Hipérbole: definição, onde usar e exemplos
Saiba mais sobre a hipérbole, então veja como ela pode ser identificada no texto e na fala.
Se você acha “hipérbole” um termo meio estranho, vai se surpreender com o quão presente ele está no seu dia a dia! Já se deparou com uma situação onde, ao tentar tirar uma criança da cama, ela te respondeu com “eu estou morrendo de sono” cheio de manha? Bem, não preciso dizer que era óbvio que ela não estava morrendo de verdade, não é? Pois é! Essa expressão é extremamente comum e quer passar a ideia de intensidade, não de urgência.
E é basicamente isso que a hipérbole faz. Ela utiliza o exagero e as amplificações para dar ênfase a algo. Hoje, nós vamos apontar a definição dessa linguagem, onde ela é mais usada, como reconhecer e veremos alguns exemplos.
Afinal, o que é hipérbole?
Como já pincelado aqui antes, a hipérbole é uma figura de linguagem que consiste na utilização de exageros ou amplificações para enfatizar uma ideia, ou seja, para tornar uma afirmação ainda mais expressiva e até para criar um efeito cômico, dramático ou, por vezes, meio poético.
É por isso que é tão comum e está presente em diversos lugares e materiais. Você pode identificá-la na literatura e na fala de quem interage contigo. Sendo assim, desempenha um papel muito importante na comunicação justamente por transmitir emoções, enfatizar características, dar humor ou chamar a atenção.
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Na literatura, por exemplo, a hipérbole é muito usada para criar imagens impactantes. Em poemas, você com certeza irá encontrar descrições exageradas dos sentimentos do eu lírico, das paisagens e eventos apenas para intensificar a experiência do leitor. Já percebeu? Em obras de ficção, os personagens podem usar hipérboles para enfatizar o que eles pensam, expressar o que sentem e até mesmo exagerar quando falam sobre eles mesmos.
Já no nosso cotidiano, essa boa e velha figura de linguagem é uma ferramenta bastante usada para transmitir as coisas de forma mais marcante. Alguém pode dizer “estou morrendo de fome!” para enfatizar que está com muita fome, não é verdade? Da mesma forma, expressões como “acho que poderia dormir por uma semana” é um exemplo de hipérboles usadas para descrever uma sensação intensa ou criar uma situação de exagero.
O que é uma figura de linguagem?
É uma maneira não literal de usar palavras para transmitir significados que vão muito além do seu sentido literal. Elas são usadas para tornar a linguagem mais vívida, expressiva e interessante, adicionando camadas de significado e criando efeitos dramáticos, humorísticos e até persuasivos. Elas são amplamente utilizadas na literatura, na publicidade, na música e nos nossos papos com os nossos amigos, colegas de trabalho e familiares também.
Veja alguns exemplos:
- Metáforas: estabelece uma relação de semelhança entre elementos diferentes, sem usar a palavra “como”;
- Comparações: cria uma relação de semelhança entre dois elementos distintos;
- Metonímias: substitui um termo por outro com o qual ele tem uma relação de proximidade.
Exemplos de hipérbole
- “Eu nunca mais vou respirar se você não me notar”
Ah, Cazuza! Que exagerado, hein? E assim como vemos na letra da canção, ele exagera na intensidade da sua paixão, como se fosse morrer se não recebesse a atenção da pessoa desejada. O que, é claro, não acontece.
- “Por você, eu iria a pé do Rio a Salvador”
Essa frase retirada de “Por Você”, do Barão Vermelho, é só mais uma das hipérboles que a banda usa nessa canção incrível. Ir andando do Rio de Janeiro até Salvador é impossível? Não, mas é muito trabalhoso e ninguém faria tal coisa se não houvesse uma necessidade extrema. Nesse caso, o compositor quis dar ênfase no quão longe ele estava disposto a ir para fazer a sua ou o seu amado muito feliz. Romântico, hein?
Na linguagem coloquial
Vale ter em mente que o emprego das hipérboles requer uma certa cautela, já que elas podem conferir um tom demasiadamente informal ou coloquial. É crucial selecioná-las com precisão ou, em certos contextos formais, até mesmo evitá-las. É por essa razão que é comum encontrá-las muito mais em textos de natureza mais subjetiva.