de consenso entre os parlamentares.
Contudo, o prefeito está determinado a colocar o tema em votação, e já declarou que pretende dialogar com o presidente da Câmara, Carlo Caiado, para buscar apoio.
No entanto, a aprovação do projeto dependerá do convencimento dos vereadores sobre a necessidade de aumentar o poder de atuação da Guarda Municipal. A principal preocupação dos opositores é a possibilidade de que o armamento traga mais riscos do que benefícios à segurança pública.
Em contrapartida, os defensores do projeto argumentam que, em situações de emergência, os guardas armados poderiam agir com mais eficiência para proteger a população.
Previsão de novo concurso para a Guarda Municipal
Outro aspecto em evidência é a expectativa para a realização de um novo concurso para a Guarda Municipal do Rio de Janeiro. A prefeitura já disponibilizou um crédito suplementar para a organização do certame, e a realização de um novo concurso está incluída no Plano Plurianual (PPA) da cidade, que vai até 2025.
Ademais, a carreira de guarda municipal exige requisitos específicos, como ter o nível médio completo, idade entre 18 e 30 anos, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias A ou B, e altura mínima de 1,65m para homens e 1,60m para mulheres. A realização do concurso visa reduzir a defasagem de pessoal na corporação e fortalecer o efetivo.
Histórico do último concurso
O último concurso para a Guarda Municipal do Rio de Janeiro ocorreu em 2012 e ofereceu 2 mil vagas, embora apenas cerca de 500 candidatos tenham sido nomeados.
Naquela época, os candidatos passaram por um seletivo com cinco etapas, incluindo exame objetivo, prova física, avaliação psicológica, exame social e curso de formação.
A prova objetiva, por exemplo, era composta por 60 questões, abrangendo as disciplinas de Língua Portuguesa, Noções de Direito, Raciocínio Lógico, Informática e Ética na Administração Pública. A remuneração inicial oferecida na época era de R$ 1.411,49, com benefícios adicionais, como auxílio-alimentação e auxílio-transporte.
Argumentos a favor e contra o porte de armas pelos guardas municipais
A questão do porte de armas por parte dos Guardas Municipais envolve uma série de argumentos, tanto a favor quanto contra. Por um lado, os defensores da medida afirmam que armar um grupamento específico poderia aumentar a capacidade de resposta em situações de risco, principalmente em áreas vulneráveis. Eles acreditam que os guardas armados estariam mais preparados para agir em casos de violência ou ataques.
Por outro lado, existem preocupações com a falta de preparo e a possibilidade de uso inadequado das armas. Entretanto, os que apoiam o projeto enfatizam a importância de um treinamento rigoroso, que incluiria a capacitação técnica e psicológica dos guardas, para poderem lidar com o armamento de forma segura e responsável.
Perspectivas futuras para guardas municipais
Para finalizar, o avanço do projeto de armar os Guardas Municipais ainda depende de um intenso trabalho político, além de adequações estruturais e legais. A expectativa é que, com a aprovação, apenas um grupamento especial da corporação seja treinado para portar armas de fogo, o que traria uma mudança significativa no papel da Guarda Municipal no contexto da segurança pública.
Resumindo, enquanto a proposta ainda enfrenta obstáculos para ser aprovada, o planejamento de um novo concurso para a Guarda Municipal do Rio de Janeiro mostra o compromisso da prefeitura em fortalecer a corporação e assegurar a proteção da cidade.